Paula Sampaio conversa com o público sobre O Lago do Esquecimento

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O 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia encerra o seu ciclo de debates com Paula Sampaio, artista convidada desta edição. A conversa “O Lago do Esquecimento e os esquecimentos” ocorre neste sábado (19), às 17:30h, e contará com a mediação de Mariano Klautau Filho e Alberto César Araújo, fotógrafo e pesquisador amazonense, mediador especialmente convidado para acompanhar o curador do projeto no debate. O encontro terá a transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Diário Contemporâneo.

Na ocasião, “a fotógrafa conversará sobre o conjunto de trabalhos que constituem a sua exposição individual “O Lago do Esquecimento”, realizada especialmente para a 11ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, assim como sobre seu trabalho fotográfico desenvolvido desde os anos 1980 sobre as grandes estradas que cortam a Amazônia e as populações e cidades que foram se formando no traçado dessas rodovias. Serão tratados também temas como a preservação e a difusão das imagens contemporâneas da região e seus acervos e arquivos”, explicou Mariano Klautau Filho, curador do projeto e da exposição da artista convidada.

Paula Sampaio. Foto: Miguel Chikaoka

FINITUDE E FRAGILIDADE

O Lago do Esquecimento é um projeto que traz a denúncia e a reflexão sobre os impactos que o “desenvolvimento” traz na vida das pessoas. Uma comunidade existia com suas histórias, vivências e sonhos onde hoje é o lago sem vida da hidrelétrica de Tucuruí. Lançado no formato de livro 2013, o Lago continua a reverberar até hoje.

“Estamos vivendo um momento único da humanidade, fomos todos profundamente afetados por essa pandemia que nos levou a rever nossas formas de vida. E esse trabalho fala da finitude e fragilidade dessa vida terrena para todos os seres e também dos novos começos que surgem diante das ‘mortes’ e esquecimentos que nos atravessam cotidianamente, questões que estão pairando sobre nós e também estão presentes nessa edição do Prêmio. Nesse sentido, no texto que apresenta esse trabalho escrito por Mariano Klautau Filho existe uma indagação muito instigante e pertinente, a partir de tudo que vemos e sentimos, ele lança a pergunta, afinal ‘o mundo ainda é bonito?”, refletiu a artista.

Sobre ter o ensaio de Paula Sampaio nesta edição, o curador observou que é de “toda a importância por no mínimo três razões: mostra a dimensão formal trágica que tem o trabalho da Paula, a contundência com que ela tratou o episódio do Lago de Tucuruí como uma floresta fossilizada e, em especial, a urgência do tema quando a Amazônia e as florestas brasileiras têm sido tratadas com um plano de destruição pelo atual governo federal”.

Mariano Klautau Filho e Paula Sampaio observam a publicação da artista que saiu encartada no Jornal Diário do Pará. Foto: Irene Almeida

Na exposição, as imagens estão presentes em mais de um formato. Além das fotografias também existem carta, mapa, projeção e um encarte especial preparado pela artista. Tudo isso gera novas ideias e reflexões. “Está sendo muito bom para mim ver essa edição das fotografias do Lago se relacionando com os outros trabalhos que são desdobramentos (Árvore) ou estão na origem desse projeto (Antônios e Cândidas). Fiquei especialmente feliz com a impressão e veiculação encartada no Jornal Diário do Pará do caderno ‘Antônios e Cândidas têm sonhos de sorte’. Ver as pessoas que fotografei e que me contaram suas histórias de vida ocupando esse espaço era um sonho da fotojornalista que sempre fui. Essa ideia materializada, por exemplo, já está gerando outros desdobramentos”, contou Paula.

A exposição que está montada no Museu do Estado do Pará é resultado de um processo de muito diálogo e colaboração. “É a primeira vez que a fotógrafa reúne um conjunto expressivo do material do lago de Tucuruí em uma exposição. Creio que o trabalho merecia ser exibido em um espaço como o MEP. Estou muito contente com o resultado”, disse o curador.

Mariano ainda acrescentou que “o encarte era um sonho antigo da Paula. Fiquei muito contente em contribuir com a realização desta peça, porque o suporte do encarte jornalístico é um meio que ela conhece muito por ter trabalhado no fotojornalismo impresso. Além de reunir uma somatória de suas experiências com os relatos dos moradores das várias regiões que ela fotografou ao longo das décadas, se transformou em sua primeira publicação de artista que foi para as bancas encartada em um jornal diário. Isso tem uma força e coerência muito importantes do ponto de vista conceitual do trabalho da Paula. A projeção também se revela como abrangência do seu trabalho documental já que se trata de um dos vídeos que performam um ato político, uma espécie de ação artística na paisagem do lago. São processos que já fazem parte do trabalho e que ganharam destaque nesta exposição”, finalizou.

O Lago do Esquecimento, de Paula Sampaio, artista convidada nesta edição.

BIOGRAFIAS

Paula Sampaio nasceu em Belo Horizonte e migrou para a Amazônia ainda criança com a família. Formou-se em Jornalismo pela UFPA e atuou como fotojornalista por muitos anos. Ocupação, colonização da região, memórias orais e patrimônio imaterial são alguns dos temas recorrentes em seu trabalho. Suas séries são reflexões sobre a natureza e a fragilidade dos seres. Atualmente é responsável pelo Núcleo de Fotografia do Centro Cultural Sesc Ver-o-Peso e continua desenvolvendo seus projetos. No momento, dedica-se a organizar seu arquivo pessoal.

Alberto César Araújo é graduado em Comunicação Social pelo Centro Universitário do Norte, Uninorte-Laureate e mestre pelo Programa de Pós-graduação de Letras e Artes, Universidade do Estado do Amazonas, UEA. Repórter fotográfico desde 1991, atuando em veículos de imprensa nacional e internacional. É editor de Fotografia da agência de jornalismo independente Amazônia Real, é também um dos ”nominators” do Programa 6X6 Global Talent da Fundação World Press Photo.

ÚLTIMOS DIAS DE VISITAÇÃO

As mostras Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos, com curadoria convidada de Rosely Nakagawa, e O Lago do Esquecimento, individual de Paula Sampaio, com curadoria de Mariano Klautau Filho, seguem abertas ao público até 20 de dezembro, no Museu do Estado do Pará. A visitação presencial que deve ser agendada pelo site www.diariocontemporaneo.com.br.

SERVIÇO: Paula Sampaio conversa com o público sobre O Lago do Esquecimento. Data: 19 de dezembro de 2020. Horário: 17:30h. Local: canal do YouTube do projeto. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE. Informações: (91) 98367-2400,  diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

Diário Contemporâneo aborda os totalitarismos em rede

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O 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia entra na reta final da sua programação de debates. As professoras Lucia Santaella (PUC/SP) e Val Sampaio (UFPA) integram a mesa “Totalitarismos em rede: imagem e opressão”, com mediação de Heldilene Reale. O encontro será na quinta-feira (17), às 19:30h e terá a transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Diário Contemporâneo.

Lucia Santaella (Foto: Divulgação), Val Sampaio (Foto: Divulgação) e Heldilene Reale (Foto: Natan Garcia)

As imagens em rede colocam os diversos discursos ao alcance de todos, inclusive as ideologias extremistas que reforçam violências e opressões.

“O tema em questão propõe refletirmos sobre a apropriação das imagens na cultura tecnológica no atual contexto, ressaltando os fenômenos de retorno às políticas extremistas conservadoras engendradas pelas dinâmicas em rede. Simbologias nas redes sociais são criadas para legitimar um discurso. Imagens e discursos intensamente compartilhados. A tecnologia nos apresenta infinitas possibilidades de produção, acesso e movimentação de imagens: memeshashtags, arrobas, gifs, filtros, temas em fotos de perfis,… ‘Viralizar’ a imagem agrega a instantaneidade  da assinatura de um discurso em rede, em ações democráticas ou totalitárias, em imagens que oprimem ou são oprimidas”, explicou Heldilene sobre questões que serão debatidas na programação que integra o eixo “Superfícies das imagens: estamos mergulhando?”, proposto por ela.

Val Sampaio fará a palestra “Sobre a existência das imagens e dos objetos técnicos” na qual irá refletir sobre a relação da humanidade com as imagens e os objetos digitais em um mundo saturado pela técnica/tecnologia, bem como o novo modelo de negócios das empresas baseadas na internet.

Já Lucia Santaella falará sobre o tema proposto pelo projeto a partir de suas pesquisas sobre comunicação tecnológica no contexto da rede como um grande conjunto de dados que pautam nossos comportamentos. Ela observa que, na transição da cultura de massa para a cultura digital, a convergência de mídias traz outras formas de consumo e produtos culturais.

BIOGRAFIAS

Lucia Santaella é pesquisadora 1 A do CNPq, professora titular na pós-graduação em Comunicação e Semiótica e coordenadora da pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (PUCSP). Doutora em Teoria Literária pela PUCSP e Livre-docente em Ciências da Comunicação pela USP. Fez repetidos estágios de pós-doutorado no exterior e foi professora e pesquisadora convidada em várias universidades europeias e latino-americanas. Já levou à defesa 248 mestres e doutores. Publicou 51 livros e organizou 24, além da publicação de quase 500 artigos no Brasil e no exterior. Recebeu os prêmios Jabuti (2002, 2009, 2011, 2014), o prêmio Sergio Motta (2005) e o prêmio Luiz Beltrão (2010).

Val Sampaio é artista visual, produtora e curadora independente. Tem experiência na área de produção, pesquisa em poéticas e crítica em Artes, com ênfase em arte contemporânea, design e novas mídias. Doutora e mestre em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) e Pós-Doutorado em Poéticas Digitais (ECA/USP). Atualmente é professora adjunto da Universidade Federal do Pará, na Faculdade de Artes Visuais do Instituto de Ciências da Arte (ICA/UFPA). Professora, artista-pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Artes – do PPGARTES/UFPA.

Heldilene Reale é doutora em Artes (UFMG) e mestre em Comunicação, Linguagem e Cultura (UNAMA). Sua trajetória artística desenvolvida desde 2005, vincula um processo que envolve aspectos da memória, patrimônio, narrativas orais, percursos de viagens e conflitos na Amazônia, utilizando multilinguagens. Atualmente atua como artista, pesquisadora e realiza curadoria na galeria do espaço cultural Candeeiro.

ÚLTIMOS DIAS DE VISITAÇÃO

As mostras Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos, com curadoria convidada de Rosely Nakagawa, e O Lago do Esquecimento, individual de Paula Sampaio, com curadoria de Mariano Klautau Filho, seguem abertas ao público até 20 de dezembro, no Museu do Estado do Pará. Esta é a última semana para a visitação presencial que deve ser agendada pelo site www.diariocontemporaneo.com.br.

SERVIÇO: Diário Contemporâneo aborda os totalitarismos em rede. Data: 17 de dezembro de 2020. Horário: 19:30h. Local: canal do YouTube do projeto. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE. Informações: (91) 98367-2400,  diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

Diário Contemporâneo debate os arquivos fotográficos

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Os pesquisadores Heloisa Espada e Nelson Sanjad participam da mesa “Arquivos fotográficos, estudos e curadoria” pelo 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. O encontro será na quinta-feira (10), às 19h, transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do Diário Contemporâneo.

Em sua fala individual “O mundo vegetal de Jacques Huber”, Nelson irá apresentar um panorama sobre o acervo do Museu Paraense Emílio Goeldi com destaque para o seu estudo sobre trabalho de Jacques Huber.

Heloisa Espada (Foto: Fernando Rabelo) e Nelson Sanjad (Foto: Divulgação)

Já em “Arquivo Peter Scheir – acervo e curadoria”, Heloisa fará uma apresentação sobre o acervo do Instituto Moreira Salles com destaque sobre sua curadoria da exposição “Arquivo Peter Scheir”, realizada neste ano no IMS Paulista.

Para a exposição, foi iniciada uma pesquisa no acervo composto por cerca de 35.000 itens – entre negativos fotográficos, cópias de época e documentos – do fotógrafo. Os estudos dos arquivos fotográficos são importantes para conceituar estes documentos dentro de um contexto e, assim, os colocar em diálogo com o momento atual. São essas reflexões que garantem que a relevância das produções anteriores, bem como o resgate da memória.

“Trabalhamos a partir de negativos que deram origem a cópias contemporâneas, a partir de impressões fotográficas de época e de revistas que originalmente divulgaram as imagens de Scheier. Este estudo de caso envolve uma discussão sobre os critérios de seleção de fotografias comerciais e jornalísticas mostradas em ambientes museológicos. Além disso, implica numa reflexão sobre como escolhas relativas a dimensão das fotos, tipos de papel, molduras, arquitetura e mobiliário expositivo interferem no significado das obras”, explicou Heloisa sobre a apresentação a ser realizada.

A palestra integra o eixo “Arquivo, documento e documentário”, proposto por Sávio Stoco, integrante do comitê cientifico desta edição, que realizará a mediação da programação ao lado de Mariano Klautau Filho, curador geral do projeto.

BIOGRAFIAS

Heloisa Espada é curadora do Instituto Moreira Salles e doutora em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Curadora, pesquisadora e crítica de arte. Com trânsito nacional e internacional, é um dos principais nomes da pesquisa sobre arte concreta, especialmente sobre fotografia.

Nelson Sanjad é pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi/MCTIC, professor do Programa de Pós-Graduação em História/UFPA e editor Adjunto de História, Ciências, Saúde-Manguinhos desde 2015.

SERVIÇO: Diário Contemporâneo debate os arquivos fotográficos. Data: 10 de dezembro de 2020. Horário: 19h. Local: canal do YouTube do projeto. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE. Informações: (91) 98367-2400,  diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

Diário Contemporâneo debate os apagamentos e mergulhos nas imagens

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O 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia realiza mais uma programação de debates. Os professores Ramon Reis (UFPA) e Gil Vieira (UNIFESSPA) integram a mesa “Sublinhando apagamentos: mergulhos necessários”, com mediação de Heldilene Reale. O encontro será na quinta-feira (03), às 19h, transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do Diário Contemporâneo.

Gil Vieira discutirá a “Arte contemporânea e as Amazônias submersas” e Ramon Reis fará uma apresentação com o tema “Entre visões e poder”.

Gil Vieira (Foto: Divulgação), Ramon Reis (Foto: Divulgação) e Heldilene Reale (Foto: Natan Garcia)

A conversa integra o eixo “Superfícies das imagens: estamos mergulhando?” proposto por Heldilene.  “A arte está sempre vivendo um ciclo de apropriações que, ora interfere positivamente com o roteiro de uma história, ora a silencia. O discurso colonizador sobrepôs narrativas de vida e de existências. Manter-se vivo na arte significa resistir, pois dentro da própria história da arte esta existência é escrita sob a insistência de apagamentos. Na certeza que o texto escrito também forma uma imagem, quantas imagens deformaram o que entendemos de nossa própria história? A partir de narrativas e ressignificação de discursos na História sublinham-se os sujeitos de uma história, tanto os comumente vistos, quanto os até então apagados. Ao dar a voz aos seus protagonistas ganha-se a possibilidade de um mergulho”, refletiu ela sobre questões como hegemonia e superficialidade do discurso que serão debatidas na programação.

BIOGRAFIAS

Ramon Reis é mestrando em Artes, licenciado e bacharel em Artes Visuais pela Universidade Federal do Pará. É artista visual e atuou como professor de Arte da Secretaria de Estado de Educação do Pará (SEDUC). Professor colaborador do Plano Nacional para Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR) e pesquisador do Laboratório de Experimentação em Filosofia, Arte e Política na Amazônia da UFPA.

Gil Vieira Costa é doutor em História pela UFPA e mestre em Artes pela mesma instituição. É professor na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA). Publicou o livro “Espaços em trânsito: múltiplas territorialidades da arte contemporânea paraense” (2014), que recebeu o Prêmio Vicente Salles – Gênero Ensaio, no Prêmio IAP de Artes Literárias 2013. É membro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas e da Associação Brasileira de Críticos de Arte.

Heldilene Reale é doutora em Artes (UFMG) e mestre em Comunicação, Linguagem e Cultura (UNAMA). Sua trajetória artística desenvolvida desde 2005, vincula um processo que envolve aspectos da memória, patrimônio, narrativas orais, percursos de viagens e conflitos na Amazônia, utilizando multilinguagens. Atualmente atua como artista, pesquisadora e realiza curadoria na galeria do espaço cultural Candeeiro.

SERVIÇO: Diário Contemporâneo debate as superfícies das imagens. Data: 03 de dezembro de 2020. Horário: 19h. Local: canal do YouTube do projeto. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE. Informações: (91) 98367-2400,  diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

O ontem e o hoje da fotografia em palestra de James Roberto Silva

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O professor e pesquisador James Roberto Silva realizou a palestra “O ontem e o hoje da fotografia: dimensões documental, arquivística e social de um (não) artefato”, na última quinta-feira (26). A programação foi transmitida ao vivo pelo canal do YouTube do Diário Contemporâneo e contou com a mediação de Sávio Stoco.

“São sempre as pessoas e não as máquinas que vão decidir quando e como fazer uma fotografia”, observou James, ressaltando ainda que “artefatos não são sujeitos, são sempre objetos diretos e indiretos da ação humana”.

O professor falou sobre a fotografia, sua origem e as transformações que ela vem passando em nossa sociedade, além de seus usos e serviços.

Ele ainda destacou a questão da imagem digital, suas facilidades e fraquezas como a impermanência e a ausência de aspecto físico. “A gente tem uma caixa preta dentro do celular hoje em dia”, disse.

Somos nós que damos significados às imagens e objetos. “O quanto a fotografia e esses processos sociais envolvendo a fotografia têm parcela em relação a uma proliferação e uma banalização?”, questionou Sávio.

No contexto atual em que vivemos, é preciso sempre que refletir sobre a circulação das imagens, sua força e sua ligação com a percepção do real.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE.

Diário Contemporâneo debate o ontem e o hoje da fotografia

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O 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia segue com sua programação de encontros e conversas. O professor e pesquisador James Roberto Silva fará a palestra “O ontem e o hoje da fotografia: dimensões documental, arquivística e social de um (não) artefato”. O encontro será na quinta-feira (26), às 19h, transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do Diário Contemporâneo.

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Em 2013, estimava-se que 125 bilhões de imagens fossem compartilhadas na rede por ano. De lá para cá este número não parou de crescer, ainda mais se pensarmos que só o Brasil tem 134 milhões de usuários de internet, segundo dados da pesquisa TIC Domicílios 2019. Vivemos agora uma profusão de imagens.

“Partindo da constatação sobre as transformações por que a fotografia vem passando nos últimos anos e ancorada na história e na cultura material, a exposição convida à reflexão, articulando indagações em torno de questões acerca dos pilares sobre os quais a cultura ocidental construiu seu modo de percepção, sobre a materialidade da imagem digital e sobre os problemas e exigências que esse cenário impõe à prática de guarda, preservação e classificação”, explicou James Roberto Silva.

A palestra integra o eixo “Arquivo, documento e documentário”, proposto por Sávio Stoco, integrante do comitê cientifico desta edição, que realizará a mediação da programação.

BIOGRAFIAS

James Roberto Silva é mestre e doutor em História Social pela Universidade de São Paulo. Desde 2004, é professor de História Contemporânea e História da Arte do Departamento de História da Universidade Federal do Amazonas e pesquisador do POLIS – Núcleo de Pesquisa em Políticas, Instituições e Práticas Sociais. É autor do livro “Doença, Fotografia e Representação Revistas Médicas em São Paulo e Paris, 1869-1925” (Edusp, 2009).

Sávio Stoco é professor do curso de Arte Visuais da Universidade Federal do Pará (UFPA). Doutor em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicações e Artes (ECA/USP). Mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UNICAMP. Direciona sua pesquisa no campo da História da Arte, se atendo atualmente ao repertório de produções artísticas/visuais amazônicas na interface com a ecologia.

SERVIÇO: Diário Contemporâneo debate o ontem e o hoje da fotografia. Data: 26 de novembro de 2020. Horário: 19h. Local: canal do YouTube do projeto. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE. Informações: (91) 98367-2400,  diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

Artistas debatem a Arte Hacker no 11ª Diário Contemporâneo

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Na última quinta-feira (12), o 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia realizou mais uma conversa com artistas. biarritzzz (PE) e Marcela Cantuária (RJ) debateram o tema “Arte hacker: apropriação, autoria e meme”, sendo este um desdobramento do eixo proposto por Ceci Bandeira que fez a mediação da programação. 

biarritzzz (PE), Marcela Cantuária e Ceci Bandeira na live no YouTube

biarritzzz falou do acesso que a internet proporciona e da necessidade de reflexão sobre isso. “Essas linguagens que entram no dia a dia das pessoas pelos celulares, como os gifs e as figurinhas do zap, são linguagens que a gente, que trabalha com o conceito de web arte, vê como arte há algum tempo, há alguns anos”, explicou.

Marcela falou sobre seus trabalhos e seus processos, destacando o projeto “Mátria Livre”. “A internet favorece muito, eu consigo acessar lugares que um cubo branco não conseguiria. Eu consigo acessar melhor os espaços nela”, acrescentou à fala de biarritzzz.

As artistas falaram sobre as suas relações com as instituições e sobre temas como linguagens, machismo, acesso e racismo.

Marcela Cantuária apresentando seus trabalhos

“Quando eu me aproprio de uma imagem histórica, normalmente é porque eu quero que ela seja revista”, explicou Marcela no debate sobre autoria.

Reescrever o passado e dar visibilidade ao que foi esquecido. “Na internet, a cultura da apropriação é muito presente. Isso vem da ideia de que já existem bilhões e bilhões de imagens. Então, por que fazer o inédito se já existem tantas imagens por aí? É uma reciclagem”, declarou biarritzzz.

“A gente tem que buscar estrategias para horizontalizar a arte, não só dentro dos museus”, finalizou Marcela.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE.

Arte Hacker é tema de conversa promovida pelo Diário Contemporâneo

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Mecanismos para romper com os limites e as separações serão debatidos na próxima conversa do 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. biarritizzz (PE) e Marcela Cantuária (RJ) são as artistas que participam de um encontro com o público às 19h de quinta-feira (12). A conversa terá como tema “Arte hacker: apropriação, autoria e meme”, sendo um desdobramento do eixo proposto por Ceci Bandeira que fará a mediação da programação. O encontro será transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do Diário Contemporâneo.

Ceci Bandeira (Foto: Divulgação), Biarritzzz (Foto: Priscilla Buhr) e Marcela Cantuária (Foto: Divulgação)

O termo hacker é associado erroneamente a imagem de criminoso virtual. A ideia de hackear tem a ver com descobrir uma brecha em um sistema, está ligada a dar novas formas e utilidades para além do que é considerado comum.

Assim é a Arte Hacker que vem questionar os modelos existentes. “A partir do diálogo entre as artistas, pretendemos aguçar a reflexão sobre quais mecanismos são possíveis para romper os limites que distanciam os museus de suas comunidades dentro de um contexto de uma nova era tecnológica”, explicou o curador do projeto Mariano Klautau Filho.

Em busca de romper com estruturas excludentes é que a arte hacker atua. “As novas atitudes ‘hacker’ não são mais a ocupação de uma mídia digital e sim a ocupação de um sistema que durante muito tempo impôs narrativas e escolheu aqueles que deveriam ou não falar, excluindo, a partir de um modelo historicamente racista, comunidades de artistas, pesquisadores e novas gerações de consumidores de arte. Por meio da prática do artista ‘hacker’, propomos pensar criticamente tanto a ação de infiltrar-se num sistema que nunca lhe foi dado, quanto a própria validade e efetivação dos meios de difusão, mais precisamente da prática em redes e coletivos que se estruturam na internet”, disse Ceci Bandeira sobre o eixo por ela proposto.

BIOGRAFIAS

biarritizzz é artista transmídia. Tem fascínio pelas imagens em movimento, pelo mundo da internet e pela cultura pop e digital. Brinca com esse universo investigando as problemáticas dos corpos e mentes dissidentes nas novas mídias, as políticas do meme, as linguagens e criptografias dessas ferramentas de poder.

Marcela Cantuária é graduada em pintura na Escola de Belas Artes pela UFRJ. Desenvolve pinturas que entrelaçam imagens históricas da política e representações da cultura visual contemporânea. Parte de seu trabalho vem de pesquisas sobre a luta de mulheres ao redor do mundo.

Ceci Bandeira é mestra em Artes pela UFPA. Possui experiência em arte-educação e mediação cultural de exposições em museus e galerias de arte.  Integra o coletivo Nacional TROVOA como curadora independente e articuladora do estado do Pará.

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SERVIÇO: Arte Hacker é tema de conversa promovida pelo Diário Contemporâneo. Data: 12 de novembro de 2020. Horário: 19h. Local: canal do YouTube do projeto. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE. Informações: (91) 98367-2400,  diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

A obsolescência das instituições em debate na 11ª edição

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No último dia (05), o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia realizou a sua segunda programação de encontros com o público. As pesquisadoras Keyna Eleison (MAM/RJ), Rosely Nakagawa (Diário Contemporâneo/PA) e Heldilene Reale (Candeeiro/PA) participaram da conversa com o tema “Estarão as instituições de arte obsoletas?”, integrante do eixo “Curadorias compartilhadas e arte hacker: pensando os limites da instituição de arte”, proposto por Ceci Bandeira que fez a mediação da conversa. 

Rosely Nakagawa, Heldilene Reale, Keyna Eleison, Ceci Bandeira e Mariano Klautau Filho na live no YouTube

Mariano Klautau Filho, curador do projeto, iniciou o encontro apresentando a ideia do Comitê Científico e dos eixos propostos por Ceci Bandeira, Heldilene Reale e Sávio Stoco.

Na conversa, Rosely Nakagawa, curadora convidada desta edição, observou que “há uma necessidade de renovação nos espaços dos museus. As performances, as produções de arte contemporâneo provocam essa necessidade de renovação dentro das instituições”.

Muitos destes espaços ainda sofrem com a sazonalidade política. “É muito frustrante porque a gente depende de uma vontade política que muitas vezes não corresponde a importância daqueles museus”, acrescentou.

Para quem são feitas as instituições? Elas são para todos ou para uma pequena parcela da sociedade? A quem serve um museu? Para quais interesses? “​Uma instituição pertence a quem? Aos indivíduos ou ao Estado/empresas privadas que as gerencia?”, indagou Val Sampaio.

Precarização, obsolescência e renovações foram alguns dos temas abordados. “Esses espaços são espaços públicos, eles precisam encontrar maneiras de se comunicar com a sociedade”, enfatizou Heldilene Reale. 

A arte contemporânea vem para questionar a obsolescência para a qual as instituições caminham.“É importante falar sobre essas propostas artísticas que provocam e atingem as instituições”, acrescentou Ceci Bandeira.

“Trazer uma prática independente para dentro de uma institucionalidade” faz a diferença conforme relatado por Keyna. “É interessante ter uma dinâmica coletiva porque as certezas vão caindo”, disse ela sobre sua experiência no MAM/RJ.

Paralelo a toda a luta para manter as instituições tradicionais relevantes, atuantes e em diálogo com a população ainda é possível observar o surgimento de espaços independentes. “Esses espaços são respiro que a gente precisa ter quando o circuito das instituições os invisibilizam”, finalizou Heldilene. 

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE.

Diário Contemporâneo promove conversa sobre instituições de arte

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O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia segue com sua programação formativa. As pesquisadoras Keyna Eleison (MAM/RJ), Rosely Nakagawa (Diário Contemporâneo/PA) e Heldilene Reale (Candeeiro/PA) participam de um encontro com o público às 19h desta quinta-feira (05). A conversa com o tema “Estarão as instituições de arte obsoletas?” integra o eixo “Curadorias compartilhadas e arte hacker: pensando os limites da instituição de arte”, proposto por Ceci Bandeira que fará a mediação da conversa. O encontro será transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do Diário Contemporâneo.

Rosely Nakagawa (Foto: Lana Soares), Keyna Eleison (Foto: Fabio Souza) Ceci Bandeira (Foto: Divulgação), e Heldilene Reale (Foto: Natan Garcia)

Segundo o curador do projeto, Mariano Klautau Filho, “a proposta é criar um diálogo entre as três pesquisadoras e suas experiências no circuito de arte dentro e fora das instituições, considerando as necessidades de transformação das funções que desempenham os museus, além de fomentar novas possibilidades para a relação do fazer artístico com a comunidade”.

O eixo proposto por Ceci Bandeira busca, em suas palavras, “pensar quais maneiras de superarmos os limites dos museus, progressivamente, construindo pontes onde ainda existem muros, ou melhor, fazer com que o museu, fortalecido como bem público e como instituição dinâmica exerça o seu papel comunitário”.

Como medida de prevenção e saúde, toda a programação desta 11ª edição do Diário Contemporâneo será realizada de forma virtual. Isso também possibilita que pessoas de outros lugares do Brasil e do mundo possam participar dos debates promovidos pelo projeto.

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BIOGRAFIAS

Keyna Eleison é mestre em História da Arte e especialista em História da Arte e da Arquitetura pela PUC-Rio. É curadora, escritora e pesquisadora e ensina na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Recentemente assumiu, ao lado de Pablo Lafuente, a diretoria artística do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ).

Rosely Nakagawa é arquiteta pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP/SP, com especialização em Museologia (USP) e em Semiótica a Comunicação (PUC/SP). Atua como curadora independente, tendo realizado exposições no Brasil e no exterior. Ela é a curadora convidada da 11ª edição do Diário Contemporâneo.

Heldilene Reale é doutora em Artes (UFMG) e mestre em Comunicação, Linguagem e Cultura (UNAMA). Atualmente atua como artista, pesquisadora e realiza curadoria na galeria do espaço cultural Candeeiro.

Ceci Bandeira é mestra em Artes pela UFPA. Possui experiência em arte-educação e mediação cultural de exposições em museus e galerias de arte.  Integra o coletivo Nacional TROVOA como curadora independente e articuladora do estado do Pará.

SERVIÇO: Diário Contemporâneo promove conversa sobre instituições de arte. Data: 05 de novembro de 2020. Horário: 19h. Local: canal do YouTube do projeto. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE. Informações: (91) 98367-2400,  diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.