Últimos dias de inscrição para a 13ª edição do Diário Contemporâneo

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As inscrições para a 13ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia entraram na sua reta final. O candidato interessado tem só até a meia-noite do dia 16/012 para enviar o seu dossiê. As candidaturas são gratuitas e o edital com todos os detalhes, além da ficha de inscrição está disponível no site dcf.dol.com.br

O tema escolhido, “Todo corpo em deslocamento tem trajetória”, nasce com uma proposição de Lívia Aquino, curadora convidada deste ano. Serão 15 artistas selecionados que farão parte da mostra da 13ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia no Museu Casa das Onze Janelas, Museu da UFPA, Solar da Beira e Associação Fotoativa. Destes, 06 serão escolhidos como Prêmios Aquisição e serão contemplados com R$7.000,00, além da ajuda de custo de até R$2.000,00 oferecida a todos os selecionados para a produção das obras.

>>> Baixe aqui o Edital 2024

>>> Ficha de Inscrição 13ª edição 

“Aqui, a provocação aos artistas visuais, em especial àqueles que se dedicam ao fotográfico e seus desdobramentos, gira em torno do corpo como um território pessoal, de experiências íntimas e únicas, ao mesmo tempo combinado, por estar alinhado ou confrontado, com a experiência social e política”. O corpo é visto para além da sua casca, busca-se a sua tomada de consciência e a relação com o que está ao seu redor”, explicou a curadora convidada.

“A proposição de Lívia Aquino se dirige ao corpo como território pessoal, lugar de vivência única e ao mesmo tempo conectado ou em confronto com a experiência social”, analisou Mariano Klautau Filho, curador geral do projeto.

O JURÍ

Lívia Aquino – Vive em São Paulo. Pesquisadora do campo da cultura e das artes visuais, é professora e artista. Graduada em Psicologia pela UFPR, atua também como psicoterapeuta. Doutora em Artes Visuais e Mestre em Multimeios pela UNICAMP. É professora na pós-graduação em Práticas Artísticas Contemporâneas e na graduação de Artes Visuais e de Produção Cultural da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), em São Paulo. Autora do livro Picture Ahead: a Kodak e a construção do turista-fotógrafo, Prêmio Funarte Marc Ferrez 2015. Participou de exposições coletivas no Centro Cultural São Paulo, na Galeria Reocupa Ocupação 9 de julho, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, no Sesc Belenzinho, na Pinacoteca de São Paulo, no Parque Lage, no Museu do Estado do Pará, na Fundação Joaquim Nabuco, no Museu de Arte de Ribeirão Preto, entre outras. 

Camila Fialho – Vive em Belém. Artista, curadora e articuladora/ativadora de processos artísticos. Doutoranda do PPG em Artes da UFPA, suas pesquisas transitam entre poéticas do deslocamento, paisagem, corpo e espaço, com especial interesse nas práticas colaborativas e na publicação como suporte para criação. Como artista, participou da exposição OUBOUR / عبور – Marseille / Alger / Ghardaïa, com a série Lignes de Ghardaïa (Marselha/FR, 2023); foi contemplada pelo Prêmio Branco de Melo 2022 para realizar sua primeira exposição individual Linhas em Movimento. Sob a assinatura de RaioVerde, plataforma pesquisa e criação compartilhada no campo das artes, em 2022 recebe o prêmio de Incentivo às Artes Visuais e Fotografia “Imagens Cotidianas” promovido pelo Sesc no Pará, com a obra Caxina Machu: o reino das sementes vazias, que também participou da exposição Luz do Norte, 10º Festival de Fotografia de Tiradentes, 2020/2021. Participou ainda da instalação coletiva Mapping Fordlândia, junto do coletivo Suspended spaces, parte da exposição On Fail[l]ed Tales and Ta[y]lors, no espaço La Tabakalera, em San Sebastian, 2019, e itinerâncias na França e no Brasil.

Vi Grunvald – Vive em Porto Alegre. Professora trans do Departamento de Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRGS, onde integra os núcleos de Antropologia Visual e Antropologia e Cidadania. Doutora e Pós-Doutora pela USP, e com formação pela Academia Internacional de Cinema. Co-coordena o Grupo de Reconhecimento de Universos Artísticos/Audiovisuais da UFRJ e pesquisadora de diversos grupos de pesquisa na USP. Professora visitante, em 2022, no Departamento de Psicología Social y Antropología Social da Universidad Complutense de Madrid (UCM) e do Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA) em Lisboa. Fotógrafa e realizadora audiovisual com trabalhos sobre política, direitos humanos, gênero, sexualidade, parentesco/família, imagem, performance, cinema, táticas documentais e teoria queer/cuir. Membra dos comitês de Gênero e Sexualidade (2021-24) e Antropologia Visual (2019-24) da Associação Brasileira de Antropologia (ABA). Coordena a Comissão de Imagem e Som da ANPOCS, no biênio 2022-2023. Domingo, trabalho realizado com Paulo Mendel e a Família Stronger, selecionado e comissionado pela 21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, e exibido no Royal Anthropological Institute Film Festival 2019, recebeu os prêmios Margot Dias e Benjamin Pereira de melhor filme da Associação Portuguesa de Antropologia (APA 2019/2020) e Prêmio ANPOCS de Melhor Curta e Média-Metragem da ANPOCS (2021).

O PROJETO

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia inicia em um novo formato de edital. Com a 13ª edição, o projeto propõe o incentivo à formação de acervo através dos Prêmios Aquisição, intensificando o que já vem sendo feito desde a constituição da Coleção, em 2016. 

Criado em 2010, é aberto a todos os artistas brasileiros ou residentes no país. Trata-se de um projeto nacional, que em seus mais de dez anos de atuação contribuiu para a consolidação do Pará como lugar de reflexão e criação em artes, além de proporcionar o diálogo entre a produção local e nacional.

O DCF é uma realização do jornal Diário do Pará e RBA com apoio institucional do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SECULT), Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIM) e Museu Casa das Onze Janelas; Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA); Associação Fotoativa; Prefeitura de Belém por meio da CODEM e Solar da Beira; colaboração da Sol Informática e oferecimento da BBF.

SERVIÇO

Últimos dias de inscrição para a 13ª edição do Diário Contemporâneo

Data: até 16/02/2024

Informações: Rua Gaspar Viana, 773 – Reduto. 

Contatos: (91) 3184-9310, 98367-2468 e diariocontemporaneodfotografia@gmail.com. 

Edital e ficha de inscrição no site: dcf.dol.com.br

DCF 2024 nas palavras da curadora convidada

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Texto: Debb Cabral

Até 16 de fevereiro o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia segue com inscrições abertas para a sua 13ª edição que contemplará seis artistas com os Prêmios Aquisição. “Todo corpo em deslocamento tem trajetória”, tema deste ano, é uma proposição de Lívia Aquino, curadora convidada. Os interessados em participar encontram o edital e a ficha de inscrição disponíveis no site dcf.dol.com.br. 

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>>> Ficha de Inscrição 13ª edição 

Artista, pesquisadora e profissional atuante em projetos de arte contemporânea no país, Lívia Aquino é parceira do DCF desde 2016, com destaque especial no acompanhamento dos artistas residentes nas últimas edições. Sobre o convite para a curadoria convidada, ela declarou que “eu tenho um carinho enorme pelo DCF, já participei como artista, como comissão de seleção e também na orientação nas residências em São Paulo e no Farol. Admiro o modo como o projeto acontece no campo das artes, sempre aberto a adaptações ao seu tempo de existência e acontecimento no território de Belém. Esse convite me pegou de surpresa, para mim é um desafio como artista articular essa proposição junto a pessoas que tenho grande admiração pelo trabalho e por suas proposições artísticas”. 

Lívia Aquino é a curadora convidada deste ano. Foto: Irene Almeida

Lívia tem como parceiras na comissão de seleção deste ano a fotógrafa e realizadora audiovisual com trabalhos sobre política, direitos humanos, gênero, sexualidade, parentesco/família, imagem, performance, cinema, táticas documentais e teoria queer/cuir, Vi Grunvald, além de Camila Fialho, curadora e articuladora/ativadora de processos artísticos.

A temática desta edição do DCF nasceu do texto “Trabalho de Vida”, da artista e estudante carioca Matheusa Passareli, pessoa negra e não binária que traz um relato muito íntimo e pessoal mas, ao mesmo tempo, consegue estabelecer relações com outras pessoas e suas vivências. “A proposição da curadoria a partir do texto da Matheusa é justamente por ela articular aspectos de sua experiência pessoal e social, expondo reflexões acerca de como se dá a trajetória do seu corpo em deslocamento pela cidade para cursar uma universidade pública. Estou interessada nessas relações de vida, daquilo que nos mobiliza e afeta a partir do que é próprio mas também do contexto de vida e de histórias que valem desdobramentos, narrativas e processos”, explicou Lívia.

Ainda olhando a partir da situação do deslocamento, a curadora convidada reflete que “o movimento pode ser o que nos impulsiona, nos leva a produzir não no sentido neoliberal mas naquele em que nos reconhecemos fazedores de algo pela nossa experiência, por sermos viventes e desejantes. Gosto muito de pensar com Paulo Freire quando nos diz que o corpo age e a partir dessa ação – que é mover também – surge o conhecimento do mundo ou daquela pessoa. Não gosto da ideia de tomar uma coisa como dada – é o ponto de saída, é o de chegada, é o caminho, para cada um é algo que pode se dar em torno de, em torno da saída, da chegada ou do tanto percorrido, há movimento em todos esses lugares aí”.

A 13ª edição é uma retomada e um fortalecimento daquilo que o DCF já vem construindo há mais de uma década. Com o novo formato de edital, o projeto busca estimular a formação de acervo. “Que façamos uma exposição que mobilize e afete quem visitar, que possamos trabalhar de modo alegre e respeitoso, celebrando a arte e a cultura que fazemos, reconhecendo nosso campo como potente e importante para a produção de conhecimento no nosso país que na história recente tratou tão mal os trabalhadores da arte”, concluiu Lívia ao falar das suas expectativas para a edição de 2024.  

Revelador H2O2, de Alex Sandro Oliveira, integrante da Coleção DCF

O PROJETO

Criado em 2010, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é aberto a todos os artistas brasileiros ou residentes no país. Trata-se de um projeto nacional, que em seus mais de dez anos de atuação contribuiu para a consolidação do Pará como lugar de reflexão e criação em artes, além de proporcionar o diálogo entre a produção local e nacional.

Sua 13ª edição, serão 15 artistas selecionados que farão parte da mostra no Museu Casa das Onze Janelas, Museu da UFPA, Solar da Beira e Associação Fotoativa. Destes, 06 serão escolhidos como Prêmios Aquisição e serão contemplados com R$7.000,00, além da ajuda de custo de até R$2.000,00 oferecida a todos os selecionados para a produção das obras.

O DCF é uma realização do jornal Diário do Pará e RBA com apoio institucional do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SECULT), Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIM) e Museu Casa das Onze Janelas; Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA); Associação Fotoativa; Prefeitura de Belém por meio da CODEM e Solar da Beira; colaboração da Sol Informática e oferecimento da BBF.

SERVIÇO
Diário Contemporâneo segue com inscrições abertas para a 13ª edição
Data: até 16/02/2024
Informações: Rua Gaspar Viana, 773 – Reduto. 
Contatos: (91) 3184-9310, 98367-2468 e diariocontemporaneodfotografia@gmail.com. 
Edital e ficha de inscrição no site: dcf.dol.com.br

Diário Contemporâneo entregará seis Prêmios Aquisição em 2024

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O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia segue com inscrições abertas até 16 de fevereiro de 2024. Este ano, a grande novidade do projeto são os Prêmios Aquisição, onde os seis contemplados integrarão a Coleção Diário Contemporâneo de Fotografia. Os interessados em participar da 13ª edição, com a temática “Todo corpo em deslocamento tem trajetória”, encontram o edital e a ficha de inscrição disponíveis no site dcf.dol.com.br.

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>>> Ficha de Inscrição 13ª edição 

Lançada ao público em 2016, a Coleção tem sua origem desde a primeira edição do projeto, em 2010. Ela iniciou com os artistas premiados e, a partir de 2014, existem obras que entraram na Coleção por doações a convite da curadoria, entre outros procedimentos. São quase 60 artistas de todas as regiões do país que estão com trabalhos sob a guarda do Museu da UFPA e da Casa das Onze Janelas, instituições parceiras do projeto.

Obra “Morar”, do Coletivo Garapa. Prêmio Memórias da Imagem (2012)

Este conjunto generoso de trabalhos é um recorte importante do que vem se produzindo em arte contemporânea nos últimos anos. “Sem dúvida, o que tentamos com a Coleção é poder reunir uma produção brasileira da fotografia contemporânea em suas mais diversas conexões com as linguagens da imagem, e isso extrapola a fotografia delimitada ao seu território convencional. É uma pista para quem quiser pesquisar e avaliar”, analisou Mariano Klautau Filho, curador geral do projeto.

Integrar um acervo de arte tão diverso e presente em instituições de renome é algo importante também para a trajetória do artista. “A partir do momento em que a obra passa a pertencer ao patrimônio público. Ela pode ser exibida diversas vezes, dinamizada, conservada e pesquisada, tornando-se objeto de conhecimento artístico e cultural”, explicou Mariano.

Nesse sentido, os Prêmios Aquisição, novidade desta edição, são oportunidades de incentivo à formação de acervo. Sobre a escolha do formato, Mariano disse que “a decisão pelos Prêmios Aquisição é uma tentativa mais abrangente de premiação que tem impacto imediato na atualização da Coleção como bem público. Lembremos que são dois museus públicos que abrigam a Coleção DCF: Casa das Onze Janelas e Museu da UFPA; portanto é uma política de expansão do acervo público já que as instituições públicas museológicas não estão fazendo quase nada para fomentar e atualizar seus acervos. É uma contribuição do projeto para preencher uma lacuna institucional, uma deficiência dos nossos museus”.

No total, serão 15 artistas selecionados que farão parte da mostra da 13ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia no Museu Casa das Onze Janelas, Museu da UFPA, Solar da Beira e Associação Fotoativa. Destes, 06 serão escolhidos como Prêmios Aquisição e serão contemplados com R$7.000,00, além da ajuda de custo de até R$2.000,00 oferecida a todos os selecionados para a produção das obras.

Público na 10ª edição observando o trabalho de Rodrigo José que integra a Coleção DCF. Foto: Irene Almeida

O PROJETO

Criado em 2010, é aberto a todos os artistas brasileiros ou residentes no país. Trata-se de um projeto nacional, que em seus mais de dez anos de atuação contribuiu para a consolidação do Pará como lugar de reflexão e criação em artes, além de proporcionar o diálogo entre a produção local e nacional.

Sua 13ª edição, com o tema “Todo corpo em deslocamento tem trajetória”, nasce com uma proposição de Lívia Aquino, curadora convidada deste ano. Camila Fialho e Vi Grunvald também integram a comissão de seleção.

O DCF é uma realização do jornal Diário do Pará e RBA com apoio institucional do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SECULT), Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIM) e Museu Casa das Onze Janelas; Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA); Associação Fotoativa; Prefeitura de Belém por meio da CODEM e Solar da Beira; colaboração da Sol Informática e oferecimento da BBF.

SERVIÇO

Diário Contemporâneo entregará seis Prêmios Aquisição em 2024

Data: até 16/02/2024

Informações: Rua Gaspar Viana, 773 – Reduto.

Contatos: (91) 3184-9310, 98367-2468 e diariocontemporaneodfotografia@gmail.com.

Edital e ficha de inscrição no site: dcf.dol.com.br

Diário Contemporâneo promove programação de lançamento da 13ª edição

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O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia lança a sua 13ª edição que nasce com uma proposição de Lívia Aquino, curadora convidada deste ano. Para revelar o tema ao público, o projeto realizará a leitura disparadora e conversa “Corpos Moventes” com Lívia, Camila Fialho e Vi Grunvald, que integram a comissão de seleção. O encontro com o público será no dia 15/12, às 19h, no Museu da Imagem e do Som que fica localizado no Centro Cultural Palacete Faciola.

O encontro será em formato de conversa aberta ao público a partir de questões em torno do corpo e suas representações, que é um dos eixos da temática da convocatória da edição.

Sobre o tema escolhido para esta edição, Lívia explica que “aqui, a provocação aos artistas visuais, em especial àqueles que se dedicam ao fotográfico e seus desdobramentos, gira em torno do corpo como um território pessoal, de experiências íntimas e únicas, ao mesmo tempo combinado, por estar alinhado ou confrontado, com a experiência social e política”. O corpo é visto para além da sua casca, busca-se a sua tomada de consciência e a relação com o que está ao seu redor.

Assim como os corpos, o Diário Contemporâneo também se move e muda. Nas palavras de Mariano Klautau Filho, curador geral, “o projeto continua experimentando, mudando, reconfigurando, buscando formatos e amadurecendo. Tudo isso se intensificou a partir dos 10 anos, em que se está colocando mais em prática a colaboração do projeto com outras pessoas”.

Lívia Aquino é uma destas colaboradoras. Artista, pesquisadora e profissional atuante em projetos de arte contemporânea no país, é parceira do projeto desde 2016, com destaque especial no acompanhamento dos artistas residentes nas últimas edições.

A PREMIAÇÃO

Serão 15 artistas selecionados que farão parte da mostra da 13ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia no Museu Casa das Onze Janelas, Museu da UFPA, Solar da Beira e Associação Fotoativa. Destes, 06 serão escolhidos como Prêmios Aquisição e serão contemplados com R$7.000,00, além da ajuda de custo de até R$2.000,00 oferecida a todos os selecionados para a produção das obras. O edital com todas as informações estará disponível no site dcf.dol.com.br. As inscrições serão online e gratuitas e seguirão abertas até 16 de fevereiro de 2024.

O PROJETO

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia inicia em um novo formato de edital. Com a 13ª edição, o projeto propõe o incentivo à formação de acervo através dos Prêmios Aquisição, intensificando o que já vem sendo feito desde a constituição da Coleção, em 2016. Para a mostra deste ano, somado à seleção por edital, um outro grupo de  artistas será convidado pela curadoria para fazer parte da exposição.

Além disso, como parte da edição e completando a proposta da mostra principal, o projeto se constitui de outras exposições especiais que fortalecem a programação como trabalho de pesquisa curatorial, tanto no campo histórico quanto na produção contemporânea emergente.

Para esta edição, a proposta das mostras “In Natura/In Vitro” e “Jacques Huber – Coletas” vem cumprir tais objetivos. A primeira envolverá a relação entre corpo e paisagem com trabalhos que refletem sobre os sentidos de natureza e artifício; a segunda, a produção fotográfica do universo vegetal realizada pelo cientista suíço Jacques Huber no início do século XX como pesquisador  do Museu Emílio Goeldi, em Belém. Ambas exposições terão a curadoria compartilhada entre Mariano Klautau Filho (curador geral do projeto) e Nelson Sanjad, pesquisador do Museu Emílio Goeldi, especialmente convidado para trabalhar com o acervo de Jacques Huber.

Criado em 2010, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é aberto a todos os artistas brasileiros ou residentes no país. Trata-se de um projeto nacional, que em seus mais de dez anos de atuação contribuiu para a consolidação do Pará como lugar de reflexão e criação em artes, além de proporcionar o diálogo entre a produção local e nacional.

O DCF é uma realização do jornal Diário do Pará e RBA com apoio institucional do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SECULT), Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIM) e Museu Casa das Onze Janelas; Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA); Associação Fotoativa; Prefeitura de Belém por meio da CODEM e Solar da Beira; colaboração da Sol Informática e oferecimento da BBF.

 

SERVIÇO

Diário Contemporâneo promove programação de lançamento da 13ª edição

Data: 15/12/2023

Horário: 19h

Local: Museu da Imagem e do Som, no Centro Cultural Palacete Faciola

Endereço: Avenida Nazaré, nº 138

Informações: dcf.dol.com.br

Lívia Aquino fala sobre a Residência Artística Farol

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Em 2020, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia concederá todos os seus prêmios no formato de residências artísticas, uma delas será coletiva com as suas atividades realizadas na llha de Mosqueiro. Serão cinco premiados, dois paraenses e/ou residentes no Pará por pelo menos três anos e três artistas de outros estados. A Residência Artística Farol será coordenada por Lívia Aquino, artista e professora. As inscrições para a 11ª edição do Diário Contemporâneo terminam nesta segunda-feira (25) e são realizadas somente pelo site do projeto www.diarioconteporaneo.com.br.

Uma residência na Praia do Farol será o atelier e local para hospedagem do grupo em ações como encontros, conversas e atividades de experimentação e criação sob a orientação de Lívia. Essa residência tem um caráter autônomo, não sendo integrada à mostra expositiva. Os interessados em participar da atividade deverão inscrever-se exclusivamente para ela. O dossiê com carta de intenção/proposição para residência, currículo e portfólio de trabalhos será anexado na ficha de inscrição devidamente preenchida no link: http://bit.ly/InscricaoResidenciaFarol.

Amazônia, de Rodrigo José, premiado em 2019

Confira a entrevista com a coordenadora da ação:

Como foi o convite para coordenar a Residência Artística Farol? Como que surgiu a ideia? Ela foi construída a muitas mãos?

Numa das vezes que estive em Belém fui presenteada por Alexandre (Sequeira) com uma ida a Ilha do Mosqueiro, foi um dia muito especial, de muita conversa e afetividade. Conheci parte da ilha, da praia, dos casarios históricos e da ponta do Farol. Na volta, comentei com Mariano (Klautau Filho) sobre algumas impressões e lancei uma proposta de ocupar uma casa específica apresentada a mim com uma residência artística. Isso foi há uns dois anos e vez ou outra ainda retomávamos a ideia da residência. Nesse ano, Mariano aventou essa possibilidade de alargarmos as experiências de residências individuais, das quais participei duas vezes como orientadora, para um grupo que ocupasse a casa e imediatamente topei. Quando acontecer será um momento muito especial para o projeto, de expansão da residência.

Estamos vivendo um momento em que o distanciamento social é necessário. Como você imagina que será esta vivência coletiva depois de tanto tempo de isolamento?

Imagino que ela só poderá acontecer no momento em que estivermos todas e todos seguros para isso, temos uma previsão mas vamos respeitar o que for necessário para a manutenção das vidas. Não sei o que virá, quais experiências os residentes selecionados terão tido nos seus isolamentos, suas perdas, mas imagino que tudo isso atravessará nosso período de convivência conjunta. Estaremos vivos e juntos, lidando com nossas histórias e com a história do entorno que iremos habitar temporariamente.

Você já participou do Diário Contemporâneo de diferentes maneiras, como artista, tutora e agora coordenadora da residência. Fale um pouco sobre a sua percepção do projeto.

Eu sou imensamente grata a receptividade que tenho nesse projeto, participando como você assinalou, de diferentes maneiras. É um projeto que acontece há muitos anos e que se permite avaliações, revisões, novas perceptivas. Isso é muito rico, mantém viva a perspectiva de que um projeto cultural e artístico pode ser revisto ao longo de sua existência.

LÍVIA AQUINO

Pesquisadora do campo das artes visuais é professora e artista. Doutora em Artes Visuais e Mestre em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente é coordenadora da pós-graduação em Fotografia e professora da pós-graduação em Práticas Artísticas Contemporâneas e no Tecnólogo em Produção Cultural da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), em São Paulo. Ministra oficinas em diversas instituições culturais.

SERVIÇO: 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia segue com inscrições abertas até dia 25/05. Contatos: (91)98367-2468 e diariocontemporaneodfotografia@gmail.com. Edital e inscrições no site:  www.diariocontemporaneo.com.br. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática e patrocínio da Alubar.

11º Diário Contemporâneo oferece três prêmios de residência artística

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alexaaleEm 2020, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia se abriu ainda mais para as possibilidades das experiências compartilhadas e trouxe todos os seus três prêmios deste ano no formato de residências artísticas. Elas e as mostras estão previstas para serem realizadas entre os meses de outubro e novembro deste ano. As inscrições para esta 11ª edição seguem abertas até 25 de maio, sendo realizas somente pelo site do projeto www.diariocontemporaneo.com.br.

Em 2018, o paraense Ionaldo Rodrigues ganhou no Diário Contemporâneo o então Prêmio Residência Artística São Paulo. Na capital paulistana ele foi acolhido por sua tutora, Lívia Aquino, parceira do projeto e que este ano volta como coordenadora da Residência Artística Farol, uma premiação coletiva com atividades a serem realizadas na Ilha de Mosqueiro. Esta foi a segunda experiência de Ionaldo que anos antes, em 2013, participou de outra vinculada a um edital da FUNARTE.

Baquirivu, de Ionaldo Rodrigues

“Passado algum tempo da realização dessas duas residências, acredito que o momento atual pede que a gente reflita sobre a possibilidade do formato de residência artística, mais do que favorecer a pesquisa e a experimentação, talvez sombreie dificuldades estruturais que enfrentamos na formação do artista e na crítica de arte. Considerando os ataques políticos e a mercantilização das universidades, assim como a precarização de instituições públicas que atuam no acesso à educação pelo sensível e na formação dos artistas, o espaço da residência artística pode ser um formato que mesmo valorizando o processo de trocas, acabe pondo na conta do “em processo” a grave crise que enfrentamos na base educacional e na consolidação da arte como instância relevante pra vida”, observou o artista.

Como observado por Ionaldo, não só a arte vem sofrendo grandes ataques, mas também o artista e todo aquele que busque as provocações e reflexões que a arte traz. Em tempos de coronavírus e isolamento social, o consumo de livros, filmes, músicas e outras produções culturais aumentou, mas isso não significa que os problemas foram superados. Muitas destas obras estão dentro de grandes plataformas de mídia e há pouca ou nenhuma intenção destas de promoverem debates sobre as obras. A lógica toda é baseada no consumo.

“Na prática, o que quero dizer é que o formato de residência artística pode facilmente se ajustar ao funcionamento da agenda de projetos, mesmo que esses projetos cada vez mais se fragilizem com o definhamento das instituições e dos artistas. O perigo é concentrar na agitação cultural um processo mais amplo e que deve ter cada elemento respeitado em sua natureza e temporalidade”, acrescentou Ionaldo mostrando que é preciso fortalecer o campo artístico com estratégias que incluem o pensar, o fazer e o debate não só do que é produzido, mas em que contexto que está inserido.

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ISOLAMENTO E INTROSPECÇÃO

Neste momento, estamos todos distantes uns dos outros visando a saúde da população. Alguns artistas estão produzindo muito, outros não conseguem produzir nada. Cada um tem um tempo, um processo e uma forma de reagir a tudo isso que está acontecendo. É possível pensar que residência artística pode ser potencializada mais ainda como um momento de encontros e trocas depois de tanto tempo de distanciamento e introspecção?

“Vejo no momento atual uma grande concentração de indefinições. A possibilidade colocada pela pergunta é uma visão esperançosa. Nela, depois do isolamento, o residente tem no deslocamento uma possibilidade de se distanciar ainda mais. Eu quero me juntar a essa visão otimista esperando que a gente, depois de tudo isso, ainda encontre uma forma de escutar melhor o que esse artista tenha para narrar”, finalizou.

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AS RESIDÊNCIAS

PRÊMIO RESIDÊNCIA ARTÍSTICA BELÉM – Destinado a um artista domiciliado fora do Pará. O premiado receberá uma bolsa para residir e produzir na cidade, sob a orientação do artista e pesquisador Alexandre Sequeira, por meio de seu projeto de pesquisa “Residência São Jerônimo”.

PRÊMIO RESIDÊNCIA ARTÍSTICA RECIFE – Destinado a um artista paraense atuante e/ou domiciliado no Pará por pelo menos três anos. O premiado receberá uma bolsa para residir e produzir na cidade de Recife/PE, sob a orientação da artista visual Ana Lira.

PRÊMIO RESIDÊNCIA ARTÍSTICA FAROL – Destinado a cinco artistas, dois paraenses e/ou residentes no Pará por pelo menos três anos e três de outros estados. Os premiados receberão uma bolsa para residirem e produzirem na Ilha fluvial de Mosqueiro/PA. Eles terão como atelier e local para hospedagem uma residência na Praia do Farol, além da orientação da artista Lívia Aquino.

SERVIÇO:  11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia recebe inscrições até 25 de maio. Contatos: (91)98367-2468 e diariocontemporaneodfotografia@gmail.com. Edital e inscrições no site:  www.diariocontemporaneo.com.br. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática e patrocínio da Alubar.

Diário Contemporâneo estende inscrições até 25 de maio

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A pandemia do novo coronavírus teve impacto em todos os segmentos, incluindo o da cultura que mostra agora a sua capacidade de reinvenção e adaptação. Assim, como medida preventiva e visando resguardar a saúde de todos, a organização do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia decidiu estender as inscrições para a sua 11ª edição. O  prazo final para o envio de dossiês é 25 de maio de 2020. A ficha e as informações sobre a edição estão disponíveis no site do projeto: www.diariocontemporaneo.com.br.

Bruxos e Curandeiros: A Magia Bantu entre África, Cuba e Maranhão. Foto: Márcio Vasconcelos, selecionado em 2019

Os interessados que submeterem os seus trabalhos concorrerão a um dos três prêmios de residência artística. Além disso, 20 artistas serão escolhidos para integrar a mostra com curadoria convidada de Rosely Nakagawa.

A organização do Diário Contemporâneo afirmou que “ainda não é possível definir com exatidão no edital um novo cronograma detalhado para a execução do projeto, no entanto, garantimos a disponibilidade de pauta com os museus parceiros para as exposições e residências artísticas para os meses de outubro e novembro deste ano”.

Além disso, a nota oficial acrescenta que “este período poderá sofrer alterações de acordo com os futuros informes oficiais sobre a pandemia, no sentido de criarmos mecanismos que nos permita realizar uma 11ª edição com segurança para todos os artistas e profissionais envolvidos em nosso projeto”.

“Vastas emoções e pensamentos imperfeitos”, referência direta ao romance do escritor brasileiro Rubem Fonseca, falecido no mês passado, é o tema da 11ª edição. Assim, no prêmio de fotografia, vem da literatura a provocação e o ponto de partida para uma reflexão sobre a realidade do mundo atual.

“Este é o momento de recolhimento, prevenção, cuidado com a saúde e com o coletivo”, finaliza a organização do Diário Contemporâneo.

O PROJETO

Criado em 2010, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é um edital aberto a todos os artistas brasileiros ou residentes no país.

Em sua 11ª edição, ele propõe atividades mais compartilhadas desde as suas residências artísticas até as experiências curatoriais e programação formativa.

SERVIÇO:  11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia inscreve até 25 de maio. Contatos: (91)98367-2468 e diariocontemporaneodfotografia@gmail.com. Edital e inscrições no site:  www.diariocontemporaneo.com.br. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática e patrocínio da Alubar.

Diário Contemporâneo segue com inscrições abertas

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O 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia segue com inscrições abertas aos artistas e fotógrafos brasileiros. A ficha e as informações sobre a edição estão disponíveis no site do projeto: www.diariocontemporaneo.com.br. O prazo foi estendido e 30 de abril é o último dia para os interessados submeterem o seu dossiê e concorrerem a um dos três prêmios de residência artística. Além disso, 20 artistas serão escolhidos para integrar a mostra com curadoria convidada de Rosely Nakagawa.

“Vastas emoções e pensamentos imperfeitos”, referência direta ao romance de Rubem Fonseca, foi o tema escolhido para esta edição. Uma provocação que parte da ficção para que o artista a interprete no mundo real.

Pequeno ritual do tempo, de Coletivo Amapoa, selecionado em 2019.

“Gostava de perambular pelas ruas, para ver as pessoas” diz o narrador e protagonista da história. O quanto isso mudou para todos nos dias atuais de isolamento social e reclusão doméstica? Que mundo se vê pelas janelas das casas, das TVs, das telas de celulares e computadores?

O projeto toma de empréstimo “o impacto poético que o belo e significativo título de Fonseca é capaz de causar sobre o artista a ponto de, por meio de sua múltipla significação, lhe oferecer ferramentas possíveis para a expressão de um mundo contemporâneo que, a um só golpe, avança e recua no limite das distopias; se movimenta entre conquistas da liberdade e o fracasso das políticas; ou que ‘simplesmente’ é arrebatado por fortes emoções que tornam por vezes os caminhos erráticos como alternativas poéticas de resistência”, explica Mariano Klautau Filho, curador do Diário Contemporâneo.

Todos os anos os artistas devolvem os questionamentos do projeto com outros questionamentos, outras inquietações. Este ano não será diferente, talvez isso seja até potencializado. Este é o poder da arte de fazer comunicação, de dar forma ao que é apenas pensamento.

Ficção e vida real. Experiências do cotidiano são transformadoras e, por isso, este ano o projeto aposta nas potencialidades da residência artística em suas premiações.

São elas: 

PRÊMIO RESIDÊNCIA ARTÍSTICA BELÉM

Destinado a um artista domiciliado fora do Pará. O premiado receberá uma bolsa para residir e produzir na cidade, sob a orientação do artista e pesquisador Alexandre Sequeira, por meio de seu projeto de pesquisa “Residência São Jerônimo”.

PRÊMIO RESIDÊNCIA ARTÍSTICA RECIFE

Destinado a um artista paraense atuante e/ou domiciliado no Pará por pelo menos três anos. O premiado receberá uma bolsa para residir e produzir na cidade de Recife/PE, sob a orientação da artista visual Ana Lira.

PRÊMIO RESIDÊNCIA ARTÍSTICA FAROL

Destinado a cinco artistas, dois paraenses e/ou residentes no Pará por pelo menos três anos e três de outros estados. Os premiados receberão uma bolsa para residirem e produzirem na Ilha fluvial de Mosqueiro/PA. Eles terão como atelier e local para hospedagem uma residência na Praia do Farol, além da orientação da artista Lívia Aquino.

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O PROJETO

Criado em 2010, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é um edital aberto a todos os artistas brasileiros ou residentes no país.

Em sua 11ª edição, ele propõe atividades mais compartilhadas desde as suas residências artísticas até as experiências curatoriais e programação formativa.

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SERVIÇO:  O 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia segue com inscrições abertas. Contatos: (91)98367-2468 e diariocontemporaneodfotografia@gmail.com. Edital e inscrições no site:  www.diariocontemporaneo.com.br. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática e patrocínio da Alubar.

A fotografia e o contemporâneo: Entrevista com Rosely Nakagawa

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Em um mundo de constantes transformações, que imagens a fotografia escolhe? Por que? De que maneira? O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia acompanha essas inquietações visuais há mais de uma década.

Nesta 11º edição, ele decidiu propor experiências do pensar e do fazer artístico mais compartilhadas. São três prêmios de residência artística, uma delas coletiva, inclusive. Compartilhada também foi a curadoria da mostra principal que traz, neste ano, Rosely Nakagawa como curadora convidada.

O prazo para as inscrições foi estendido até 30 de abril e elas são realizadas pelo site http://www.diariocontemporaneo.com.br/inscricoes/.

Rosely Nakagawa. Foto: Miguel Gonçalves Mendes

Rosely Nakagawa é curadora e editora de artes visuais. Formada em Arquitetura pela FAU-USP, fundou a Galeria Fotóptica em 1979, coordenou a Casa da Fotografia FUJI e foi curadora das galerias FNAC de 2003 a 2009. Atua como curadora independente, tendo realizado mostras de arte em instituições nacionais e internacionais. Em Belém, foi curadora do Projeto Fotografia Contemporânea Paraense – Panorama 80/90 no Museu Casa das Onze Janelas.

Confira a entrevista com ela:

P: O tema desta 11ª edição parte da literatura. Para a fotografia, qual a importância deste diálogo com as outras linguagens?

R: Eu faria uma inversão na sua questão, falando da importância da fotografia para as outras linguagens. E ainda reforçaria que a palavra “fotografia” deve ser revista, hoje ela é mais “imagem”. Ela é tecnologia de grafia de pontos sensíveis à energia, ondas eletromagnéticas, pontos algorítmicos que produzem imagens.

Hoje ela está presente na criação desde o princípio. O processo de criação se dá a partir de imagens, antes de qualquer anotação, leitura ou pensamento.

P: Qual é o papel do curador na arte contemporânea? 

R: O curador felizmente tem mudado de papel rapidamente, ocupando um lugar mais adequado, menos protagonista do que nos últimos anos. Ele deve voltar a ocupar o seu lugar, o de estar atualizado nos processos de criação dos artistas, acompanhando-os em toda sua dimensão, e trabalhando na fatia que lhe cabe: a de estimular, difundir e provocar a reflexão sobre os processos de criação diante da expectativa do artista e do público.

P: O curador de arte tem uma atuação que busca provocar reflexões, mas também precisa lidar com questões de ordem prática, como montagem, escolha de suportes e o relacionamento com as instituições. Como isso se dá?

R: A discussão destes elementos são parte do processo de criação e é obrigação do curador saber onde eles são necessários e quais os aparatos mais adequados. A relação Institucional nem sempre.  Cabe ao curador criar um espaço para a arte e para o público junto as Instituições, abrindo novos olhares, pontos para discussão, interação e formação.

Mas longe da administração destes espaços. Dentro deles, se houver um curador, ele deveria atuar ao lado de um comitê mais amplo e imparcial.

P: Você vem acompanhando a fotografia paraense há anos. Que transformações ocorreram com ela?

R: A fotografia assim como outros processos criativos é orgânica, permeável e mutante. Desde 1980, no encontro da Semana de Fotografia da FUNARTE, quando estive em Belém pela primeira vez, até o ano 2000 quando acompanhei mais de perto uma gama maior de profissionais para o Panorama da Fotografia Contemporânea, a fotografia sofreu uma mudança radical do ponto de vista de tecnologia, com a introdução da plataforma digital. A técnica ainda em 1990 era um fator estrutural para a construção da fotografia e responsável pelo seu resultado. O equipamento e os acessórios eram uma escolha que determinava a aproximação com o objeto do trabalho. A cor, ou o preto e branco, o grão, a mudança sutil de luz do céu da Amazônia, a velocidade da ação diante do fotógrafo. A resolução ou a falta dela no registro das paisagens.

De 2000 para 2020, as mudanças se notam mais críticas no âmbito sociocultural, ambiental, ético, humano. Várias questões presentes nas fotografias nos anos 1980 e 1990, se exacerbaram, e se mostram presentes como imagens contemporâneas; a marginalidade, o gênero, os desastres naturais, a ética. A diferença de abordagem não se limita mais ao equipamento, mas à elaboração crítica do imaginário prévio à captação. A imagem produzida pela câmera exige uma sofisticação de pensamento e conceituação para ser uma imagem do universo da arte contemporânea.

P: E nestes anos de atuação do Diário Contemporâneo, no que você acredita que ele contribuiu para estas transformações?

R: O Diário Contemporâneo criou e ocupa um espaço para acompanhar e documentar a produção neste período de mudanças. Mais que um edital ou prêmio, ele estimula desde o princípio, a reflexão, a pertinência, o processo, os itens mais importantes para o fazer artístico, que incluem a leitura, o roteiro, a fundamentação de um conceito e percepção muito próximos da literatura. O que justifica mais uma vez esta ligação entre imagem e literatura.

No início, tudo era imagem e verbo, sem separação, um só ideograma.

SERVIÇO:  O 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia inscreve até o dia 30 de abril. Informações: (91) 98367-2468 e diariocontemporaneodfotografia@gmail.com. Edital e inscrições no site:  www.diariocontemporaneo.com.br. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática e patrocínio da Alubar.

Os movimentos e fluxos da Residência Artística Farol

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Em 2020, o Prêmio Diário Contemporâneo concederá todos os seus prêmios no formato de residências artísticas. Duas delas serão realizadas em Belém e Recife, a terceira será na llha de Mosqueiro. Cinco artistas serão premiados nesta última, sendo selecionados dois paraenses e três artistas de outros estados. A Residência Artística Farol será coordenada pela artista, pesquisadora e professora Lívia Aquino. Os interessados em participar deverão inscrever-se exclusivamente para esta categoria de residência coletiva. O dossiê deve ser anexado na ficha de inscrição. Todas as informações estão no site http://www.diariocontemporaneo.com.br/.

Os residentes, durante o período de 21 de junho a 10 de julho de 2020, terão como atelier e local para hospedagem uma residência na Praia do Farol.  Eles participarão de encontros, conversas e atividades de experimentação e criação artística.

Por seu caráter coletivo, o Prêmio Residência Artística Farol é uma atividade autônoma, não integrada à mostra expositiva. Pensando nisso, o projeto formou uma comissão específica para realizar a seleção dos candidatos que realizarão essa atividade. Ela é formada por Alexandre Sequeira, Keyla Sobral e Lívia Aquino.

Viva Maria, intervenção de Lívia Aquino na fachada do MEP, no 9º Diário Contemporâneo. Foto: Irene Almeida

MOVIMENTOS E DINÂMICAS

A residência artística é uma proposta voltada à formação e experimentação do artista. “O deslocamento de seu círculo de relações sociais habituais e com a perspectiva de estar em convívio com o outro, instiga o artista a reorientar sua dinâmica de trabalho, pautada agora pela incorporação de outras linhas de força”, observou Alexandre Sequeira.

O artista paraense já recebeu dois residentes do Diário Contemporâneo em edições anteriores através do seu projeto Residência São Jerônimo. Isso vai ocorrer em 2020 de novo, quando um novo premiado de fora de Belém vier para cá.

A experiência da residência não tem impacto somente no artista, mas em todo o seu entorno e naquele que o acolhe, como é o caso de Alexandre.

“A Residência São Jerônimo mantém em sua estrutura, ainda a figura de um morador, no caso eu que, além de trabalhar como artista, atuo em outro contexto (o da universidade) como professor. Mas quando incorporei essa forma de utilização de meu espaço residencial, buscava, acima de tudo, a possibilidade de ativar encontros e trocas de ideias”, acrescentou.

Sem título, da série “Residência São Jerônimo”. Foto: Alexandre Sequeira.

PRÁTICAS COLETIVAS

A Residência Farol se diferencia das outras duas residências deste ano pelo seu aspecto coletivo. Serão cinco artistas que conviverão, realizarão trocas e terão experiências em comum.

Para isso, Lívia Aquino elaborou atividades especialmente pensadas para esta ação. “São conversas e trocas de processo entre os artistas residentes; ativações e ações partilhadas e/ou coletivas que podem ser construídas pelos residentes; encontros com artistas e pesquisadores que vivem e produzem em Belém; rodas de leituras que partem da experiência da ilha do Mosqueiro, sua história e da praia do Farol, bem como da casa onde acontece a residência”, contou ela.

Lívia também já recebeu dois residentes do Diário Contemporâneo antes. Desta vez, ela também se desloca, torna-se alguém em movimento, fora do seu ambiente cotidiano. Isso tudo tem impacto, inclusive, nas dinâmicas que ela realizará em Mosqueiro.

Retrato Falado 1, de Keyla Sobral, selecionada em 2017.

A LIBERDADE DO FAZER

As residências do Diário Contemporâneo não têm o compromisso com a apresentação de um resultado expositivo. O projeto propõe liberdade para que os artistas criem, pensem e se dediquem aos seus procedimentos. Ao fazer isso, investe na formação e mostra que a arte não está presa a um produto final, mas sim, ao processo. É por isso que o projeto entende a importância de dar todo o suporte e estrutura para que os artistas desenvolvam seus trabalhos.

“É extremamente enriquecedor essa troca de experiências, esse diálogo, que faz você pensar no seu próprio trabalho. Você não fica preocupado com um resultado imediato, acaba possibilitando uma aproximação mais minuciosa com o seu projeto, a sua pesquisa. É um momento de trocas e reflexões, e, que pode culminar num trabalho fechado ou em andamento. Para mim, o importante é o processo, a própria experiência desse encontro”, finalizou Keyla Sobral.

SERVIÇO:  O 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia inscreve até o dia 29 de março. Informações: Rua Gaspar Viana, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310, 98367-2468 e diariocontemporaneodfotografia@gmail.com. Edital e inscrições no site:  www.diariocontemporaneo.com.br. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática e patrocínio da Alubar.