Diário Contemporâneo promove programação de lançamento da 13ª edição

Share This:

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia lança a sua 13ª edição que nasce com uma proposição de Lívia Aquino, curadora convidada deste ano. Para revelar o tema ao público, o projeto realizará a leitura disparadora e conversa “Corpos Moventes” com Lívia, Camila Fialho e Vi Grunvald, que integram a comissão de seleção. O encontro com o público será no dia 15/12, às 19h, no Museu da Imagem e do Som que fica localizado no Centro Cultural Palacete Faciola.

O encontro será em formato de conversa aberta ao público a partir de questões em torno do corpo e suas representações, que é um dos eixos da temática da convocatória da edição.

Sobre o tema escolhido para esta edição, Lívia explica que “aqui, a provocação aos artistas visuais, em especial àqueles que se dedicam ao fotográfico e seus desdobramentos, gira em torno do corpo como um território pessoal, de experiências íntimas e únicas, ao mesmo tempo combinado, por estar alinhado ou confrontado, com a experiência social e política”. O corpo é visto para além da sua casca, busca-se a sua tomada de consciência e a relação com o que está ao seu redor.

Assim como os corpos, o Diário Contemporâneo também se move e muda. Nas palavras de Mariano Klautau Filho, curador geral, “o projeto continua experimentando, mudando, reconfigurando, buscando formatos e amadurecendo. Tudo isso se intensificou a partir dos 10 anos, em que se está colocando mais em prática a colaboração do projeto com outras pessoas”.

Lívia Aquino é uma destas colaboradoras. Artista, pesquisadora e profissional atuante em projetos de arte contemporânea no país, é parceira do projeto desde 2016, com destaque especial no acompanhamento dos artistas residentes nas últimas edições.

A PREMIAÇÃO

Serão 15 artistas selecionados que farão parte da mostra da 13ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia no Museu Casa das Onze Janelas, Museu da UFPA, Solar da Beira e Associação Fotoativa. Destes, 06 serão escolhidos como Prêmios Aquisição e serão contemplados com R$7.000,00, além da ajuda de custo de até R$2.000,00 oferecida a todos os selecionados para a produção das obras. O edital com todas as informações estará disponível no site dcf.dol.com.br. As inscrições serão online e gratuitas e seguirão abertas até 16 de fevereiro de 2024.

O PROJETO

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia inicia em um novo formato de edital. Com a 13ª edição, o projeto propõe o incentivo à formação de acervo através dos Prêmios Aquisição, intensificando o que já vem sendo feito desde a constituição da Coleção, em 2016. Para a mostra deste ano, somado à seleção por edital, um outro grupo de  artistas será convidado pela curadoria para fazer parte da exposição.

Além disso, como parte da edição e completando a proposta da mostra principal, o projeto se constitui de outras exposições especiais que fortalecem a programação como trabalho de pesquisa curatorial, tanto no campo histórico quanto na produção contemporânea emergente.

Para esta edição, a proposta das mostras “In Natura/In Vitro” e “Jacques Huber – Coletas” vem cumprir tais objetivos. A primeira envolverá a relação entre corpo e paisagem com trabalhos que refletem sobre os sentidos de natureza e artifício; a segunda, a produção fotográfica do universo vegetal realizada pelo cientista suíço Jacques Huber no início do século XX como pesquisador  do Museu Emílio Goeldi, em Belém. Ambas exposições terão a curadoria compartilhada entre Mariano Klautau Filho (curador geral do projeto) e Nelson Sanjad, pesquisador do Museu Emílio Goeldi, especialmente convidado para trabalhar com o acervo de Jacques Huber.

Criado em 2010, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é aberto a todos os artistas brasileiros ou residentes no país. Trata-se de um projeto nacional, que em seus mais de dez anos de atuação contribuiu para a consolidação do Pará como lugar de reflexão e criação em artes, além de proporcionar o diálogo entre a produção local e nacional.

O DCF é uma realização do jornal Diário do Pará e RBA com apoio institucional do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SECULT), Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIM) e Museu Casa das Onze Janelas; Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA); Associação Fotoativa; Prefeitura de Belém por meio da CODEM e Solar da Beira; colaboração da Sol Informática e oferecimento da BBF.

 

SERVIÇO

Diário Contemporâneo promove programação de lançamento da 13ª edição

Data: 15/12/2023

Horário: 19h

Local: Museu da Imagem e do Som, no Centro Cultural Palacete Faciola

Endereço: Avenida Nazaré, nº 138

Informações: dcf.dol.com.br

A curadoria da 11ª edição em encontro com Rosely Nakagawa

Share This:

Na última sexta-feira (30), a curadora convidada desta edição, Rosely Nakagawa, participou de uma conversa ao vivo no canal do YouTube do Diário Contemporâneo. O encontro teve como tema “Curadoria e expografia do 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia” e contou com a mediação de Mariano Klautau Filho, curador geral do projeto.

Rosely Nakagawa e Mariano Klautau Filho na live no YouTube

Quase 70 pessoas estiveram assistindo ao vivo a primeira transmissão do Diário Contemporâneo. Este ano, como medida de prevenção e segurança ao novo coronavírus, toda a programação formativa será realizada online. Este formato também possibilita que pessoas de fora da capital paraense possam acompanhar em tempo real os debates.

Na ocasião, Rosely falou da sua relação com Belém e de como isso faz parte da sua trajetória. “Belém não só produz fotografia, mas também produz reflexão sobre o ato fotográfico”, observou ela ao citar nomes como Miguel Chikaoka e Alexandre Sequeira. “Belém é uma potência na fotografia do Norte do Brasil”, comentou Márcio Vasconcelos durante a live.

>>> INSCREVA-SE NO NOSSO CANAL NO YOUTUBE

Sobre o Diário Contemporâneo, a curadora ressaltou a dinâmica própria do projeto que não se restringe a premiação e tem ações como palestras, oficinas e a visitação escolar (suspensa este ano em virtude da pandemia), tudo isso desdobrado a partir da temática escolhida para a edição. “Vocês trabalham o tema como uma provocação e não como algo fechado”, analisou ela que ainda destacou que o tema Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos, inspirado no romance homônimo de Rubem Fonseca, é pertinente ao momento em que estamos vivendo.

Rosely Nakagawa apresentando a expografia desta edição

Rosely falou sobre o papel do curador, sobre a seleção de trabalhos desta edição e sobre as soluções encontradas para realizar a mostra com segurança dentro do atual contexto.

Ela mostrou o projeto expográfico, destacando sala por sala e os artistas presentes nelas. “Um belo diálogo curatorial entre arquitetura, literatura e as imagens”, observou Jorge Eiró nos comentários da live.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE. 

Diário Contemporâneo realiza Encontro com Rosely Nakagawa

Share This:

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia inaugura sua programação formativa nesta sexta-feira (30). Rosely Nakagawa, curadora convidada da mostra Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos participa de um encontro com o público às 19h. A conversa, com o tema “Curadoria e expografia do 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia”, terá a mediação de Mariano Klautau Filho, curador geral do projeto, e será transmitida ao vivo pelo canal do YouTube do Diário Contemporâneo.

Foto: Lana Soares

Rosely Nakagawa é arquiteta pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP/SP, com especialização em Museologia (USP) e em Semiótica da Comunicação (PUC/SP). Atua como curadora independente, tendo realizado exposições no Brasil e no exterior. Rosely coordenou a comissão formada por Luiz Braga e Makiko Akao que selecionou os trabalhos da mostra coletiva deste ano.

“A fala da Rosely será um relato sobre a concepção curatorial da mostra e seu processo de produção e realização”, explicou Mariano Klautau Filho. A ideia curatorial de Rosely trouxe novidades estéticas, como o uso de concreto e madeira, além da criação de um ambiente acolhedor e seguro para o visitante.

Rosely acentuou que apresentará no encontro “como foi o processo de projetar o espaço no museu com a equipe de designers e o curador geral, diante do tema e dentro do período excepcional em que vivemos”. A mostra Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos trabalha o conceito de um percurso único, com entrada e saída definida, além da criação de espaços de distanciamento dentro do próprio museu, tudo isso em harmonia com as obras e dialogando com a proposta dos artistas selecionados.

>>> INSCREVA-SE NO NOSSO CANAL NO YOUTUBE

Como medida de prevenção e saúde, toda a programação desta 11ª edição será realizada de forma virtual. Isso também possibilita que pessoas de outros lugares do Brasil e do mundo possam participar dos debates promovidos pelo projeto.

SERVIÇO: Diário Contemporâneo realiza Encontro com Rosely Nakagawa. Data: 30 de outubro de 2020. Horário: 19h. Local: canal do YouTube do projeto. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática e patrocínio da Alubar. Informações: (91) 98367-2400,  diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

Diário Contemporâneo realiza Conversa com Geraldo Ramos

Share This:

O jornalista com formação em artes visuais, Geraldo Ramos, é o artista convidado da 8ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia e se destaca como um dos grandes documentaristas da região amazônica. O projeto realiza no dia 07 de junho, às 19h, no Museu da UFPA, uma conversa com o artista. A entrada é franca.

Foto: Geraldo Ramos

Geraldo Ramos exibe, na mostra individual “Interiores”, um passeio pelas suas paisagens da memória. Sobre o nome da exposição, o curador do projeto, Mariano Klautau Filho explicou que “o título partiu de uma característica muito forte no trabalho de Geraldo, que é sua incursão por décadas pela paisagem cultural, pelos rituais, festas e manifestações nas cidades do interior do estado. A Marujada, o Boi, as máscaras utilizadas nas festas de São Caetano de Odivelas, e a própria paisagem humana são cenas fotografadas de maneira muitas vezes intimista. Dessa forma, o sentido da palavra no plural dá a ideia de um interior geográfico, mas também de uma visão mais interiorizada sobre a paisagem humana”.

O Boi, de São Caetano, “é representante da cultura popular do município e, a mais ou menos vinte anos atrás, quando eu o fotografei, já notava que ele era a manifestação mais importante que se tinha lá”, lembrou Geraldo.

“Trata-se de um trabalho de cunho documental, que tem interesse pelo registro dos lugares e ritos, mas também muito refinado na composição e na observação sobre as representações culturais da nossa região. Fazem parte também uma série em preto e branco captada em Belém voltada para o retrato e a cultura visual dos mercados e feiras em bairros mais populares da cidade”, acrescentou Mariano.

Painéis em Cametá. Foto: Geraldo Ramos

Entre as imagens de Belém que integram a mostra o artista destacou as produzidas na Pedreira, desde um bar instalado no mercado, até a Festa de São Pedro, padroeiro do bairro. “O que eu gosto mesmo de fazer é o trabalho em cima da cultura popular. Ir para o interior ou mesmo aqui na cidade, nos bairros mais periféricos, onde ainda se encontram as tradições de um catolicismo popular”, finalizou Geraldo.

-> Confirme presença no evento

No encontro com o artista, Geraldo falará sobre sua trajetória, processos e apresentará ao público alguns dos trabalhos quem vem desenvolvendo.

SERVIÇO: Diário Contemporâneo realiza Conversa com Geraldo Ramos. Data: 07 de junho de 2017, às 19h. Endereço: Av. Governador José Malcher – esquina com Generalíssimo Deodoro). Entrada franca. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional do Museu da UFPA, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e apoio da Sol Informática. Informações: Rua Gaspar Vianna, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2468; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

Diário Contemporâneo promoveu o compartilhamento das residências artísticas

Share This:

O último evento da programação da abertura das mostras da 8ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia foi uma “Conversa com os Residentes”, da qual participaram Hirosuke Kitamura e Guido Couceiro Elias, além de seus respectivos tutores, Alexandre Sequeira e Lívia Aquino. O encontro ocorreu na noite de 06 de maio, no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas e teve a mediação de Mariano Klautau Filho.

A residência artística, novidade desta edição, surgiu da inquietude do Projeto. “A ideia da residência vem da necessidade de experimentação e do incomodo de poder estar numa espécie de piloto automático, repetindo um modelo. A residência é um procedimento cada vez mais importante para a arte contemporânea”, afirmou Mariano.

Foto: Irene Almeida

A figura de um tutor, ou um pesquisador para acompanhar esse residente foi essencial, pois promoveu o debate e a reflexão. Segundo Lívia Aquino, sua atuação foi de orientação e provocação do artista. “O meu processo com o Guido foi direcionar ele a lugares em que ele pudesse ativar a sua percepção, sempre levando em conta o seu desejo artístico e a sua pratica”, contou.

O que é possível praticar em uma experiência que te desloca para um outro campo de ação e ambiente? Guido Couceiro Elias se relacionou com a cidade de São Paulo através das palavras. Ele escreveu a fotografia. “Eu notei que dava para fazer as imagens que eu estava vendo através da escrita. Comecei a escrever para continuar o processo iniciado pela fotografia e, quando percebi, fiquei mais próximo das pessoas através das palavras”, lembrou o artista.

MERGULHAR NA CIDADE

Em Belém, Alexandre Sequeira recebeu Hirosuke Kitamura em sua casa. O tutor observou que “o Prêmio, através da residência, oportuniza ao artista entrar em contato com um outro território. Os trabalhos que eles inscreveram foram premiados e estão na parede expostos, isso proporcionou um não compromisso com o resultado e sim com a experiência. Para mim, isso é interessante, pois eu também reflito como artista”, disse.

Hirosuke veio a Belém e imergiu na cidade, absorveu dela o máximo que pode, mas sempre com um movimento de retorno e de estabelecimento de relações. Ele conviveu intensamente com pessoas que não costumam habitar o espaço dos museus, mas que também tinham muito a contribuir.

O artista produziu centenas de imagens durante o período da sua residência e disse, “gostei muito de ter vindo na época das chuvas, porque eu pude ver como as pessoas convivem com ela de maneira natural. Eu consigo ter acesso a uma relação mais aberta com as pessoas e com o ambiente, sem máscaras”, finalizou.

Algumas das imagens que Hirosuke fez foram devolvidas a cidade em formato lambe lambe, afixadas em locais próximos aos da sua produção e daqueles com que o artista se relacionou.

VISITAÇÃO

A exposição “Poéticas e Lugares do Retrato” exibe os trabalhos premiados, selecionados e participações especiais. As obras ficam divididas entre o Museu da UFPA e o Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. Além disso, o MUFPA recebe a mostra individual “Interiores”, com trabalhos de Geraldo Ramos, artista convidado. A visitação segue até dia 30 de junho, no MUFPA e 02 de julho, nas Onze Janelas.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional do Museu da Universidade Federal do Pará, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e apoio da Sol Informática. Informações: Rua Gaspar Vianna, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2468; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

Sexta-feira de encontros com as poéticas dos artistas

Share This:

Por: Debb Cabral

Dando sequência à série de encontros promovidos pela programação “Poéticas, fotografia e mu seus”, do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, a varanda do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas recebeu na noite de sexta-feira (10) os artistas Véronique Isabelle, Ana Mokarzel, Sávio Stoco e Alexandre Sequeira para falar sobre suas trajetórias.

 Foto: Irene Almeida
Foto: Irene Almeida

Ana Mokarzel tem trabalhos nos dois espaços expositivos, o MUFPA e as Onze Janelas. Ambos os trabalhos se relacionam, ainda que não tenham sido pensados para isso. Destroços, escombros e abandonos estão presentes nas séries “Ausência” e “Permanência”. O primeiro é um trabalho muito casual, com processo bem intuitivo, como um mergulho. “Era uma total ausência, mas eu senti a necessidade de estar ali”, contou Ana. Já “Permanência” surgiu do convite para participar da mostra especial “Belém: ressacas, heranças”, que levou a fotógrafa à uma intensa pesquisa sobre a cidade e o seu passado.

Sávio Stoco veio a Belém para lançar a publicação “Fotografia Contemporânea Amazônica – Seminário 3×3”, premiada na 11ª edição do Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais, mas antes disso ele conversou com o público presente sobre sua produção e o processo que resultou no livro.

O transito de pessoas e a circulação entre os estados da região Norte são as bases para fazer com que a comunicação seja reforçada e eliminar uma fronteira que não é só geográfica. “Essa rede que a gente está fazendo, a gente não está inventando. Essa circulação que está acontecendo, e que a gente está intensificando, tem um lastro histórico”, explicou Sávio.

Véronique Isabelle apresentou um pouco do processo que levou a produção da obra “JEGUATA MBYA YVYJU’PE / A caminhada do povo Guarani Mbya”, que integra a coleção de fotografias do projeto. É um trabalho muito pessoal, que aprofundou as relações com as pessoas e com as paisagens. Uma fotografia relacional intuitiva, emocional e de entrega. “O trabalho da Véronique traz para a Coleção essa experiência de uma fotografia mais alargada”, finalizou o mediador Alexandre Sequeira.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional da Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/ Secult-PA, Sol Informática e Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA).

As poéticas dos artistas no encontro com Guy Veloso, Jorane Castro e Janduari Simões

Share This:

Por: Debb Cabral

A noite da quinta-feira (09) foi marcada pelo segundo dia de encontros promovidos pela programação “Poéticas, fotografia e mu seus”, do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. O Museu da UFPA recebeu os artistas Guy Veloso, Jorane Castro e Janduari Simões para falar sobre seus trabalhos que integram a Coleção de Fotografias do projeto e suas trajetórias artísticas.

Guy Veloso comentou sobre a série “O Teatro do tempo”, exibida no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. “Eu sempre fotografei a religiosidade, mas percebi que também tem outras imagens que falam”, observou. Essa série era totalmente inédita até ser submetida ao júri do Diário Contemporâneo em 2015. Ele ainda não se reconhece plenamente nesse trabalho que enxerga como um ensaio amoroso, uma fotografia que vai para a abstração, não só da geografia, mas também da forma. As imagens da série não têm legendas e o forte caráter documental dos seus projetos anteriores.

Jorane Castro, Guy Veloso e Janduari Simões - Foto - Irene Almeida
Foto: Irene Almeida

Esse não-lugar, não identificado, não contextualizado também tem algo a dizer. “O lugar é o que carregamos dentro da gente”, observou o artista Alexandre Sequeira sobre o trabalho de Guy.

Já Janduari Simões trouxe fotografias do seu arquivo, feitas na época em que o fotografo baiano e chegou à capital paraense na década de 70. São pedaços de Belém, uma Belém que muitos não viram, mas que sentem saudades. Ao comparar com a cidade dos dias atuais o público presente viu imagens que militam contra a violência e o abandono.

Muita coisa mudou desde que o olhar estrangeiro capturou pelo primeiro impacto o pitoresco da cidade. Esse olhar de fora que conseguiu captar a cidade que se perdeu surpreende até mesmo o próprio artista. “Hoje eu fotografo em digital e não mais em preto e branco, então, quando eu olho uma imagem assim, eu ainda me surpreendo com o que eu fiz”, disse.

Jorane Castro, que é cineasta e começou seus experimentos na fotografia discutiu principalmente a nossa relação com a cidade. “Como é que a gente herda uma cidade como Belém e não cuida dela?”, questionou ao falar dessa cidade que adoece diante dos nossos olhos.

Jorane hoje dedica sua vida ao cinema, mas a fotografia e a sua lógica ainda se fazem presentes no processo criativo da artista. “Eu fotografo para ter e para guardar uma ideia. Eu faço a fotografia como um processo para chegar onde eu trabalho, que é no cinema”, explicou acrescentando que para ela as fotografias funcionam como “anotações visuais” e referências para futuros trabalhos.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional da Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/ Secult-PA, Sol Informática e Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA).

Encontro com Jussara Derenji debaterá a relação entre a arquitetura antiga e a arte moderna

Share This:

Por: Debb Cabral

O trabalho de preservação e difusão da arte realizado pela arquiteta Jussara Derenji, diretora do Museu da UFPA será tema de uma conversa intitulada “Velho ou antigo?”, como parte da programação de encerramento da 7ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo e Fotografia. O evento ocorre no dia 07 de junho, às 19h, no Museu da UFPA, com entrada franca.

O prédio que abriga atualmente o Museu da UFPA foi projetado pelo engenheiro Filinto Santoro por encomenda do então governador na época Augusto Montenegro. A arquitetura é eclética, resultado da diversidade cultural presente em Belém no Ciclo da Borracha, mas a forte inspiração no Renascimento Italiano é evidente, uma vez que Santoro era formado pela Real Escola de Nápoles.

Desenho da escada do Museu da UFPA
Desenho da escada do Museu da UFPA

Entre 1948 e 1950 o jardim foi incorporado à propriedade. A família que ocupava o prédio nessa época comprou residências vizinhas e as demoliu para construir o jardim neoclássico com estátuas e um chafariz central. A Universidade Federal do Pará comprou o imóvel com o objetivo de torná-lo a sede da Reitoria. Na época, nos anos 60, a ditadura militar retirou a maior parte de seus itens decorativos, por serem considerados inadequados. Em 1982 a Reitoria mudou-se para o Campus e o prédio foi destinado aio Museu da UFPA criado em 1983 e instalado em 1985.

Em 2013 o palacete Augusto Montenegro (nome oficial do espaço) foi tombado pelo Governo do Estado do Pará como Patrimônio Histórico e ficou sob a responsabilidade da diretora Jussara Derenji, que vem trabalhando desde então para sua conservação. Quando a arquiteta assumiu ele funcionava de maneira precária e sem direcionamento artístico definido.

>> Confirme presença no EVENTO

Hoje o prédio, que realiza exposições de arte regularmente, abriga uma Coleção de Fotografia Contemporânea e uma seção de livros de fotografia em sua biblioteca em parceria com o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. Sua biblioteca é referência em Belém como fonte de pesquisa sobre o que foi produzido na Amazônia e/ou tendo esta como tema.

A fala de Jussara se articulará em dois eixos temáticos. No primeiro ela questionará “porque alguns objetos, móveis e imóveis se tornam velhos e podem ser esquecidos, abandonados ou destruídos e porque outros são considerados antigos, valiosos e dignos de ser zelosamente preservados?”. No segundo “quais relações educativas, artísticas e sociais se podem propor entre prédios antigos e arte moderna?”.

Isso se dará sempre destacando o seu lugar de atuação, o MUFPA como um Museu Universitário e de Arte Contemporânea. O prédio, por si só já é um objeto museal pelos aspectos construtivos e decorativos em relação ao acervo de arte contemporânea reunido nos últimos anos.

JUSSARA DERENJI

Possui graduação em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1969), graduação em Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1972), especialização em Paisagismo pela Universidade de São Paulo (1980) e mestrado em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1992). Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo. É professora aposentada da FAU e atual diretora do Museu da Universidade Federal do Pará:

AS EXPOSIÇÕES DO DIÁRIO CONTEMPORÂNEO

A sétima edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é dedicada especialmente à constituição oficial da Coleção de Fotografias do Projeto, exibida no Museu da UFPA e no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas até 19 de junho, contando com 46 artistas todas as regiões do país. Também faz parte da programação desta edição a exposição “Belém: ressacas, heranças”, que reúne trabalhos de oito artistas atuantes em Belém, os quais apresentam um olhar mais crítico em relação à cidade.

SERVIÇO: Encontro com Jussara Derenji debate a relação entre a arquitetura antiga e a arte moderna. Data: 07 de junho de 2016. Horário: 19h. Local: Museu da UFPA (Av. Governador José Malcher (esquina com Generalíssimo Deodoro). O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale; apoio institucional do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA, Sol Informática e Museu da UFPA. Informações: Rua Aristides Lobo, 1055 (entre Tv. Benjamin Constant e Tv. Rui Barbosa) – Reduto. Contatos: (91) 3355-0002; 98367-2468; premiodiario@gmail.com, contato@diariocontemporaneo.com.br e www.diariocontemporaneo.com.br.

Encontro com Gui Mohallem e a fotografia na direção do medo

Share This:

Por: Debb Cabral

O artista mineiro Gui Mohallem participou de um encontro com o público paraense na noite de 13 de maio, na varanda do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. Na ocasião falou sobre seu trabalho e como ele está mudando, com uma transição em processo. Se antes Gui era a pessoa que ia para longe e voltava para contar uma história, hoje ele é a pessoa que conta a história sobre o seu cotidiano.

Foto: Irene Almeida
Foto: Irene Almeida

O público estava muito interessado em saber sobre o seu processo criativo e o artista foi especificando seu modo de atuar em cada projeto. Sobre a produção da série Welcome Home ele destacou: “para mim a fotografia naquela época tinha uma relação muito forte com o desejo. Então eu ficava muito envergonhado quando alguém sabia da minha fotografia, por que assim ela sabia o meu desejo”.

A perda do medo e a aceitação da vulnerabilidade estão presentes em seus trabalhos, ora evidentes, ora mais ocultos. Diante disso ele se questionava “como uma experiência tão pessoal pode ser relevante para o outro?”. Suas inquietações pessoais provocavam inquietações no público que passava também a refletir sobre a sua atuação. “A fotografia, para mim, vem de uma necessidade, de precisar fotografar algo mesmo que eu não saiba o porquê”, observou.

Ao final, o fotógrafo encorajou o público a ir na direção de seus medos e a sair da sua zona de conforto, seja na técnica quanto no conceito. “Talento tem muito mais a ver com a pessoa celebrar os próprios erros do que com uma habilidade inata”, finalizou.

Encontro com Eugênio Sávio ocorre nesta quarta (18)

Share This:

Por: Debb Cabral

Eugênio Sávio falará sobre seu trabalho como fotojornalista, produtor cultural do projeto Foto em Pauta e curador do Festival de Fotografia de Tiradentes. O evento ocorre dia 18 de abril, às 19h, na Varanda do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. A entrada é franca.

Shenyang, China. Foto: Eugênio Sávio
Shenyang, China. Foto: Eugênio Sávio

O ARTISTA
Eugênio Sávio é professor de fotografia na PUC Minas. Jornalista pela UFMG. Mestre em Comunicação e Cultura pela UFRJ. Há 25 anos trabalha como fotógrafo na área editorial. Como fotojornalista, colaborou com diversas publicações, jornais, revistas, agências internacionais. Fez a cobertura das Olimpíadas de Pequim, 2008 e de cinco Copas do Mundo de Futebol. Como produtor cultural, atuou em 12 estados brasileiros com o projeto Foto em Pauta, lançado em 2004. É o produtor e curador geral do Festival de Fotografia de Tiradentes, realizado desde 2011.

>> Confirme presença no evento

SERVIÇO: Encontro com Eugênio Sávio nessa quarta. Data: 18 de maio de 2016. Horário: 19h. Local: Varanda do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas (Praça Frei Caetano Brandão s/n – Cidade Velha). Entrada franca. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale; apoio institucional do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA, Sol Informática e Museu da UFPA. Informações: Rua Aristides Lobo, 1055 (entre Tv. Benjamin Constant e Tv. Rui Barbosa) – Reduto. Contatos: (91) 3355-0002; 98367-2468; premiodiario@gmail.com, contato@diariocontemporaneo.com.br e www.diariocontemporaneo.com.br.