Diário Contemporâneo inscreve até hoje

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Não reagente, de Priscilla Buhr, selecionada em 2019

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia encerra hoje as inscrições para sua 11ª edição. O candidato interessado tem só até a meia-noite para enviar o seu dossiê por meio da ficha de inscrição disponível no site www.diarioconteporaneo.com.br. Serão concedidos três prêmios de residência artística a serem realizadas entre os meses de outubro e novembro deste ano, mesmo período das exposições. Ao todo, participarão da mostra 20 artistas, entre os premiados individuais e selecionados.

O tema escolhido “Vastas emoções e pensamentos imperfeitos” é uma referência direta ao romance de Rubem Fonseca. Uma provocação literária para uma interpretação do real.

“Propomos aos artistas, seja pelo impacto poético do título do livro, ou por um mergulho investigativo nas nuances do romance, que se deixem tomar por estratégias diversas em que as linguagens sejam um modo lírico, ficcional de interpretar as experiências concretas”, explicou Mariano Klautau Filho, curador do projeto.

Dois dos prêmios desta edição são na forma de residências individuais divididas entre as cidades de Recife/PE (com orientação de Ana Lira) e Belém/PA (com orientação de Alexandre Sequeira), e a Residência Artística Farol, uma experiência coletiva para cinco artistas que será realizada na Ilha de Mosqueiro (sob a coordenação de Lívia Aquino). Esta última residência é uma atividade autônoma, não integrada à mostra expositiva.

JURÍ

Para selecionar os premiados com as residências em Belém e Recife e participantes da mostra coletiva foi formada uma comissão integrada por Rosely Nakagawa, que também é a curadora convidada para a mostra principal da edição de 2020; Luiz Braga, fotógrafo paraense; e Makiko Akao, sócia da Agência Kamara-Kó de Fotografias.

A Residência Artística Farol tem uma comissão própria composta pela coordenadora da ação, Lívia Aquino; a artista visual Keyla Sobral; e Alexandre Sequeira, artista visual e professor da UFPA.

O PROJETO

Em 2020, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia propõe atividades mais compartilhadas nas suas experiências curatoriais e programação.

Criado em 2010, é aberto a todos os artistas brasileiros ou residentes no país. Trata-se de um projeto nacional, que em seus anos de atuação contribuiu para a consolidação do Pará como lugar de reflexão e criação em artes, além de proporcionar o diálogo entre a produção local e nacional.

SERVIÇO: 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia inscreve até hoje. Contatos: (91)98367-2468 e diariocontemporaneodfotografia@gmail.com. Edital e inscrições no site:  www.diariocontemporaneo.com.br. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática e patrocínio da Alubar.

Lívia Aquino fala sobre a Residência Artística Farol

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Em 2020, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia concederá todos os seus prêmios no formato de residências artísticas, uma delas será coletiva com as suas atividades realizadas na llha de Mosqueiro. Serão cinco premiados, dois paraenses e/ou residentes no Pará por pelo menos três anos e três artistas de outros estados. A Residência Artística Farol será coordenada por Lívia Aquino, artista e professora. As inscrições para a 11ª edição do Diário Contemporâneo terminam nesta segunda-feira (25) e são realizadas somente pelo site do projeto www.diarioconteporaneo.com.br.

Uma residência na Praia do Farol será o atelier e local para hospedagem do grupo em ações como encontros, conversas e atividades de experimentação e criação sob a orientação de Lívia. Essa residência tem um caráter autônomo, não sendo integrada à mostra expositiva. Os interessados em participar da atividade deverão inscrever-se exclusivamente para ela. O dossiê com carta de intenção/proposição para residência, currículo e portfólio de trabalhos será anexado na ficha de inscrição devidamente preenchida no link: http://bit.ly/InscricaoResidenciaFarol.

Amazônia, de Rodrigo José, premiado em 2019

Confira a entrevista com a coordenadora da ação:

Como foi o convite para coordenar a Residência Artística Farol? Como que surgiu a ideia? Ela foi construída a muitas mãos?

Numa das vezes que estive em Belém fui presenteada por Alexandre (Sequeira) com uma ida a Ilha do Mosqueiro, foi um dia muito especial, de muita conversa e afetividade. Conheci parte da ilha, da praia, dos casarios históricos e da ponta do Farol. Na volta, comentei com Mariano (Klautau Filho) sobre algumas impressões e lancei uma proposta de ocupar uma casa específica apresentada a mim com uma residência artística. Isso foi há uns dois anos e vez ou outra ainda retomávamos a ideia da residência. Nesse ano, Mariano aventou essa possibilidade de alargarmos as experiências de residências individuais, das quais participei duas vezes como orientadora, para um grupo que ocupasse a casa e imediatamente topei. Quando acontecer será um momento muito especial para o projeto, de expansão da residência.

Estamos vivendo um momento em que o distanciamento social é necessário. Como você imagina que será esta vivência coletiva depois de tanto tempo de isolamento?

Imagino que ela só poderá acontecer no momento em que estivermos todas e todos seguros para isso, temos uma previsão mas vamos respeitar o que for necessário para a manutenção das vidas. Não sei o que virá, quais experiências os residentes selecionados terão tido nos seus isolamentos, suas perdas, mas imagino que tudo isso atravessará nosso período de convivência conjunta. Estaremos vivos e juntos, lidando com nossas histórias e com a história do entorno que iremos habitar temporariamente.

Você já participou do Diário Contemporâneo de diferentes maneiras, como artista, tutora e agora coordenadora da residência. Fale um pouco sobre a sua percepção do projeto.

Eu sou imensamente grata a receptividade que tenho nesse projeto, participando como você assinalou, de diferentes maneiras. É um projeto que acontece há muitos anos e que se permite avaliações, revisões, novas perceptivas. Isso é muito rico, mantém viva a perspectiva de que um projeto cultural e artístico pode ser revisto ao longo de sua existência.

LÍVIA AQUINO

Pesquisadora do campo das artes visuais é professora e artista. Doutora em Artes Visuais e Mestre em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente é coordenadora da pós-graduação em Fotografia e professora da pós-graduação em Práticas Artísticas Contemporâneas e no Tecnólogo em Produção Cultural da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), em São Paulo. Ministra oficinas em diversas instituições culturais.

SERVIÇO: 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia segue com inscrições abertas até dia 25/05. Contatos: (91)98367-2468 e diariocontemporaneodfotografia@gmail.com. Edital e inscrições no site:  www.diariocontemporaneo.com.br. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática e patrocínio da Alubar.

Diário Contemporâneo segue com inscrições abertas

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-> Inscrições prorrogadas até 25/05. Saiba mais AQUI.

O 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia segue com inscrições abertas aos artistas e fotógrafos brasileiros. A ficha e as informações sobre a edição estão disponíveis no site do projeto: www.diariocontemporaneo.com.br. O prazo foi estendido e 30 de abril é o último dia para os interessados submeterem o seu dossiê e concorrerem a um dos três prêmios de residência artística. Além disso, 20 artistas serão escolhidos para integrar a mostra com curadoria convidada de Rosely Nakagawa.

“Vastas emoções e pensamentos imperfeitos”, referência direta ao romance de Rubem Fonseca, foi o tema escolhido para esta edição. Uma provocação que parte da ficção para que o artista a interprete no mundo real.

Pequeno ritual do tempo, de Coletivo Amapoa, selecionado em 2019.

“Gostava de perambular pelas ruas, para ver as pessoas” diz o narrador e protagonista da história. O quanto isso mudou para todos nos dias atuais de isolamento social e reclusão doméstica? Que mundo se vê pelas janelas das casas, das TVs, das telas de celulares e computadores?

O projeto toma de empréstimo “o impacto poético que o belo e significativo título de Fonseca é capaz de causar sobre o artista a ponto de, por meio de sua múltipla significação, lhe oferecer ferramentas possíveis para a expressão de um mundo contemporâneo que, a um só golpe, avança e recua no limite das distopias; se movimenta entre conquistas da liberdade e o fracasso das políticas; ou que ‘simplesmente’ é arrebatado por fortes emoções que tornam por vezes os caminhos erráticos como alternativas poéticas de resistência”, explica Mariano Klautau Filho, curador do Diário Contemporâneo.

Todos os anos os artistas devolvem os questionamentos do projeto com outros questionamentos, outras inquietações. Este ano não será diferente, talvez isso seja até potencializado. Este é o poder da arte de fazer comunicação, de dar forma ao que é apenas pensamento.

Ficção e vida real. Experiências do cotidiano são transformadoras e, por isso, este ano o projeto aposta nas potencialidades da residência artística em suas premiações.

São elas: 

PRÊMIO RESIDÊNCIA ARTÍSTICA BELÉM

Destinado a um artista domiciliado fora do Pará. O premiado receberá uma bolsa para residir e produzir na cidade, sob a orientação do artista e pesquisador Alexandre Sequeira, por meio de seu projeto de pesquisa “Residência São Jerônimo”.

PRÊMIO RESIDÊNCIA ARTÍSTICA RECIFE

Destinado a um artista paraense atuante e/ou domiciliado no Pará por pelo menos três anos. O premiado receberá uma bolsa para residir e produzir na cidade de Recife/PE, sob a orientação da artista visual Ana Lira.

PRÊMIO RESIDÊNCIA ARTÍSTICA FAROL

Destinado a cinco artistas, dois paraenses e/ou residentes no Pará por pelo menos três anos e três de outros estados. Os premiados receberão uma bolsa para residirem e produzirem na Ilha fluvial de Mosqueiro/PA. Eles terão como atelier e local para hospedagem uma residência na Praia do Farol, além da orientação da artista Lívia Aquino.

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O PROJETO

Criado em 2010, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é um edital aberto a todos os artistas brasileiros ou residentes no país.

Em sua 11ª edição, ele propõe atividades mais compartilhadas desde as suas residências artísticas até as experiências curatoriais e programação formativa.

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SERVIÇO:  O 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia segue com inscrições abertas. Contatos: (91)98367-2468 e diariocontemporaneodfotografia@gmail.com. Edital e inscrições no site:  www.diariocontemporaneo.com.br. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática e patrocínio da Alubar.

Os movimentos e fluxos da Residência Artística Farol

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-> Inscrições prorrogadas até 25/05. Saiba mais AQUI.

Em 2020, o Prêmio Diário Contemporâneo concederá todos os seus prêmios no formato de residências artísticas. Duas delas serão realizadas em Belém e Recife, a terceira será na llha de Mosqueiro. Cinco artistas serão premiados nesta última, sendo selecionados dois paraenses e três artistas de outros estados. A Residência Artística Farol será coordenada pela artista, pesquisadora e professora Lívia Aquino. Os interessados em participar deverão inscrever-se exclusivamente para esta categoria de residência coletiva. O dossiê deve ser anexado na ficha de inscrição. Todas as informações estão no site http://www.diariocontemporaneo.com.br/.

Os residentes, durante o período de 21 de junho a 10 de julho de 2020, terão como atelier e local para hospedagem uma residência na Praia do Farol.  Eles participarão de encontros, conversas e atividades de experimentação e criação artística.

Por seu caráter coletivo, o Prêmio Residência Artística Farol é uma atividade autônoma, não integrada à mostra expositiva. Pensando nisso, o projeto formou uma comissão específica para realizar a seleção dos candidatos que realizarão essa atividade. Ela é formada por Alexandre Sequeira, Keyla Sobral e Lívia Aquino.

Viva Maria, intervenção de Lívia Aquino na fachada do MEP, no 9º Diário Contemporâneo. Foto: Irene Almeida

MOVIMENTOS E DINÂMICAS

A residência artística é uma proposta voltada à formação e experimentação do artista. “O deslocamento de seu círculo de relações sociais habituais e com a perspectiva de estar em convívio com o outro, instiga o artista a reorientar sua dinâmica de trabalho, pautada agora pela incorporação de outras linhas de força”, observou Alexandre Sequeira.

O artista paraense já recebeu dois residentes do Diário Contemporâneo em edições anteriores através do seu projeto Residência São Jerônimo. Isso vai ocorrer em 2020 de novo, quando um novo premiado de fora de Belém vier para cá.

A experiência da residência não tem impacto somente no artista, mas em todo o seu entorno e naquele que o acolhe, como é o caso de Alexandre.

“A Residência São Jerônimo mantém em sua estrutura, ainda a figura de um morador, no caso eu que, além de trabalhar como artista, atuo em outro contexto (o da universidade) como professor. Mas quando incorporei essa forma de utilização de meu espaço residencial, buscava, acima de tudo, a possibilidade de ativar encontros e trocas de ideias”, acrescentou.

Sem título, da série “Residência São Jerônimo”. Foto: Alexandre Sequeira.

PRÁTICAS COLETIVAS

A Residência Farol se diferencia das outras duas residências deste ano pelo seu aspecto coletivo. Serão cinco artistas que conviverão, realizarão trocas e terão experiências em comum.

Para isso, Lívia Aquino elaborou atividades especialmente pensadas para esta ação. “São conversas e trocas de processo entre os artistas residentes; ativações e ações partilhadas e/ou coletivas que podem ser construídas pelos residentes; encontros com artistas e pesquisadores que vivem e produzem em Belém; rodas de leituras que partem da experiência da ilha do Mosqueiro, sua história e da praia do Farol, bem como da casa onde acontece a residência”, contou ela.

Lívia também já recebeu dois residentes do Diário Contemporâneo antes. Desta vez, ela também se desloca, torna-se alguém em movimento, fora do seu ambiente cotidiano. Isso tudo tem impacto, inclusive, nas dinâmicas que ela realizará em Mosqueiro.

Retrato Falado 1, de Keyla Sobral, selecionada em 2017.

A LIBERDADE DO FAZER

As residências do Diário Contemporâneo não têm o compromisso com a apresentação de um resultado expositivo. O projeto propõe liberdade para que os artistas criem, pensem e se dediquem aos seus procedimentos. Ao fazer isso, investe na formação e mostra que a arte não está presa a um produto final, mas sim, ao processo. É por isso que o projeto entende a importância de dar todo o suporte e estrutura para que os artistas desenvolvam seus trabalhos.

“É extremamente enriquecedor essa troca de experiências, esse diálogo, que faz você pensar no seu próprio trabalho. Você não fica preocupado com um resultado imediato, acaba possibilitando uma aproximação mais minuciosa com o seu projeto, a sua pesquisa. É um momento de trocas e reflexões, e, que pode culminar num trabalho fechado ou em andamento. Para mim, o importante é o processo, a própria experiência desse encontro”, finalizou Keyla Sobral.

SERVIÇO:  O 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia inscreve até o dia 29 de março. Informações: Rua Gaspar Viana, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310, 98367-2468 e diariocontemporaneodfotografia@gmail.com. Edital e inscrições no site:  www.diariocontemporaneo.com.br. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática e patrocínio da Alubar.