Desde a sua primeira edição, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia tem o objetivo de estimular reflexões e debates a partir do contato com a arte. Os museus que recebem as mostras têm uma ação educativa totalmente pensada para as turmas escolares que as visitam. Além disso, o projeto tem expandindo a sua atuação para fora dos espaços expositivos.
No último dia 03, o Mercado do Porto do Sal recebeu a exposição “Um convite para [o] olhar” resultado de uma oficina homônima realizada por meio de uma parceria entre Diário Contemporâneo, Associação Fotoativa e Projeto Aparelho.
As crianças da comunidade produziram fotografias daquilo que mais achavam bonito no lugar onde vivem e tudo foi exposto em uma fotoinstatalação com câmaras obscuras que abrigavam histórias dentro e fora delas. “Eu gostei muito de ver a minha foto na caixa. Ficou muito legal e eu fiz umas fotos bacanas”, contou Talisson Tavares que em suas imagens mostrava desde uma garça voando no porto até um grafite de onça-pintada no muro.
Quinze crianças participaram da oficina e um mural com o retrato de cada uma delas foi feito. Era divertido se ver e reconhecer os amigos. Os próprios pequenos guiavam para apresentar suas fotos assim como fizeram com as facilitadoras durante a oficina. Dandara Ataíde nunca tinha tido a experiência de fotografar as ruas que vê diariamente. A câmara obscura também foi uma divertida novidade para ela. “Eu gostei muito de ver as fotos que fiz junto da caixa. Gostei da oficina, da experiência, de tudo”, disse.
A comunidade estava aberta à ação artística e se mostrou interessada em todo o processo. Parentes, amigos e outros moradores apareciam para ver o que estava acontecendo no Mercado e se surpreendiam com as produções das crianças.
“Foi uma das melhores coisas que já aconteceu aqui. Quando tem oficina todo mundo gosta. Eles aprendem e eu aprendo também”, comentou Dona Graça, dona de uma fruteira no box 2 do Mercado e que acompanhou de perto todo o trabalho realizado com as crianças.
DENTRO DOS MUSEUS
As exposições da 9ª edição seguem abertas e desde a sua inauguração os mediadores culturais atuam diariamente recebendo o público visitante. “Felicidade é trabalhar com o que se gosta”, afirmou Denise Sá que pelo segundo ano consecutivo repete a experiência de atuar na ação educativa do projeto.
“Tempo para duvidar: por uma formação de espíritos livres” é a proposta educativa desta edição e tem o compromisso com a formação de cidadãos de pensamento crítico e abertos ao diálogo entre arte e sociedade. A partir das obras, temáticas contemporâneas são debatidas com alunos e professores.
Os educadores que queiram levar as suas turmas podem solicitar o agendamento das visitas pelo site ou no telefone 4009-8695, no horário de 10 às 15h. As solicitações estão sujeitas à disponibilidade de agenda. Após o cadastramento de informações no site, todos os pedidos serão respondidos por email ou telefone.
VISITAÇÃO
A exposição “Realidades da Imagem, Histórias da Representação” exibe os trabalhos premiados, selecionados e participações especiais da 9ª edição do Diário Contemporâneo. As obras ficam no Museu do Estado do Pará – MEP. Além disso, o Museu da UFPA recebe a mostra individual “Lapso”, com trabalhos de Flavya Mutran, artista convidada e a mostra de videoarte “Audiovisual Sem Destino”, projeto de Elaine Tedesco. A visitação segue até dia 15 de julho.
O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará com apoio da Vale, apoio institucional do Museu da UFPA, Museu do Estado do Pará, Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e colaboração da Sol Informática.