Por: Debb Cabral
O mineiro Eugênio Sávio trabalha com fotografia há mais de 25 anos. Como fotojornalista, colaborou com diversas publicações, jornais, revistas e agências internacionais. Fez também a cobertura das Olimpíadas de Pequim, 2008 e de cinco Copas do Mundo de Futebol. E foi a partir de toda essa experiência que ele realizou no período de 19 a 21 de maio, através da programação formativa da 7ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, a oficina “Fotojornalismo em tempos de transformação” visando debater os novos dilemas da profissão.
“Esse mercado onde eu vivi muitos anos está mudando e eu tive que mudar um pouco também e procurar outros perfis de trabalho”, comentou Eugênio. A transição do analógico para o digital, o universo das agências e dos bancos de imagens, bem como a ética de trabalho instigaram os participantes que trouxeram dúvidas a respeito de que caminhos a profissão está tomando.
A participação do leitor é cada vez mais comum nos grandes veículos de comunicação. Ele envia para a redação do jornal as imagens tiradas com o celular instantaneamente. Esse assunto inquietou Barbara Freire, participante da oficina, “o amador faz uma imagem, não com a mesma técnica, mas ele manda uma imagem que ocupa um espaço no jornal”, ressaltou ela enquanto Eugênio mostrava que isso de maneira alguma tira do jornal a responsabilidade de conferir a veracidade daquela situação, daí a necessidade de um profissional como o fotojornalista.
Ter iniciativa e sugerir projetos. O fotografo destacou que é importante para o fotojornalista ter atitude e fotografar bastante. Assim ele propôs aos participantes uma atividade prática, com saída de campo em busca de um personagem para compartilhar sua história através das fotografias.
O resultado pode ser conferido na forma de imagens e depoimentos: