O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia realiza nesta terça-feira (24) a conversa “Respirando fotografia”, com Mateus Sá, fotógrafo e artista visual. O encontro com o público será às 19h, no Museu do Estado do Pará, com entrada franca.
Mateus, que participa como convidado da mostra “Interseções, 2010/2014”, também veio realizar a oficina “Fotografia: Vivência de Corpo e Alma”, na qual o seu objetivo é “estimular a percepção da fotografia como narrativa e leitura de mundo”.
Seus trabalhos carregam tanto uma abordagem documental quanto fictícia, com narrativas não lineares e reconstruções de memórias de infância. “A fotografia como parte integrante da vida. Cotidianamente respirando, conduzindo e sendo conduzido por ela”, afirmou o artista que tem uma relação na qual a imagem se confunde com o seu modo de vida.
Isto pode ser visto na série fotográfica “Lugar das incertezas”, na qual ele volta ao Vale da Lua, litoral sul de Pernambuco, lugar onde se perdeu aos cinco anos de idade. Nas imagens produzidas vê-se um misto de lembranças e imaginação.
O ARTISTA
Mateus Sá é fotógrafo e artista visual. Também atua como professor Universitário, produtor cultural, editor de livros e exposições. É cofundador da Escola Livre de Imagem – ELI e do Projeto FotoLibras. É um dos três coordenadores do Pequeno Encontro da Fotografia. Tem quatro livros publicados, cinco exposições individuais e integra a coleção Diário Contemporâneo de Fotografia, em Belém.
RETA FINAL
Esta é a última semana de visitação da mostra “Interseções, 2010/2019”, no Museu do Estado do Pará e Museu da UFPA, que segue aberta só até domingo (29).
SERVIÇO:Diário Contemporâneo realiza Conversa com Mateus Sá. Data: 24 de setembro, às 19h. Local: Museu do Estado do Pará. Endereço: Praça D. Pedro II, s/n. – Cidade Velha. Entrada franca. Informações: Rua Gaspar Viana, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2400; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br
Selecionado nesta 10ª edição, o fotógrafo José Diniz ministrou a oficina Experiência: [foto] livro de artista, no Museu da UFPA.
O carioca compartilhou com a turma um pouco sobre suas produções de fotolivros. Seu processo de pesquisa envolve recortes de memórias familiares com momentos de passeios de canoa com o pai e momentos aonde este mesmo cenário, também servia como inspiração para as pinturas que o pai do artista produzia.
O avô paterno do fotógrafo o presenteou com uma pequena câmera e José passou a produzir experimentações na fotografia que incluíam a criação de narrativas visuais com miniaturas de aviões, submarinos e navios de guerra, temas que até os dias atuais também estão presentes em seu trabalho.
Em termos técnicos, José Diniz aponta que a criação de um livro é como um processo vivo, constante e, até mesmo, diário. Envolve muita pesquisa e muita experimentação, é um processo de aprendizado. Fazer livro é aprender. “Muitas pessoas colocam o livro como uma tarefa. Para mim, não é isso. Para mim, ele é uma experimentação”, disse.
A LIBERDADE DO FAZER
Ele também comentou sobre como as pessoas, às vezes, se prendem ao significado da palavra “livro” e que isso, em determinadas situações, pode se tornar um empecilho para a criatividade. É limitante pensar em uma produção padrão quando, na idealização de fotolivro ou livro de artista, várias possibilidades são possíveis: a forma de encadernação, a organização das imagens, os papeis e texturas usados na impressão, entre outros detalhes.
Pontos para se pensar no processo de formação de um livro de artista:
Objeto, tirar partido da mecânica do livro
Bidimensionalidade x Tridimensionalidade
Cinética, Movimento
Agregar materialidade
Desafiar leis
Alma do artista
PROCESSO E IDENTIDADE
Os fotolivros e livros de artistas produzidos por José Diniz variam entre edições de tiragem única e várias cópias, edições em miniatura e tamanhos ampliados, livros em caixas ou livros em edições de brochura.
Dentro desses materiais, ele varia imagens feitas por diversos tipos de equipamentos, recortes de notas de jornais, cenas retiradas de filmes e imagens de miniaturas de aviões ou barcos em cenários que confundem o leitor em um primeiro olhar. Toda essa forma de organização se dá como uma forma de criar uma narrativa que transita entre memória, realidade e fantasia, os mesmos temas parecem se repetir, mas sempre trazem um novo olhar.
Colocar “a alma do artista” no livro é o que José aponta como o fato de que, mesmo se tratando de um livro com várias tiragens, ele acaba sendo uma produção que visualmente não se assemelha com tantos outros livros impressos por grandes editoras. Isso faz com que cada livro seja diferente, carregando si uma identidade.
“Eu estou aqui para incentivar as pessoas a colocarem o livro como parte do seu processo de trabalho”, finalizou.
O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, parceria da Alubar e patrocínio da Vale.
O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia abriu inscrições para a oficina “Experiência: [foto] livro de artista” que será ministrada pelo fotógrafo José Diniz, no período de 12 a 14 de setembro, das 09 às 12h, no Museu da UFPA. As inscrições são gratuitas e serão feitas somente pelo site www.diaricontemporaneo.com.br.
O livro é um espaço onde o artista tem a possibilidade de expressar suas ideias, experimentações, reflexões e formas visuais baseadas no contexto dos seus projetos.
Segundo José, a oficina “tem como objetivo demonstrar práticas e caminhos para a produção do livro de artista tendo como base a sua própria experiência. Durante o curso também serão apresentados alguns conceitos e experiências de alguns artistas mundo afora”.
Na ação formativa alunos terão a oportunidade de ouvir sobre vários projetos desenvolvidos pelo artista e as respectivas soluções tendo o livro como produto final.
José Diniz integra a mostra “Interseções, 2010/2019” com “Travessia”, trabalho fruto de uma visita à região em que Guimarães Rosa descreve a desafiadora e difícil travessia do Liso do Sussuarão no seu livro Grande Sertão: Veredas. Um espaço físico e simbólico da travessia da vida. O ensaio é parte do projeto Sertão Cerrado.
O ARTISTA
Nascido em Niterói, José Diniz atualmente mora no Rio de Janeiro. Fez pós-graduação em Fotografia na Universidade Cândido Mendes. Em 2012, foi contemplado pelo prêmio Funarte – Marc Ferrez de fotografia, com o projeto Maresia e a Menção Honrosa no Concurso Fotolivro Iberoamericano – RM Editor Barcelona. Expôs pelo Diário Contemporâneo em 2010, 2011, 2018 e, agora, em 2019.
SERVIÇO:Diário Contemporâneo inscreve para oficina com José Diniz. As inscrições são feitas pelo site www.diariocontemporaneo.com.br. Vagas limitadas. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, parceria da Alubar e patrocínio da Vale. Informações: (91) 3184-9310; 98367-2400; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.
Com o objetivo de encontrar obras que estabelecessem dinâmicas de mobilidade da imagem, a 6ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia trouxe o tema “Tempo Movimento”.
Desde que eram somente mídias analógicas, a fotografia e o cinema sempre foram referências conceituais mútuas. Porém, com explosão da tecnologia digital, uma convergência dessas mídias fez com que o processo se acentuasse e, assim, vemos hoje uma forte aproximação da linguagem fotográfica com a audiovisual.
A diferença entre as mídias, suas individualidades e suas identidades lhes empurraram para um sistema de parceria, no qual algo que uma linguagem não tenha em sua natureza, é facilmente absorvido da outra, se complementando. O que foi visto na sexta edição foi justamente isso, narrativas visuais mais fluidas, de caráter multimídia, principalmente com a elasticidade de uma imagem digital.
O JÚRI
A comissão de seleção foi formada pela fotógrafa e pesquisadora no campo da imagem, Lívia Aquino, doutora em Artes Visuais e mestre em Multimeios pela UNICAMP. Ela, que coordena e leciona na pós-graduação em Fotografia da FAAP-SP, realizou a primeira palestra da programação da 6ª edição. “Enunciados de um mundo-imagem [ou o que poderia ser um selfie de todos nós]”, trouxe uma reflexão que evidenciou um amplo sentido para o fotográfico no modo de vida contemporâneo, apontando um hibridismo tanto entre os sujeitos dessa história como pelos meios utilizados para se fazer o que ainda pode ser nomeado como fotografia.
Marisa Mokarzel, curadora, crítica e pesquisadora em Artes também integrou o júri. Ela é doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará e mestre em História da Arte pela UFRJ, além de professora e pesquisadora do mestrado em Comunicação, Linguagens e Cultura e professora de História da Arte, ambos da UNAMA.
Val Sampaio, artista visual, produtora e curadora independente, foi a terceira integrante da comissão. Ela é professora do Instituto de Ciências da Arte da UFPA, na faculdade e no mestrado de Artes Visuais. É mestre e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e também tem pós-doutorado em Poéticas Digitais pela ECA-USP.
ARTISTA CONVIDADA
“Diante das cidades, sob o signo do tempo”, foi o nome da mostra de Jorane Castro, artista convidada da edição. Ter uma cineasta como homenageada reforçou o objetivo do Diário Contemporâneo em aumentar o diálogo da fotografia com as outras linguagens e ultrapassar as fronteiras entre elas, tendo como resultado uma produção artística mais hibrida.
Jorane é diretora, roteirista, produtora e professora do curso de Cinema e Audiovisual da UFPA. Ela coordena a Cabocla Produções e desenvolve pesquisas na área da linguagem audiovisual, privilegiando a Amazônia.
O que foi visto na exposição foram trabalhos inéditos da artista, desde fotos em preto e branco, uma fotografia urbana e muito sombria, na qual a artista transformava as pessoas em personagens das suas sequencias fotográficas; além experimentações atuais com a câmera do celular. Algumas micronarrativas ganharam um movimento muito interessante no suporte do vídeo.
O bate-papo “Fotografia, cinema e o tempo” foi um relato das experiências da cineasta, que desde muito nova esteve envolvida com o fazer fotográfico, reconhecendo que sua referência estética passa muito pela conexão com a fotografia de Belém.
PREMIADOS E SELECIONADOS
Os selecionados e premiados refletiram os questionamentos mais diversos a respeito do tempo, sua inconstância e força na vida. 400 trabalhos foram enviados, um número que cresceu em relação às quatro edições anteriores com tema.
O “Prêmio Tempo Movimento” foi para “That Crazy Feeling In America”, do gaúcho Marco A. F., uma instalação composta de doze fotos e um vídeo. A série apresentou paisagens e situações comuns ao imaginário dos EUA. Imagens e textos foram extraídos de filmes hollywoodianos problematizando as possibilidades de reconfiguração do movimento fílmico em imagens e textos que, deslocados de seu contexto original, adquirem temporalidades e significações distintas.
Já o “Prêmio Diário Contemporâneo” foi para a obra “Loess”, da paraense Marise Maués. A performance foi produzida em 2015, na Ilha ribeirinha de Maracapucu Miri, município de Abaetetuba, de onde ela é egressa. Nela a artista se propôs a ficar por sete horas ininterruptas no leito de um igarapé. Relações com outras linguagens e novas sintaxes na representação fotográfica foram vistas neste trabalho.
Por último, o “Prêmio Diário do Pará” foi para a instalação “Horizonte Reverso”, do paraense Dirceu Maués, que desde 2003 desenvolve trabalho autoral nas áreas da fotografia, cinema e vídeo, os quais têm como base pesquisas com a construção de câmeras artesanais e utilização de aparelhos precários. O trabalho premiado foi uma parede de câmeras escuras empilhadas que apontavam para o mesmo lugar, em uma experiência na qual a imagem perfez um caminho de volta, em direção à imaterialidade.
Além dos premiados, estiveram presentes na exposição, as obras dos selecionados Andrea D’Amato (SP), Carolina Krieger (SP), Daniela de Moraes (SP), Edu Monteiro (RJ), Elaine Pessoa (SP), Felipe Ferreira (RJ), Pio Figueiroa (SP), Gui Mohallem (SP), Guy Veloso (PA), Isis Gasparini (SP), José Diniz (RJ), Solon Ribeiro (CE), Júlia Milward (RJ), Karina Zen (SC), Lara Ovídio (RN), Marcelo Costa (SP), Marcílio Costa (PA), Pedro Cunha (PA), Pedro Veneroso (MG), Sergio Carvalho de Santana (CE), Tiago Coelho – Régis Duarte (RS), Tom Lisboa (PR), Tuca Vieira (SP) e Victor Saverio (RJ).
Ramon Reis, Véronique Isabelle e Rafael Bandeira foram as três participações especiais que também integraram a mostra.
AÇÕES
“Escavar, recordar: narrativas fotográficas a partir de reapropriações e laboratório de Cianotipia” foi o workshop realizado por Ionaldo Rodrigues. Nele, o artista propôs discussões a partir de leituras de imagens e experimentações dos participantes com a Cianotipia, processo de impressão fotográfica desenvolvido no século XIX. A ideia foi se aproximar do passado e experimentar novas possibilidades com a imagem fotográfica.
Philippe Dubois, um dos principais pesquisadores no campo da estética da imagem, esteve presente em Belém para ministrar a palestra “De Etienne-Jules Marey a David Claerbout, ou como o tempo fotográfico jamais deixou de ser assombrado pelo trabalho do movimento da imagem”. Ele debateu sobre essa visão dominante que estruturou diversas oposições entre as linguagens. Em sua palestra ele observou que nos anos 70, as coisas pareciam bem entrincheiradas entre a fotografia e o cinema.
O PROJETO
Em 2019, o Diário Contemporâneo comemora uma década de atuação. Ele se tornou um dos grandes editais de competição do país, além de consolidar o Pará como um espaço de criação e reflexão em artes.
O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará com apoio institucional do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, parceria da Alubar e patrocínio da Vale.
Desde a sua primeira edição, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia tem o objetivo de estimular reflexões e debates a partir do contato com a arte. Os museus que recebem as mostras têm uma ação educativa totalmente pensada para as turmas escolares que as visitam. Além disso, o projeto tem expandindo a sua atuação para fora dos espaços expositivos.
No último dia 03, o Mercado do Porto do Sal recebeu a exposição “Um convite para [o] olhar” resultado de uma oficina homônima realizada por meio de uma parceria entre Diário Contemporâneo, Associação Fotoativa e Projeto Aparelho.
As crianças da comunidade produziram fotografias daquilo que mais achavam bonito no lugar onde vivem e tudo foi exposto em uma fotoinstatalação com câmaras obscuras que abrigavam histórias dentro e fora delas. “Eu gostei muito de ver a minha foto na caixa. Ficou muito legal e eu fiz umas fotos bacanas”, contou Talisson Tavares que em suas imagens mostrava desde uma garça voando no porto até um grafite de onça-pintada no muro.
Quinze crianças participaram da oficina e um mural com o retrato de cada uma delas foi feito. Era divertido se ver e reconhecer os amigos. Os próprios pequenos guiavam para apresentar suas fotos assim como fizeram com as facilitadoras durante a oficina. Dandara Ataíde nunca tinha tido a experiência de fotografar as ruas que vê diariamente. A câmara obscura também foi uma divertida novidade para ela. “Eu gostei muito de ver as fotos que fiz junto da caixa. Gostei da oficina, da experiência, de tudo”, disse.
A comunidade estava aberta à ação artística e se mostrou interessada em todo o processo. Parentes, amigos e outros moradores apareciam para ver o que estava acontecendo no Mercado e se surpreendiam com as produções das crianças.
“Foi uma das melhores coisas que já aconteceu aqui. Quando tem oficina todo mundo gosta. Eles aprendem e eu aprendo também”, comentou Dona Graça, dona de uma fruteira no box 2 do Mercado e que acompanhou de perto todo o trabalho realizado com as crianças.
DENTRO DOS MUSEUS
As exposições da 9ª edição seguem abertas e desde a sua inauguração os mediadores culturais atuam diariamente recebendo o público visitante. “Felicidade é trabalhar com o que se gosta”, afirmou Denise Sá que pelo segundo ano consecutivo repete a experiência de atuar na ação educativa do projeto.
“Tempo para duvidar: por uma formação de espíritos livres” é a proposta educativa desta edição e tem o compromisso com a formação de cidadãos de pensamento crítico e abertos ao diálogo entre arte e sociedade. A partir das obras, temáticas contemporâneas são debatidas com alunos e professores.
Os educadores que queiram levar as suas turmas podem solicitar o agendamento das visitas pelo site ou no telefone 4009-8695, no horário de 10 às 15h. As solicitações estão sujeitas à disponibilidade de agenda. Após o cadastramento de informações no site, todos os pedidos serão respondidos por email ou telefone.
VISITAÇÃO
A exposição “Realidades da Imagem, Histórias da Representação” exibe os trabalhos premiados, selecionados e participações especiais da 9ª edição do Diário Contemporâneo. As obras ficam no Museu do Estado do Pará – MEP. Além disso, o Museu da UFPA recebe a mostra individual “Lapso”, com trabalhos de Flavya Mutran, artista convidada e a mostra de videoarte “Audiovisual Sem Destino”, projeto de Elaine Tedesco. A visitação segue até dia 15 de julho.
O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará com apoio da Vale, apoio institucional do Museu da UFPA, Museu do Estado do Pará, Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e colaboração da Sol Informática.
Com décadas de trabalho dedicadas à curadoria em fotografia a paulista Rosely Nakagawa desembarca em Belém para um encontro com o público paraense. Com entrada franca, a programação “Trajetória da curadoria de fotografia brasileira – uma conversa com Rosely Nakagawa” será realizada nesta terça (15), às 19h, no Museu do Estado do Pará. A mediação será de Mariano Klautau Filho, curador do projeto.
No encontro serão debatidos temas como curadoria, mercado, coleções fotográficas e como tudo isso se relaciona com aqueles que produzem as imagens.
A associação entre curador e artista é fundamental no cenário artístico atual. Mais do que um editor, o curador se mostra como alguém que trabalha em conjunto, ativando a percepção do fotógrafo, além de propor situações e questionamentos que façam ele refletir sobre o trabalho desde o seu conceito até a apresentação final.
Rosely conversará com o público sobre seu trabalho com os artistas da fotografia e sobre a valorização da atividade curatorial como um campo de reflexão sobre arte.
COLEÇÃO DE FOTOGRAFIAS
A formação de coleções fotográficas é uma atividade que vem crescendo junto da discussão sobre curadoria. Uma vez que ao optar por fazer a guarda de fotografias, o colecionador torna-se alguém que guarda também a memória.
Com esse pensamento, em 2016 o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia apresentou ao público a coleção de fotografia contemporânea que vem construindo desde o início do projeto ainda em 2010. Uma coleção compartilhada sob a guarda do Museu da UFPA e do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. Uma coleção em constante processo de atualização e que conta com trabalhos de artistas de todas as regiões do país em diferentes suportes e linguagens.
ROSELY NAKAGAWA
É arquiteta pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP/SP, com especialização em Museologia (USP) e em Semiótica da Comunicação (PUC/SP). Sócia fundadora das edições João Pereira (1974), curadora fundadora da galeria Fotoptica de 1979 até 1986, foi curadora da Casa da Fotografia Fuji e das galerias FNAC. Atua como curadora independente. Realizou exposições em capitais brasileiras e em São Paulo atua nos espaços culturais SESC, Caixa Cultural, MASP, Pinacoteca do Estado, Centro Cultural Vergueiro, Cinemateca Brasileira, Itaú Cultural, Fundação Bienal, entre outras galerias particulares. No exterior foi curadora de mostras nos Estados Unidos, Japão, França, Portugal, Argentina, México, Montevideo, além de ter sido cocuradora, com Guy Veloso, da mostra Extremos, na Europalia, em Bruxelas.
O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará com apoio da Vale, apoio institucional do Museu da UFPA, Museu do Estado do Pará, Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e colaboração da Sol Informática.
SERVIÇO:Diário Contemporâneo realiza Conversa com Rosely Nakagawa. Data: 15 de maio de 2018, às 19h. Local: Museu do Estado do Pará. Endereço: Praça D. Pedro II, s/n. – Cidade Velha. Entrada franca. Informações: (91) 3184-9310;98367-2468; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com. Site: www.diariocontemporaneo.com.br.
As inscrições para a 9ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia foram prorrogadas até o dia 26 de março. O Projeto concederá três prêmios no valor de R$10.000,00 cada, sendo dois deles na forma de bolsa para residência artística nas cidades de São Paulo e Belém. O edital com a ficha de inscrição está disponível no link.
A greve dos correios adiou em alguns dias o encerramento das inscrições. Mariano Klautau Filho, curador do Projeto, considera que “uma prorrogação sempre funciona a favor do artista, para que ele possa se organizar mais e mandar o seu material. Portanto, sempre terá um lado positivo apesar de mexer no nosso cronograma geral. Acredito que o resultado é termos muito mais opções e diversidade de trabalhos para selecionar”.
Os trabalhos terão como ênfase a temática “Realidades da Imagem, Histórias da Representação”. O tema escolhido tem como objetivo selecionar e premiar obras que proponham uma reflexão ampla sobre a prática social por meio da arte e o fazer artístico como expressão histórica.
Sobre o que espera para esta nona edição de um projeto que já se firmou como um dos grandes editais de fotografia e arte do país, Mariano acrescenta que suas expectativas são “as melhores possíveis, além da curiosidade em como os artistas vão interpretar a proposição temática este ano. Digo isso porque a fotografia sempre estabeleceu com a vida social uma relação muito intensa, e as questões da representação da realidade estão sempre em pauta quando falamos do signo fotográfico”, explica.
RESIDÊNCIA ARTÍSTICA
Pelo segundo ano consecutivo o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia concede dois de seus prêmios na forma de bolsa para residência artística. Sobre isso, Mariano comenta que “é importante continuar a experiência das residências, porque estamos desenvolvendo uma experiência nova, aprendendo a lidar com essa dinâmica. É um aprendizado que abre a possibilidade de o artista estabelecer relações com outros ambientes distintos de seu lugar de origem. A residência no Diário Contemporâneo é um laboratório para todos nós”, afirma.
Em 2017, da Bahia, Hirosuke Kitamura veio para Belém e o paraense Guido Couceiro Elias foi para São Paulo. “Depois de quase um ano da residência, percebi que ela foi um marco na minha vida, não apenas pela importância do prêmio, mas pela experiência em si, pelo o que ela mexeu comigo. Não foi fácil para mim ir a São Paulo com 18 anos, ainda não tendo iniciado os estudos na faculdade de Artes Visuais. Foi uma espécie de pulo, me colocou em uma realidade que eu não estava pronto ainda, mas se não fosse a residência, talvez eu não estivesse pronto para essa realidade hoje. Foi um momento muito especial”, lembra Guido.
Serão selecionados no máximo vinte artistas, incluindo os três premiados. O artista poderá inscrever-se livremente e concorrer a qualquer um dos prêmios de acordo com a sua linha de trabalho. O edital abre espaço também para propostas em vídeo, instalações, projeções e trabalhos que misturam suportes.
O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é um projeto nacional realizado pelo jornal Diário do Pará, com apoio da Vale, apoio institucional do Museu do Estado do Pará – MEP, do Sistema Integrado de Museus/Secult-PA e do Museu da UFPA.
SERVIÇO: O IX Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia inscreve até dia 26. Informações: Rua Gaspar Vianna, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2468; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.
A 8º edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia chegou ao fim com um balanço muito positivo. Um público de quase nove mil pessoas visitou as exposições, além disso, palestras, encontros com artistas e oficinas ampliaram a percepção da arte e fomentaram a relação entre o público e as obras. O júri composto por Camila Fialho, Isabel Amado e Alexandre Sequeira avaliou 390 dossiês de todas as regiões do país. Foram 3 artistas premiados, 23 selecionados e 5 participações especiais. Artista convidado desta edição, o fotojornalista Geraldo Ramos, apresentou seu olhar pela Amazônia e mostrou que a fronteira entre o documental e arte é cada vez mais fina.
A programação da oitava edição começou com a palestra “Fotografia e o Circuito da Arte: entre o museu e a galeria”, da curadora e especialista em conservação, Isabel Amado, que ressaltou a importância do colecionismo e da formação de um mercado para as artes.
Para formar a equipe que atuou na ação educativa do projeto, os coordenadores Cinthya Marques e Rodrigo Correia realizaram a oficina “Olhar e ser visto: práticas educativas na poética do retrato”, que capacitou os participantes. A sensibilização do olhar pôde ser trabalhada não só na visitação diária, mas também em ações direcionadas como a com as crianças do Projeto Aparelho e com o público do Projeto Circular Campina – Cidade-Velha.
A semana da abertura das mostras foi marcada por uma intensa programação. Lívia Aquino realizou a oficina “Fotografar a Fotografia”; o premiado João Urban, a conversa “A presença do retrato na fotografia documentária”; os premiados com residência artística Hirosuke Kitamura e Guido Couceiro Elias e seus respectivos tutores, Alexandre Sequeira e Lívia Aquino, conversaram com o público sobre essa experiência; o artista selecionado Filipe Barrocas aproveitou sua vinda a Belém para lançar seu livro “O corpo neutro”; e o também selecionado, Alex Oliveira, realizou “Fora do lugar – Oficina de fotografia contemporânea”, que teve as imagens produzidas durante a ação, devolvidas a cidade no formato lambe lambe próximo aos locais de sua produção.
Outra oficina realizada foi “O Retrato e o Tempo”, ministrada pelo fotógrafo e professor, Valério Silveira, com uma metodologia que trouxe desde a história da fotografia até a sua técnica, sempre explorando o retrato, foco da 8ª edição.
O Museu da UFPA, que acolhe anualmente a mostra do artista convidado, recebeu Geraldo Ramos e o público para uma conversa, na qual o fotógrafo falou sobre a sua trajetória artística e relação com a Amazônia.
Já a palestra de encerramento foi “Diálogos sobre Artes Visuais e Amazônia(s)”, do professor e pesquisador John Fletcher, na qual, em conversa com o público e com a curadora e pesquisadora Marisa Mokarzel, ele debateu a visualidade amazônica e a necessidade de questionamento constante por parte do próprio artista. “Nós devemos a todo instante problematizar a arte e seus lugares”, frisou John.
INSPIRAÇÃO
O grande destaque de todos os anos é sempre o trabalho realizado junto às escolas. Quase seis mil alunos tiveram a experiência de poder se envolver com as obras desta edição. Os estudantes do 1º ano da E.F.M. Profº Cornélio de Barros, do bairro da Marambaia, que visitaram as mostras do projeto pelo quarto ano consecutivo, ficaram inspirados e realizaram suas próprias imagens, retratos em preto e branco de familiares e amigos que resultaram na ” I Mostra Fotográfica”.
Segundo José Carlos Silveira, professor responsável, “eles usaram o recurso que está sempre a mão deles, que é o celular, em uma sensibilidade em mostrar rostos, cada qual com a sua história”. A aproximação com o outro e tornar o contato com a arte um hábito foram alguns dos objetivos do trabalho, que mostrou que cada retratado tem uma história que merece ser compartilhada.
Foto: Rodrigo Correia
Foto: Rodrigo Correia
Foto: Rodrigo Correia
Foto: Rodrigo Correia
Foto: Rodrigo Correia
Foto: Rodrigo Correia
Foto: Rodrigo Correia
Foto: Rodrigo Correia
Foto: Rodrigo Correia
Foto: Rodrigo Correia
Foto: Rodrigo Correia
Foto: Rodrigo Correia
Foto: Rodrigo Correia
Foto: Rodrigo Correia
O celular, tido por muitos como um vilão, tornou-se um instrumento pedagógico. As fotografias produzidas foram expostas em uma sala destinada somente as artes, decorada pelos próprios alunos e que funciona também como um cinema.
Giovanna Lyssa, de 16 anos, contou que “foi muito interessante ver as fotografias e vídeos que mostravam a arte contemporânea. Quando saímos do museu e voltamos para a escola, o professor teve a ideia de fazer um trabalho conosco, nessa hora nem se pensava na exposição dos alunos, só no trabalho mesmo. Eu percebi que podemos fazer arte com coisas tão simples, isso mostra mesmo o talento das pessoas e hoje tem amigos meus que querem ser fotógrafos. Esse trabalho deu um gás na autoestima, pois nós pesquisamos além do que o professor passou em sala. Ver a exposição e o resultado me deixa muito orgulhosa”, finalizou.
Criado em 2010, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia trata-se de um projeto nacional, que em seus anos de atuação contribuiu para a consolidação do Pará como lugar de reflexão e criação em artes, além de proporcionar o diálogo entre a produção local e nacional.
SERVIÇO: O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional do Museu da Universidade Federal do Pará, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e apoio da Sol Informática. Informações: Rua Gaspar Vianna, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2468; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com ewww.diariocontemporaneo.com.br.
O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia abriu inscrições para o curso “O corpo ao limite. Fotografia, cinema e práticas extremas contemporâneas”, que será ministrado pelo professor e pesquisador franco-português, Samuel de Jesus. A programação ocorrerá nos dias 29 e 30 de junho, de 09 às 13h das 15 às 18h, no Auditório do Museu de Arte Sacra. As inscrições, que são gratuitas, serão realizadas até 25 de junho, via ficha de inscrição disponível no site www.diariocontemporaneo.com.br. As vagas são limitadas.
A temática desta 8ª edição do Diário Contemporâneo é “Poéticas e Lugares do Retrato” e a proposta do curso de Samuel de Jesus irá aprofundar ainda mais os debates. Segundo ele, “o tema do curso tem como propósito maior a abordagem da questão da fisiognomonia, em relação às várias obras contemporâneas que vêm desmistificar, impossibilitar um certo pensamento utópico que buscou ‘medir’, em sua época, o indivíduo em função das suas supostas características físicas. Tudo isso em meio a um panorama iconográfico composto por representações de corpos que assombram, até hoje, numerosas obras fotográficas, cinematográficas ou ideográficas”.
A fisiognomia leva em conta as marcas do rosto como indicadores e registros da vida. A face seria, assim, uma exteriorização do que o indivíduo tem dentro de si. O rosto e a personalidade, uma leitura através da face. Conhecer o outro através de seus traços fisionômicos.
“Além disso, o curso discutirá e analisará certas figuras apresentadas ou entendidas como ‘antifisiognonômicas’. Serão assim examinados alguns exemplos que não se podem considerar apenas simples elementos de um catálogo ilustrativo de representações contemporâneas do corpo levado ao limite porque eles se constituem, de fato, enquanto lugares de experimentação que desafiam toda leitura normativa”, acrescentou.
Nessa metodologia, o curso tem como âmbito a oferta de duas palestras. A primeira será dedicada a questão da presença e da representação do sentimento da saudade na fotografia contemporânea e a apresentação do livro que apresenta a pesquisa sobre o tema. A segunda focará especificamente no tema descrito acima e que norteia a pesquisa desenvolvida por Samuel atualmente. O curso oferecerá igualmente duas sessões de ateliê prático de leitura de portfólio.
SOBRE
Samuel de Jesus possui graduação em Diplome National dArts Plastiques.DNAP – Ecole Supérieure des Beaux – Arts. Tours (1999), graduação em Artes plásticas / Téoria das artes pela Universidade de Paris I, Panthéon-Sorbonne (1999), graduação em História das Artes – Universidade de Tours (Université Francois Rabelais) (1998), mestrado em Artes plásticas / Teoria das artes pela Universidade de Paris I, Panthéon-Sorbonne (2006) e doutorado em cotutela em Études cinématografiques et audiovisuelles – Universidade de Paris III (Sorbonne-Nouvelle) / Universidade Federal do Rio de Janeiro (2010), sob a direção de Philippe Dubois e de Consuelo Lins. Desenvolveu um pós-doutorado em artes plásticas, em torno da questão das práticas extremas do corpo nas artes contemporâneas, sob a direção de Sônia Salzstein Goldberg, na ECA/USP. Atualmente é Professor Doutor em História da Arte Contemporânea, na Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás e coordenador da programação das artes visuais no Centro Cultural UFG.
AS EXPOSIÇÕES DO DIÁRIO CONTEMPORÂNEO
A exposição “Poéticas e Lugares do Retrato” exibe os trabalhos premiados, selecionados e participações especiais da 8ª edição do Diário Contemporâneo. As obras ficam divididas entre o Museu da UFPA e o Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. Além disso, o MUFPA recebe a mostra individual “Interiores”, com trabalhos de Geraldo Ramos, artista convidado. A visitação segue até dia 30 de junho, no MUFPA e 02 de julho, nas Onze Janelas.
SERVIÇO: Diário Contemporâneo inscreve para curso com Samuel de Jesus. As inscrições são feitas pelo site www.diariocontemporaneo.com.br até 25 de junho. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional do Museu da Universidade Federal do Pará, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e apoio da Sol Informática. Informações: Rua Gaspar Vianna, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2468; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.
A forte chuva não impediu os interessados em discutir a fotografia de participarem de uma conversa com a curadora e especialista em conservação, Isabel Amado, que é membro da comissão de seleção desta 8ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. A varanda do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas recebeu na noite de quarta-feira (22), a fala “Fotografia e o Circuito da Arte: entre o museu e a galeria”.
O curador do Projeto, Mariano Klautau Filho, iniciou apresentado Isabel que “é uma pessoa que atua na área da fotografia desde os anos 80”. Ela comentou sobre as mudanças que a fotografia passou e que muitas delas são bem recentes. “A fotografia mudou profundamente de 30 anos para cá. Estamos em um estágio de maturidade que considero impressionante e louvável. Fico feliz em ver isso”, disse a curadora.
Quando surgiu, a fotografia não era considerada uma manifestação artística. Isabel, que tem grande formação empírica, contou que foi um trabalho exaustivo fazer com que a fotografia saísse do lugar apenas do registro documental e colocá-la no universo da arte.
Da fotografia feita no Brasil, ela destacou o trabalho importante do Foto Cine Clube Bandeirante, um dos mais antigos e importantes fotoclubes brasileiros, “um lugar para estudar, ver e falar sobre fotografia”. O ambiente de experimentação tinha fortes influências da fotografia americana e européia.
Isabel mostrou imagens de fotógrafos como Ademar Manarini, Georges Radó, Gertrudes Altchulz, José Yalenti, Marcel Giró, Paulo Pires, Thomaz Farkas e Geraldo de Barros. Ela também destacou a importância do livro “A fotografia moderna no Brasil”, de Helouise Costa e Renato Rodrigues da Silva. “Esse livro é determinante para entender a fotografia no nosso país”, afirmou.
Ao falar sobre o mercado, ela apresentou os critérios para a legitimação da fotografia e a sua entrada em um museu ou coleção, esses critérios são utilizado por coleções como a do MoMA NY e MAC USP. São eles: a figura do curador como especialista, a valorização do vintage, a fotografia de autor enquanto alguém com uma linguagem particular e a afirmação da autonomia.
Durante a sua fala, Isabel destacou os momentos essenciais da entrada e da afirmação da fotografia no mercado da arte. “A apresentação que eu fiz foi para mostrar para vocês o quanto a fotografia se ampliou nos seus espectros, conceitos e espaços”, acentuou.
O incentivo ao colecionismo é fundamental para fazer a fotografia circular e ter seu valor sempre compreendido. Para finalizar, a curadora destacou o próprio Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, que ano passado apresentou ao público a coleção de fotografia contemporânea que veio construindo desde o seu primeiro ano de atuação. Uma coleção que se forma bem próximo do momento de produção da obra, sendo assim um registro da produção artística da época em que vivemos.