Diário Contemporâneo realiza Conversa com Rosely Nakagawa na próxima terça

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Com décadas de trabalho dedicadas à curadoria em fotografia a paulista Rosely Nakagawa desembarca em Belém para um encontro com o público paraense. Com entrada franca, a programação “Trajetória da curadoria de fotografia brasileira – uma conversa com Rosely Nakagawa” será realizada nesta terça (15), às 19h, no Museu do Estado do Pará. A mediação será de Mariano Klautau Filho, curador do projeto.

Corredor Casa Bruno de Menezes, 1998. Foto: Luiz Braga

No encontro serão debatidos temas como curadoria, mercado, coleções fotográficas e como tudo isso se relaciona com aqueles que produzem as imagens.

A associação entre curador e artista é fundamental no cenário artístico atual. Mais do que um editor, o curador se mostra como alguém que trabalha em conjunto, ativando a percepção do fotógrafo, além de propor situações e questionamentos que façam ele refletir sobre o trabalho desde o seu conceito até a apresentação final.

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Rosely conversará com o público sobre seu trabalho com os artistas da fotografia e sobre a valorização da atividade curatorial como um campo de reflexão sobre arte.

COLEÇÃO DE FOTOGRAFIAS

A formação de coleções fotográficas é uma atividade que vem crescendo junto da discussão sobre curadoria. Uma vez que ao optar por fazer a guarda de fotografias, o colecionador torna-se alguém que guarda também a memória.

Com esse pensamento, em 2016 o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia apresentou ao público a coleção de fotografia contemporânea que vem construindo desde o início do projeto ainda em 2010. Uma coleção compartilhada sob a guarda do Museu da UFPA e do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. Uma coleção em constante processo de atualização e que conta com trabalhos de artistas de todas as regiões do país em diferentes suportes e linguagens.

Foto: Luis Alves, Fortaleza/CE.

ROSELY NAKAGAWA

É arquiteta pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP/SP, com especialização em Museologia (USP) e em Semiótica da Comunicação (PUC/SP). Sócia fundadora das edições João Pereira (1974), curadora fundadora da galeria Fotoptica de 1979 até 1986, foi curadora da Casa da Fotografia Fuji e das galerias FNAC. Atua como curadora independente. Realizou exposições em capitais brasileiras e em São Paulo atua nos espaços culturais SESC, Caixa Cultural, MASP, Pinacoteca do Estado, Centro Cultural Vergueiro, Cinemateca Brasileira, Itaú Cultural, Fundação Bienal, entre outras galerias particulares. No exterior foi curadora de mostras nos Estados Unidos, Japão, França, Portugal, Argentina, México, Montevideo, além de ter sido cocuradora, com Guy Veloso, da mostra Extremos, na Europalia, em Bruxelas.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará com apoio da Vale, apoio institucional do Museu da UFPA, Museu do Estado do Pará, Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e colaboração da Sol Informática.

SERVIÇO: Diário Contemporâneo realiza Conversa com Rosely Nakagawa. Data: 15 de maio de 2018, às 19h. Local: Museu do Estado do Pará. Endereço: Praça D. Pedro II, s/n. – Cidade Velha. Entrada franca. Informações: (91) 3184-9310;98367-2468; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com. Site: www.diariocontemporaneo.com.br.

Palestra com John Fletcher encerra a programação da 8ª edição

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A visitação das mostras da 8ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia teve seu encerramento no último domingo (02), mas antes disso o projeto realizou a última ação da sua agenda de convidados, com a palestra “Diálogos sobre Artes Visuais e Amazônia(s)”, do professor e pesquisador John Fletcher. A programação que foi realizada no dia 30 de junho, no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, contou com a mediação de Marisa Mokarzel.

Belém, Pará, Brasil. Cultura. Diálogos Sobre Artes Visuais e Amazônia(s) com John Fletcher Nas Onze Janelas. 30/06/2017.  Foto: Irene Almeida.
Fotos: Irene Almeida

John fez um panorama da história artística de Belém, apresentando espaços expositivos que contribuíram para o fortalecimento do circuito artístico local, além de eventos marcantes como o 1º Seminário sobre as Artes Visuais na Amazônia, organizado pelo Instituto Nacional de Artes Plásticas (INAP), sob a direção de Paulo Herkenhoff.

Nomes como Valdir Sarubi, Claudia Leão, Luiz Braga, Octavio Cardoso, Miguel Chikaoka, Mariano Klautau Filho, Luciana Magno, entre outros, foram citados por ele ao traçar os contornos da cena paraense que estava de fortalecendo.

Belém, Pará, Brasil. Cultura. Diálogos Sobre Artes Visuais e Amazônia(s) com John Fletcher Nas Onze Janelas. 30/06/2017.  Foto: Irene Almeida.

Apresentando tudo isso, John questionou, “como a arte pode comunicar ou atingir melhor os sujeitos para promover uma transformação política nos dias de hoje? ”. A arte comunica questões que fazem parte do cotidiano amazônico, mas o que seria a visualidade amazônica e como ela permanece hoje? “Nós devemos a todo instante problematizar a arte e seus lugares”, acrescentou.

Os anos 70 e 80 foram marcantes para a arte paraense e atualmente, no contexto de crise política e econômica, o processo criativo e critico encontra-se cada mais necessário para manifestar uma resposta a isso e a uma espécie de modus operandi artístico que é refém do mercado.

Belém, Pará, Brasil. Cultura. Diálogos Sobre Artes Visuais e Amazônia(s) com John Fletcher Nas Onze Janelas. 30/06/2017.  Foto: Irene Almeida.

“Os artistas têm que estar abertos a perceber os furos nas suas próprias metodologias. Se não estamos questionando a produção artística, então o que estamos fazendo? ”, finalizou John.

SERVIÇO: O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional do Museu da Universidade Federal do Pará, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e apoio da Sol Informática. Informações: Rua Gaspar Vianna, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2468; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

8º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia promove palestra com John Fletcher

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O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia encerrará a sua agenda de convidados da 8ª edição com a palestra “Diálogos sobre Artes Visuais e Amazônia(s)”, do professor e pesquisador John Fletcher. A programação será realizada no dia 30 de junho, às 19h, no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, com entrada franca. A mediação será de Marisa Mokarzel.

Ponta d’areia, 1988. Foto: Luiz Braga

Segundo John, “a palestra buscará elencar eventos, artistas e obras para propor uma compreensão sobre modos de vida e estéticas articuladas na e para as Amazônias. Para tanto, vamos discutir algumas das bases conceituais da produção artística em Belém, como se deu o desenvolvimento, maturação e desconstrução destas bases conceituais, para, então, fornecer alternativas de compreensão sobre regimes de historicidades próprios, com seu fluxo de visibilização de culturas, de suas autenticidades e vitalidades”.

Investigações e um olhar crítico sobre as transformações artísticas nas múltiplas Amazônias será o foco do encontro com o público. A palestra antecederá o encerramento da mostra VIII Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, no dia 02 de julho, que tem como tema as “Poéticas e Lugares do Retrato”, e exibe desde o retrato tradicional até as experimentações que expandiram os significados dessa representação artística. Além disso, a mostra “Interiores” apresentou, nas fotografias de Geraldo Ramos, artista convidado, as diversas paisagens e pessoas que formam a região Amazônica.

SOBRE

John Fletcher é Doutor em Antropologia pelo PPGA/UFPA e Mestre em Artes pelo PPGArtes/UFPA. Durante o Doutorado, realizou estudos e pesquisas na Universidad del Cauca, em Popayán, Colômbia, com extensão nas cidades de Santiago de Cali e de Medellín (primeiro semestre de 2015). Possui pesquisa a qual envolve Arte Contemporânea Paraense, Teoria Antropológica, Antropologia Visual e Pós-Colonialismo. Atualmente é Professor da Universidade Federal do Pará/UFPA, vinculado a Faculdade de Artes Visuais.

SERVIÇO: Diário Contemporâneo realiza Palestra com John Fletcher. Data: 30 de junho de 2017, às 19h. Local: Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. Endereço: Praça Frei Caetano Brandão s/n – Cidade Velha. Entrada franca. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional do Museu da UFPA, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e apoio da Sol Informática. Informações: Rua Gaspar Vianna, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2468; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

Diário Contemporâneo realiza Conversa com Geraldo Ramos

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O jornalista com formação em artes visuais, Geraldo Ramos, é o artista convidado da 8ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia e se destaca como um dos grandes documentaristas da região amazônica. O projeto realiza no dia 07 de junho, às 19h, no Museu da UFPA, uma conversa com o artista. A entrada é franca.

Foto: Geraldo Ramos

Geraldo Ramos exibe, na mostra individual “Interiores”, um passeio pelas suas paisagens da memória. Sobre o nome da exposição, o curador do projeto, Mariano Klautau Filho explicou que “o título partiu de uma característica muito forte no trabalho de Geraldo, que é sua incursão por décadas pela paisagem cultural, pelos rituais, festas e manifestações nas cidades do interior do estado. A Marujada, o Boi, as máscaras utilizadas nas festas de São Caetano de Odivelas, e a própria paisagem humana são cenas fotografadas de maneira muitas vezes intimista. Dessa forma, o sentido da palavra no plural dá a ideia de um interior geográfico, mas também de uma visão mais interiorizada sobre a paisagem humana”.

O Boi, de São Caetano, “é representante da cultura popular do município e, a mais ou menos vinte anos atrás, quando eu o fotografei, já notava que ele era a manifestação mais importante que se tinha lá”, lembrou Geraldo.

“Trata-se de um trabalho de cunho documental, que tem interesse pelo registro dos lugares e ritos, mas também muito refinado na composição e na observação sobre as representações culturais da nossa região. Fazem parte também uma série em preto e branco captada em Belém voltada para o retrato e a cultura visual dos mercados e feiras em bairros mais populares da cidade”, acrescentou Mariano.

Painéis em Cametá. Foto: Geraldo Ramos

Entre as imagens de Belém que integram a mostra o artista destacou as produzidas na Pedreira, desde um bar instalado no mercado, até a Festa de São Pedro, padroeiro do bairro. “O que eu gosto mesmo de fazer é o trabalho em cima da cultura popular. Ir para o interior ou mesmo aqui na cidade, nos bairros mais periféricos, onde ainda se encontram as tradições de um catolicismo popular”, finalizou Geraldo.

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No encontro com o artista, Geraldo falará sobre sua trajetória, processos e apresentará ao público alguns dos trabalhos quem vem desenvolvendo.

SERVIÇO: Diário Contemporâneo realiza Conversa com Geraldo Ramos. Data: 07 de junho de 2017, às 19h. Endereço: Av. Governador José Malcher – esquina com Generalíssimo Deodoro). Entrada franca. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional do Museu da UFPA, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e apoio da Sol Informática. Informações: Rua Gaspar Vianna, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2468; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

A fotografia e o circuito da arte em conversa com Isabel Amado

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A forte chuva não impediu os interessados em discutir a fotografia de participarem de uma conversa com a curadora e especialista em conservação, Isabel Amado, que é membro da comissão de seleção desta 8ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. A varanda do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas recebeu na noite de quarta-feira (22), a fala “Fotografia e o Circuito da Arte: entre o museu e a galeria”.

O curador do Projeto, Mariano Klautau Filho, iniciou apresentado Isabel que “é uma pessoa que atua na área da fotografia desde os anos 80”. Ela comentou sobre as mudanças que a fotografia passou e que muitas delas são bem recentes. “A fotografia mudou profundamente de 30 anos para cá. Estamos em um estágio de maturidade que considero impressionante e louvável. Fico feliz em ver isso”, disse a curadora.

Foto: Lana Machado

Quando surgiu, a fotografia não era considerada uma manifestação artística.  Isabel, que tem grande formação empírica, contou que foi um trabalho exaustivo fazer com que a fotografia saísse do lugar apenas do registro documental e colocá-la no universo da arte.

Da fotografia feita no Brasil, ela destacou o trabalho importante do Foto Cine Clube Bandeirante, um dos mais antigos e importantes fotoclubes brasileiros, “um lugar para estudar, ver e falar sobre fotografia”. O ambiente de experimentação tinha fortes influências da fotografia americana e européia.

Isabel mostrou imagens de fotógrafos como Ademar Manarini, Georges Radó, Gertrudes Altchulz, José Yalenti, Marcel Giró, Paulo Pires, Thomaz Farkas e Geraldo de Barros. Ela também destacou a importância do livro “A fotografia moderna no Brasil”, de Helouise Costa e Renato Rodrigues da Silva. “Esse livro é determinante para entender a fotografia no nosso país”, afirmou.

Ao falar sobre o mercado, ela apresentou os critérios para a legitimação da fotografia e a sua entrada em um museu ou coleção, esses critérios são utilizado por coleções como a do MoMA NY e MAC USP. São eles: a figura do curador como especialista, a valorização do vintage, a fotografia de autor enquanto alguém com uma linguagem particular e a afirmação da autonomia.

Durante a sua fala, Isabel destacou os momentos essenciais da entrada e da afirmação da fotografia no mercado da arte. “A apresentação que eu fiz foi para mostrar para vocês o quanto a fotografia se ampliou nos seus espectros, conceitos e espaços”, acentuou.

O incentivo ao colecionismo é fundamental para fazer a fotografia circular e ter seu valor sempre compreendido.  Para finalizar, a curadora destacou o próprio Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, que ano passado apresentou ao público a coleção de fotografia contemporânea que veio construindo desde o seu primeiro ano de atuação. Uma coleção que se forma bem próximo do momento de produção da obra, sendo assim um registro da produção artística da época em que vivemos.

Sexta-feira de encontros com as poéticas dos artistas

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Por: Debb Cabral

Dando sequência à série de encontros promovidos pela programação “Poéticas, fotografia e mu seus”, do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, a varanda do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas recebeu na noite de sexta-feira (10) os artistas Véronique Isabelle, Ana Mokarzel, Sávio Stoco e Alexandre Sequeira para falar sobre suas trajetórias.

 Foto: Irene Almeida
Foto: Irene Almeida

Ana Mokarzel tem trabalhos nos dois espaços expositivos, o MUFPA e as Onze Janelas. Ambos os trabalhos se relacionam, ainda que não tenham sido pensados para isso. Destroços, escombros e abandonos estão presentes nas séries “Ausência” e “Permanência”. O primeiro é um trabalho muito casual, com processo bem intuitivo, como um mergulho. “Era uma total ausência, mas eu senti a necessidade de estar ali”, contou Ana. Já “Permanência” surgiu do convite para participar da mostra especial “Belém: ressacas, heranças”, que levou a fotógrafa à uma intensa pesquisa sobre a cidade e o seu passado.

Sávio Stoco veio a Belém para lançar a publicação “Fotografia Contemporânea Amazônica – Seminário 3×3”, premiada na 11ª edição do Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais, mas antes disso ele conversou com o público presente sobre sua produção e o processo que resultou no livro.

O transito de pessoas e a circulação entre os estados da região Norte são as bases para fazer com que a comunicação seja reforçada e eliminar uma fronteira que não é só geográfica. “Essa rede que a gente está fazendo, a gente não está inventando. Essa circulação que está acontecendo, e que a gente está intensificando, tem um lastro histórico”, explicou Sávio.

Véronique Isabelle apresentou um pouco do processo que levou a produção da obra “JEGUATA MBYA YVYJU’PE / A caminhada do povo Guarani Mbya”, que integra a coleção de fotografias do projeto. É um trabalho muito pessoal, que aprofundou as relações com as pessoas e com as paisagens. Uma fotografia relacional intuitiva, emocional e de entrega. “O trabalho da Véronique traz para a Coleção essa experiência de uma fotografia mais alargada”, finalizou o mediador Alexandre Sequeira.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional da Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/ Secult-PA, Sol Informática e Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA).

Encontro com Jussara Derenji abriu a programação “Poéticas, fotografia e museus”

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Por: Debb Cabral

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia promoveu no período de 07 a 12 de junho encontros e debates intensos sobre “Poéticas, fotografia e museus”, no Museu da UFPA e no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas.  A abertura ficou por conta de Jussara Derenji, diretora do MUFPA, que realizou a fala “Velho ou antigo?” na qual debateu a questão da preservação e da destinação do patrimônio histórico.

Foto: Irene Almeida
Foto: Irene Almeida

“O tempo passa a ser um valor incorporado àquele objeto que nós queremos preservar”, ressaltou ela ao observar que o passado tem um peso que só recentemente passou a ser reconhecido e, consequentemente, preservado.

A escolha do que deve ser deixado para o futuro é uma escolha feita no presente e com base no momento cultural vivido. Jussara contou a história do Museu da UFPA e do prédio onde ele funciona, o qual foi comprado pela universidade em pleno período de ditadura militar e a sua estética se opunha ao ideal de novo da época. “Em Belém nós não temos muitos prédios de períodos anteriores preservados”, observou.

O valor dos museus não está somente nas exposições que por eles passam, mas no lugar que as acolhe. Herança cultural e pertencimento foram fontes de ligação com as questões do esquecimento e da perda que o público participante abordou, interagindo a partir de suas experiências e relações com a cidade.

A cultura de um período impõe como a sociedade que nele vive irá lidar com o patrimônio. As mudanças também marcam a passagem do tempo e das formas como nos relacionamos com aquele patrimônio. “No momento em que constituímos um acervo, uma coleção de arte contemporânea, nós definimos a nossa postura e marcamos qual será a nossa herança”, destacou a arquiteta falando da Coleção Diário Contemporâneo de Fotografia sob a guarda do MUFPA e das Onze Janelas.

Jussara encerrou falando da necessidade de se educar para a cultura e investir na formação das crianças, ação que será fundamental para a preservação do patrimônio histórico no futuro.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional da Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/ Secult-PA, Sol Informática e Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA).

Philippe Dubois realiza palestra pelo 6º Prêmio Diário Contemporaneo de Fotografia

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Por: Debb Cabral

Philippe Dubois, um dos principais pesquisadores no campo da estética da imagem estará presente em Belém para ministrar a palestra “De Etienne-Jules Marey a David Claerbout, ou como o tempo fotográfico jamais deixou de ser assombrado pelo trabalho do movimento da imagem”, pelo 6º Prêmio Diário Contemporaneo de Fotografia. A programação ocorre no dia 06 de maio, às 19h, no cine-teatro do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos (CCBEU). Com entrada franca, a palestra será ministrada em francês com tradução consecutiva para o português.

Étienne-Jules Marey, Schenkel, Long Jump (1886)

Tempo Movimento, tema essa edição do projeto estará ligado à fala de Dubois. “Como temos constantemente o costume de opor de modo maniqueísta o mundo da imagem fixa (fotografia) àquele da imagem móvel (cinema) como se houvesse uma divisão estabelecida e estabilizada, minha proposta é interrogar o problema do ‘tempo (e do movimento) na imagem’ colocando em questão as variações de velocidade das imagens, de sua (ins)tabilidade, de suas apostas”, explicou.

Ele debaterá sobre essa visão dominante que estruturou diversas oposições entre as linguagens. Em sua palestra ele observará que nos anos 70, as coisas pareciam bem entrincheiradas entre a fotografia e o cinema. “Como se um e outro, o móvel e o imóvel, o fixo e o movente, só pudessem existir numa relação de exclusão recíproca. Era preciso escolher (um campo). Isso é bem conhecido”, acrescentou.

Dubois quer mostrar justamente tudo o que é contrário a essa oposição estabelecida. “Eu gostaria de mostra nessa conferência que, de Marey a Claerbout, ou seja, do fim do século XIX até nossos dias, a fotografia jamais cessou de ser obsedada pela ideia de captar e tornar o movimento dentro e pela imagem ela mesma – seja na era analógica ou na digital. Ao concentrar-me sobre os dois nomes mencionados, um cientista obcecado pelo resultado visual do movimento (Marey) e um artista contemporâneo muito atento ao trabalho tecnológico dos interstícios entre o móvel e imóvel (Claerbout), mostrarei que os regimes temporais de imagens são de fato consideravelmente mais elásticos do que se pensa”, finalizou.

Não é de hoje que a fotografia sempre experimentou e flertou com outras linguagens. Mudar a velocidade, o corte, fazer pequenas sequências, micronarrativas. Isso porque o curso do movimento não se opõe radicalmente ao estático. A contemporaneidade é a época do movimento, da velocidade, do fluxo e da variação continua. Para a fotografia, acompanhar isso não é nenhuma novidade.

Criado em 2010, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é um projeto nacional que incentiva a cultura, a arte e a linguagem fotográfica em toda a sua diversidade.

Philippe Dubois é professor do Departamento de Cinema e Audiovisual da Universidade de Paris 3 – Sorbonne Nouvelle e pesquisador do Instituto Universitário da França.  Publicou diversos livros e artigos, dentre os quais “O Ato Fotográfico” (1983), “Cinema, vídeo, Godard” (2004) e “La question vidéo: entre cinema et art contemporain” (2012). É coeditor de coleções como Arts et cinéma, DeBoeck e Cinéthesis.

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SERVIÇO: Philippe Dubois realiza palestra pelo 6º Prêmio Diário Contemporaneo de Fotografia. Data: 06 de maio de 2015. Horário: 19h. Local: Cine-teatro do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos – CCBEU. Apoio do CCBEU-MABEU e Associação Fotoativa. Endereço: Travessa Padre Eutíquio, 1309 – Batista Campos. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará, com patrocínio do Shopping Pátio Belém e Vale, apoio institucional da Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/ Secult-PA, Sol Informática e Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA). Informações: Rua Aristides Lobo, 1055 (entre Tv. Benjamin Constant e Tv. Rui Barbosa) – Reduto. Contatos: (91) 3355-0002; 98367-2468; contato@diariocontemporaneo.com.br; premiodiario@gmail.com e http://www.diariocontemporaneo.com.br.