Paula Sampaio conversa com o público sobre O Lago do Esquecimento

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O 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia encerra o seu ciclo de debates com Paula Sampaio, artista convidada desta edição. A conversa “O Lago do Esquecimento e os esquecimentos” ocorre neste sábado (19), às 17:30h, e contará com a mediação de Mariano Klautau Filho e Alberto César Araújo, fotógrafo e pesquisador amazonense, mediador especialmente convidado para acompanhar o curador do projeto no debate. O encontro terá a transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Diário Contemporâneo.

Na ocasião, “a fotógrafa conversará sobre o conjunto de trabalhos que constituem a sua exposição individual “O Lago do Esquecimento”, realizada especialmente para a 11ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, assim como sobre seu trabalho fotográfico desenvolvido desde os anos 1980 sobre as grandes estradas que cortam a Amazônia e as populações e cidades que foram se formando no traçado dessas rodovias. Serão tratados também temas como a preservação e a difusão das imagens contemporâneas da região e seus acervos e arquivos”, explicou Mariano Klautau Filho, curador do projeto e da exposição da artista convidada.

Paula Sampaio. Foto: Miguel Chikaoka

FINITUDE E FRAGILIDADE

O Lago do Esquecimento é um projeto que traz a denúncia e a reflexão sobre os impactos que o “desenvolvimento” traz na vida das pessoas. Uma comunidade existia com suas histórias, vivências e sonhos onde hoje é o lago sem vida da hidrelétrica de Tucuruí. Lançado no formato de livro 2013, o Lago continua a reverberar até hoje.

“Estamos vivendo um momento único da humanidade, fomos todos profundamente afetados por essa pandemia que nos levou a rever nossas formas de vida. E esse trabalho fala da finitude e fragilidade dessa vida terrena para todos os seres e também dos novos começos que surgem diante das ‘mortes’ e esquecimentos que nos atravessam cotidianamente, questões que estão pairando sobre nós e também estão presentes nessa edição do Prêmio. Nesse sentido, no texto que apresenta esse trabalho escrito por Mariano Klautau Filho existe uma indagação muito instigante e pertinente, a partir de tudo que vemos e sentimos, ele lança a pergunta, afinal ‘o mundo ainda é bonito?”, refletiu a artista.

Sobre ter o ensaio de Paula Sampaio nesta edição, o curador observou que é de “toda a importância por no mínimo três razões: mostra a dimensão formal trágica que tem o trabalho da Paula, a contundência com que ela tratou o episódio do Lago de Tucuruí como uma floresta fossilizada e, em especial, a urgência do tema quando a Amazônia e as florestas brasileiras têm sido tratadas com um plano de destruição pelo atual governo federal”.

Mariano Klautau Filho e Paula Sampaio observam a publicação da artista que saiu encartada no Jornal Diário do Pará. Foto: Irene Almeida

Na exposição, as imagens estão presentes em mais de um formato. Além das fotografias também existem carta, mapa, projeção e um encarte especial preparado pela artista. Tudo isso gera novas ideias e reflexões. “Está sendo muito bom para mim ver essa edição das fotografias do Lago se relacionando com os outros trabalhos que são desdobramentos (Árvore) ou estão na origem desse projeto (Antônios e Cândidas). Fiquei especialmente feliz com a impressão e veiculação encartada no Jornal Diário do Pará do caderno ‘Antônios e Cândidas têm sonhos de sorte’. Ver as pessoas que fotografei e que me contaram suas histórias de vida ocupando esse espaço era um sonho da fotojornalista que sempre fui. Essa ideia materializada, por exemplo, já está gerando outros desdobramentos”, contou Paula.

A exposição que está montada no Museu do Estado do Pará é resultado de um processo de muito diálogo e colaboração. “É a primeira vez que a fotógrafa reúne um conjunto expressivo do material do lago de Tucuruí em uma exposição. Creio que o trabalho merecia ser exibido em um espaço como o MEP. Estou muito contente com o resultado”, disse o curador.

Mariano ainda acrescentou que “o encarte era um sonho antigo da Paula. Fiquei muito contente em contribuir com a realização desta peça, porque o suporte do encarte jornalístico é um meio que ela conhece muito por ter trabalhado no fotojornalismo impresso. Além de reunir uma somatória de suas experiências com os relatos dos moradores das várias regiões que ela fotografou ao longo das décadas, se transformou em sua primeira publicação de artista que foi para as bancas encartada em um jornal diário. Isso tem uma força e coerência muito importantes do ponto de vista conceitual do trabalho da Paula. A projeção também se revela como abrangência do seu trabalho documental já que se trata de um dos vídeos que performam um ato político, uma espécie de ação artística na paisagem do lago. São processos que já fazem parte do trabalho e que ganharam destaque nesta exposição”, finalizou.

O Lago do Esquecimento, de Paula Sampaio, artista convidada nesta edição.

BIOGRAFIAS

Paula Sampaio nasceu em Belo Horizonte e migrou para a Amazônia ainda criança com a família. Formou-se em Jornalismo pela UFPA e atuou como fotojornalista por muitos anos. Ocupação, colonização da região, memórias orais e patrimônio imaterial são alguns dos temas recorrentes em seu trabalho. Suas séries são reflexões sobre a natureza e a fragilidade dos seres. Atualmente é responsável pelo Núcleo de Fotografia do Centro Cultural Sesc Ver-o-Peso e continua desenvolvendo seus projetos. No momento, dedica-se a organizar seu arquivo pessoal.

Alberto César Araújo é graduado em Comunicação Social pelo Centro Universitário do Norte, Uninorte-Laureate e mestre pelo Programa de Pós-graduação de Letras e Artes, Universidade do Estado do Amazonas, UEA. Repórter fotográfico desde 1991, atuando em veículos de imprensa nacional e internacional. É editor de Fotografia da agência de jornalismo independente Amazônia Real, é também um dos ”nominators” do Programa 6X6 Global Talent da Fundação World Press Photo.

ÚLTIMOS DIAS DE VISITAÇÃO

As mostras Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos, com curadoria convidada de Rosely Nakagawa, e O Lago do Esquecimento, individual de Paula Sampaio, com curadoria de Mariano Klautau Filho, seguem abertas ao público até 20 de dezembro, no Museu do Estado do Pará. A visitação presencial que deve ser agendada pelo site www.diariocontemporaneo.com.br.

SERVIÇO: Paula Sampaio conversa com o público sobre O Lago do Esquecimento. Data: 19 de dezembro de 2020. Horário: 17:30h. Local: canal do YouTube do projeto. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE. Informações: (91) 98367-2400,  diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

Diário Contemporâneo debate os apagamentos e mergulhos nas imagens

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O 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia realiza mais uma programação de debates. Os professores Ramon Reis (UFPA) e Gil Vieira (UNIFESSPA) integram a mesa “Sublinhando apagamentos: mergulhos necessários”, com mediação de Heldilene Reale. O encontro será na quinta-feira (03), às 19h, transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do Diário Contemporâneo.

Gil Vieira discutirá a “Arte contemporânea e as Amazônias submersas” e Ramon Reis fará uma apresentação com o tema “Entre visões e poder”.

Gil Vieira (Foto: Divulgação), Ramon Reis (Foto: Divulgação) e Heldilene Reale (Foto: Natan Garcia)

A conversa integra o eixo “Superfícies das imagens: estamos mergulhando?” proposto por Heldilene.  “A arte está sempre vivendo um ciclo de apropriações que, ora interfere positivamente com o roteiro de uma história, ora a silencia. O discurso colonizador sobrepôs narrativas de vida e de existências. Manter-se vivo na arte significa resistir, pois dentro da própria história da arte esta existência é escrita sob a insistência de apagamentos. Na certeza que o texto escrito também forma uma imagem, quantas imagens deformaram o que entendemos de nossa própria história? A partir de narrativas e ressignificação de discursos na História sublinham-se os sujeitos de uma história, tanto os comumente vistos, quanto os até então apagados. Ao dar a voz aos seus protagonistas ganha-se a possibilidade de um mergulho”, refletiu ela sobre questões como hegemonia e superficialidade do discurso que serão debatidas na programação.

BIOGRAFIAS

Ramon Reis é mestrando em Artes, licenciado e bacharel em Artes Visuais pela Universidade Federal do Pará. É artista visual e atuou como professor de Arte da Secretaria de Estado de Educação do Pará (SEDUC). Professor colaborador do Plano Nacional para Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR) e pesquisador do Laboratório de Experimentação em Filosofia, Arte e Política na Amazônia da UFPA.

Gil Vieira Costa é doutor em História pela UFPA e mestre em Artes pela mesma instituição. É professor na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA). Publicou o livro “Espaços em trânsito: múltiplas territorialidades da arte contemporânea paraense” (2014), que recebeu o Prêmio Vicente Salles – Gênero Ensaio, no Prêmio IAP de Artes Literárias 2013. É membro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas e da Associação Brasileira de Críticos de Arte.

Heldilene Reale é doutora em Artes (UFMG) e mestre em Comunicação, Linguagem e Cultura (UNAMA). Sua trajetória artística desenvolvida desde 2005, vincula um processo que envolve aspectos da memória, patrimônio, narrativas orais, percursos de viagens e conflitos na Amazônia, utilizando multilinguagens. Atualmente atua como artista, pesquisadora e realiza curadoria na galeria do espaço cultural Candeeiro.

SERVIÇO: Diário Contemporâneo debate as superfícies das imagens. Data: 03 de dezembro de 2020. Horário: 19h. Local: canal do YouTube do projeto. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE. Informações: (91) 98367-2400,  diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

Arte Hacker é tema de conversa promovida pelo Diário Contemporâneo

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Mecanismos para romper com os limites e as separações serão debatidos na próxima conversa do 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. biarritizzz (PE) e Marcela Cantuária (RJ) são as artistas que participam de um encontro com o público às 19h de quinta-feira (12). A conversa terá como tema “Arte hacker: apropriação, autoria e meme”, sendo um desdobramento do eixo proposto por Ceci Bandeira que fará a mediação da programação. O encontro será transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do Diário Contemporâneo.

Ceci Bandeira (Foto: Divulgação), Biarritzzz (Foto: Priscilla Buhr) e Marcela Cantuária (Foto: Divulgação)

O termo hacker é associado erroneamente a imagem de criminoso virtual. A ideia de hackear tem a ver com descobrir uma brecha em um sistema, está ligada a dar novas formas e utilidades para além do que é considerado comum.

Assim é a Arte Hacker que vem questionar os modelos existentes. “A partir do diálogo entre as artistas, pretendemos aguçar a reflexão sobre quais mecanismos são possíveis para romper os limites que distanciam os museus de suas comunidades dentro de um contexto de uma nova era tecnológica”, explicou o curador do projeto Mariano Klautau Filho.

Em busca de romper com estruturas excludentes é que a arte hacker atua. “As novas atitudes ‘hacker’ não são mais a ocupação de uma mídia digital e sim a ocupação de um sistema que durante muito tempo impôs narrativas e escolheu aqueles que deveriam ou não falar, excluindo, a partir de um modelo historicamente racista, comunidades de artistas, pesquisadores e novas gerações de consumidores de arte. Por meio da prática do artista ‘hacker’, propomos pensar criticamente tanto a ação de infiltrar-se num sistema que nunca lhe foi dado, quanto a própria validade e efetivação dos meios de difusão, mais precisamente da prática em redes e coletivos que se estruturam na internet”, disse Ceci Bandeira sobre o eixo por ela proposto.

BIOGRAFIAS

biarritizzz é artista transmídia. Tem fascínio pelas imagens em movimento, pelo mundo da internet e pela cultura pop e digital. Brinca com esse universo investigando as problemáticas dos corpos e mentes dissidentes nas novas mídias, as políticas do meme, as linguagens e criptografias dessas ferramentas de poder.

Marcela Cantuária é graduada em pintura na Escola de Belas Artes pela UFRJ. Desenvolve pinturas que entrelaçam imagens históricas da política e representações da cultura visual contemporânea. Parte de seu trabalho vem de pesquisas sobre a luta de mulheres ao redor do mundo.

Ceci Bandeira é mestra em Artes pela UFPA. Possui experiência em arte-educação e mediação cultural de exposições em museus e galerias de arte.  Integra o coletivo Nacional TROVOA como curadora independente e articuladora do estado do Pará.

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SERVIÇO: Arte Hacker é tema de conversa promovida pelo Diário Contemporâneo. Data: 12 de novembro de 2020. Horário: 19h. Local: canal do YouTube do projeto. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE. Informações: (91) 98367-2400,  diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

A curadoria da 11ª edição em encontro com Rosely Nakagawa

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Na última sexta-feira (30), a curadora convidada desta edição, Rosely Nakagawa, participou de uma conversa ao vivo no canal do YouTube do Diário Contemporâneo. O encontro teve como tema “Curadoria e expografia do 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia” e contou com a mediação de Mariano Klautau Filho, curador geral do projeto.

Rosely Nakagawa e Mariano Klautau Filho na live no YouTube

Quase 70 pessoas estiveram assistindo ao vivo a primeira transmissão do Diário Contemporâneo. Este ano, como medida de prevenção e segurança ao novo coronavírus, toda a programação formativa será realizada online. Este formato também possibilita que pessoas de fora da capital paraense possam acompanhar em tempo real os debates.

Na ocasião, Rosely falou da sua relação com Belém e de como isso faz parte da sua trajetória. “Belém não só produz fotografia, mas também produz reflexão sobre o ato fotográfico”, observou ela ao citar nomes como Miguel Chikaoka e Alexandre Sequeira. “Belém é uma potência na fotografia do Norte do Brasil”, comentou Márcio Vasconcelos durante a live.

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Sobre o Diário Contemporâneo, a curadora ressaltou a dinâmica própria do projeto que não se restringe a premiação e tem ações como palestras, oficinas e a visitação escolar (suspensa este ano em virtude da pandemia), tudo isso desdobrado a partir da temática escolhida para a edição. “Vocês trabalham o tema como uma provocação e não como algo fechado”, analisou ela que ainda destacou que o tema Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos, inspirado no romance homônimo de Rubem Fonseca, é pertinente ao momento em que estamos vivendo.

Rosely Nakagawa apresentando a expografia desta edição

Rosely falou sobre o papel do curador, sobre a seleção de trabalhos desta edição e sobre as soluções encontradas para realizar a mostra com segurança dentro do atual contexto.

Ela mostrou o projeto expográfico, destacando sala por sala e os artistas presentes nelas. “Um belo diálogo curatorial entre arquitetura, literatura e as imagens”, observou Jorge Eiró nos comentários da live.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE. 

Diário Contemporâneo realiza Encontro com Rosely Nakagawa

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O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia inaugura sua programação formativa nesta sexta-feira (30). Rosely Nakagawa, curadora convidada da mostra Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos participa de um encontro com o público às 19h. A conversa, com o tema “Curadoria e expografia do 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia”, terá a mediação de Mariano Klautau Filho, curador geral do projeto, e será transmitida ao vivo pelo canal do YouTube do Diário Contemporâneo.

Foto: Lana Soares

Rosely Nakagawa é arquiteta pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP/SP, com especialização em Museologia (USP) e em Semiótica da Comunicação (PUC/SP). Atua como curadora independente, tendo realizado exposições no Brasil e no exterior. Rosely coordenou a comissão formada por Luiz Braga e Makiko Akao que selecionou os trabalhos da mostra coletiva deste ano.

“A fala da Rosely será um relato sobre a concepção curatorial da mostra e seu processo de produção e realização”, explicou Mariano Klautau Filho. A ideia curatorial de Rosely trouxe novidades estéticas, como o uso de concreto e madeira, além da criação de um ambiente acolhedor e seguro para o visitante.

Rosely acentuou que apresentará no encontro “como foi o processo de projetar o espaço no museu com a equipe de designers e o curador geral, diante do tema e dentro do período excepcional em que vivemos”. A mostra Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos trabalha o conceito de um percurso único, com entrada e saída definida, além da criação de espaços de distanciamento dentro do próprio museu, tudo isso em harmonia com as obras e dialogando com a proposta dos artistas selecionados.

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Como medida de prevenção e saúde, toda a programação desta 11ª edição será realizada de forma virtual. Isso também possibilita que pessoas de outros lugares do Brasil e do mundo possam participar dos debates promovidos pelo projeto.

SERVIÇO: Diário Contemporâneo realiza Encontro com Rosely Nakagawa. Data: 30 de outubro de 2020. Horário: 19h. Local: canal do YouTube do projeto. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática e patrocínio da Alubar. Informações: (91) 98367-2400,  diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

Diário Contemporâneo realiza Conversa com Mateus Sá

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O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia realiza nesta terça-feira (24) a conversa “Respirando fotografia”, com Mateus Sá, fotógrafo e artista visual. O encontro com o público será às 19h, no Museu do Estado do Pará, com entrada franca.

Mateus, que participa como convidado da mostra “Interseções, 2010/2014”, também veio realizar a oficina “Fotografia: Vivência de Corpo e Alma”, na qual o seu objetivo é “estimular a percepção da fotografia como narrativa e leitura de mundo”.

Lugar das incertezas. Foto: Mateus Sá

Seus trabalhos carregam tanto uma abordagem documental quanto fictícia, com narrativas não lineares e reconstruções de memórias de infância. “A fotografia como parte integrante da vida. Cotidianamente respirando, conduzindo e sendo conduzido por ela”, afirmou o artista que tem uma relação na qual a imagem se confunde com o seu modo de vida.

Isto pode ser visto na série fotográfica “Lugar das incertezas”, na qual ele volta ao Vale da Lua, litoral sul de Pernambuco, lugar onde se perdeu aos cinco anos de idade. Nas imagens produzidas vê-se um misto de lembranças e imaginação.

 

O ARTISTA

Mateus Sá é fotógrafo e artista visual. Também atua como professor Universitário, produtor cultural, editor de livros e exposições. É cofundador da Escola Livre de Imagem – ELI e do Projeto FotoLibras. É um dos três coordenadores do Pequeno Encontro da Fotografia. Tem quatro livros publicados, cinco exposições individuais e integra a coleção Diário Contemporâneo de Fotografia, em Belém.

 

RETA FINAL

Esta é a última semana de visitação da mostra “Interseções, 2010/2019”, no Museu do Estado do Pará e Museu da UFPA, que segue aberta só até domingo (29).

 

SERVIÇO: Diário Contemporâneo realiza Conversa com Mateus Sá. Data: 24 de setembro, às 19h. Local: Museu do Estado do Pará. Endereço: Praça D. Pedro II, s/n. – Cidade Velha. Entrada franca. Informações: Rua Gaspar Viana, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2400; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br

Diário Contemporâneo realiza Conversa com José Diniz

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Foto: José Diniz

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia realiza nesta sexta-feira (13) uma Conversa com José Diniz, seguida do lançamento do livro “O Céu Vem Abaixo”. O encontro com o público será às 19h, no Museu do Estado do Pará, com entrada franca.

Lançado pela Fotô Editorial, o trabalho articula a linguagem fotográfica a outras narrativas com o intuito de conectar histórias da Segunda Guerra Mundial ao fascínio das lendas marítimas e submarinos.

No livro há um entrecruzamento de fotografias, esculturas, performance e desenhos que constroem uma trama de alta complexidade poética em torno das relações entre uma memória afetiva, documentos históricos e fabulação.

Há múltiplas grafias e imagens que se mesclam no intuito de recriar a atmosfera de uma época traumática da guerra. Por exemplo, desenhos infantis do próprio artista, ou ainda imagens de filmes capturadas na TV, documentos históricos, fac-símiles, mapas, além de fotografias diretas e manipuladas.

Em “O Céu Vem Abaixo”, segundo os editores, “o artista Diniz filia-se a uma linha contemporânea de fotógrafos-narradores que, por meio de uma esmerada experimentação da linguagem, alcançam o estatuto fotográfico de um chamado documental imaginário”.

A obra conta com a edição de Eder Chiodetto, Fabiana Bruno e Walter Costa. O design editorial é de Fabio Messias e a coordenação editorial de Elaine Pessoa. 

O ARTISTA

Nascido em Niterói, José Diniz atualmente mora no Rio de Janeiro. Fez pós-graduação em Fotografia na Universidade Cândido Mendes. Em 2012, foi contemplado pelo prêmio Funarte – Marc Ferrez de fotografia, com o projeto Maresia e a Menção Honrosa no Concurso Fotolivro Iberoamericano – RM Editor Barcelona. Expôs pelo Diário Contemporâneo em 2010, 2011, 2018 e, agora, em 2019.

SERVIÇO: Diário Contemporâneo realiza Conversa com José Diniz. Data: 13 de setembro, às 19h. Local: Museu do Estado do Pará. Endereço: Praça D. Pedro II, s/n. – Cidade Velha. Entrada franca. Informações: Rua Gaspar Viana, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2400; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br

O suporte para a vivência artística na Conversa com os Residentes

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Os residentes Ricardo Ribeiro e Ionaldo Rodrigues, na companhia de Marisa Mokarzel e Lívia Aquino, suas respectivas tutoras, compartilharam com o público as experiências das residências artísticas realizadas em São Paulo e Belém. A conversa ocorreu na ultima quinta-feira (21), no Museu do Estado do Pará, com mediação de Mariano Klautau Filho, curador do projeto.

Os residentes, suas tutoras e o curador do projeto. Fotos: Irene Almeida.

Antes disso, Lívia Aquino apresentou o seu trabalho “Viva Maria”, que integra a mostra da nona edição como participação especial. Ele é uma citação direta a obra homônima de Waldemar Cordeiro, exposta na Bienal de Artes da Bahia de 1966, período da ditadura militar e que foi retirada pelo então governador Antônio Carlos Magalhães. “O contexto no qual o trabalho do Waldemar foi feito fez todo o sentido para mim, esse contexto me interessava muito. Eu fiquei olhando essa palavra e, no momento atual, tirar ela do singular e trazer para o plural era muito pertinente”, explicou.

Lívia Aquino falou sobre “Viva Maria”.

Lívia buscava não uma ideia de ponte entre dois momentos históricos, mas sim, de continuidade. “Passam os anos e nós ainda estamos nos mesmo problemas”, acentuou. “Viva Maria” é uma forma de resistência, um trabalho que acontece continuamente, inclusive, nos momentos de diálogo, onde as costuras e tessituras pessoais que são realizadas.

Na sequência, o curador do projeto explicou como se deu o processo da residência artística nessa edição. Mariano Klautau Filho enfatizou que “não há a obrigação de proporcionar um resultado e sim uma experimentação, pois cada um parte da sua própria dinâmica”. Isso dá aos artistas o suporte necessário para se dedicar à vivencia.

Público observa os processos dos artistas.

Foi o que aconteceu com Ricardo Ribeiro, que atuou em Belém com o acompanhamento de Marisa Mokarzel. Ele estava há dois anos trabalhando em “Puxirum”, premiado nesta edição do projeto, e aproveitou o período da residência para se debruçar sobre o que foi produzido. “Aqui em Belém eu consegui focar no projeto com a ajuda de muita gente que estava disposta a participar e a colaborar”, contou o artista. “O Ricardo tem pouco tempo na fotografia e esse pouco tempo já é muito marcante. Ele faz da fotografia um projeto de vida”, observou Marisa.

Sobre a residência de Ionaldo Rodrigues, da qual foi tutora em São Paulo, Lívia Aquino disse que colocou o artista em contato com uma rede de pessoas que pudessem colaborar com as reflexões que ele trazia. O paraense iniciou um trabalho a partir do arquivo/biblioteca da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A – EMPLASA, fonte de pesquisa e referência a qual chegou ainda durante a produção de “C Nova Feira”, premiado nesta edição. “Esse não é só um trabalho de arquivo, há uma inteligência poética por parte do Ionaldo que merece ser olhada com todo cuidado”, frisou Lívia.

Os residentes conversam sobre seus trabalhos e as experiências vividas.

“Eu nunca tinha tido a experiência de passar um mês, deslocado de tudo, pensando em um trabalho”, observou Ionaldo, ressaltando o papel fundamental do Diário Contemporâneo como incentivador na formação artística. Tanto “C Nova Feira” quanto a pesquisa realizada no acervo da EMPLASA trazem reflexões do fotógrafo sobre expansão urbana, memória, técnica e política.

Ao trabalhar com a macrofotografia em um relatório, o paraense tornava as palavras, imagens; escavava e destacava de seu contexto, criando novos significados e narrativas visuais. Tudo isso para atentar sobre a urbanização das zonas periféricas. “É uma infraestrutura que vem muito mais para viabilizar um fluxo econômico do que social. É para olhar quantas decisões técnicas e de engenharia são tomadas com interesses econômicos, quantos desequilíbrios ambientais são frutos de interesses econômicos e políticos”, finalizou.

Detalhe da pesquisa realizada por Ricardo Ribeiro.

VISITAÇÃO

A exposição “Realidades da Imagem, Histórias da Representação” exibe os trabalhos premiados, selecionados e participações especiais da 9ª edição do Diário Contemporâneo. As obras ficam no Museu do Estado do Pará – MEP. Além disso, o Museu da UFPA recebe a mostra individual “Lapso”, com trabalhos de Flavya Mutran, artista convidada e a mostra de videoarte “Audiovisual Sem Destino”, projeto de Elaine Tedesco. A visitação segue até dia 15 de julho.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará com apoio da Vale, apoio institucional do Museu da UFPA, Museu do Estado do Pará, Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e colaboração da Sol Informática.

Diário Contemporâneo promove Conversa com os Residentes

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Em 2017, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia concedeu dois dos seus prêmios no formato de residência artística. A aposta em uma experiência de formação e reflexão foi tão positiva que, em 2018, o conceito foi mantido. Os artistas premiados nesta edição, Ionaldo Rodrigues e Ricardo Ribeiro, além de Lívia Aquino e Marisa Mokarzel, suas respectivas tutoras, conversarão com o público de Belém sobre todo o processo. O encontro será no dia 21 de junho, às 19h, no Museu do Estado do Pará, com mediação de Mariano Klautau Filho. A entrada será franca.

O paraense Ionaldo Rodrigues foi para São Paulo e teve a artista e pesquisadora, Lívia Aquino, como tutora. Ele conquistou o Prêmio Residência Artística São Paulo com a sua pesquisa “C Nova Feira”, na qual apresenta um material fotográfico que conta um pouco da história local.

Edição de imagens na residência artística em São Paulo. Foto: Ionaldo Rodrigues

Durante o seu período de residência ele, a partir do convite de Lívia, participou de atividades formativas como aulas, curso e encontros de grupos de acompanhamento de produção e pesquisa. “Nesses encontros eu pude falar e mostrar um pouco o ‘C Nova Feira’ e outros trabalhos meus. Tive uma mediação crítica muito produtiva sobre os trabalhos e também escuta e troca sobre a produção de outros artistas”, conta.

Paralelo a esses momentos, o artista iniciou um trabalho a partir do arquivo/biblioteca da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A – EMPLASA, fonte de pesquisa e referência a qual chegou ainda durante a produção de ‘C Nova Feira’. “No acervo físico da EMPLASA pude trabalhar com a reprodução fotográfica em macrofotografia de relatórios e planos diretores como fonte documental e espaço de investigação de sentidos entre palavra/imagem. A pesquisa desse material me levou a outro acervo, aos números da revista semanal Visão publicados durante a década de 1970, e disponibilizados pela biblioteca da ECA/USP. O acompanhamento desse trabalho e a edição em curso (nas fotos) está sendo feito com a participação da Lívia. A ideia que combinamos para conversa no Prêmio é o compartilhamento desse processo de produção/edição com as primeiras cópias de trabalho dispostas em uma mesa”, explica.

VIVÊNCIA EM BELÉM

Já o paulista Ricardo Ribeiro levou o Prêmio Residência Artística Belém e atuou na capital paraense tendo como tutora a curadora e pesquisadora, Marisa Mokarzel. Seu trabalho vencedor, “Puxirum”, tem lugar em São Pedro, uma comunidade de 120 famílias nas margens do rio Arapiuns, oeste do Pará.

Processos de reflexão na residência em Belém. Foto: Ricardo Ribeiro

“A residência foi excepcional e para mim veio num momento especial. Tendo concluído dois anos de trabalho de campo de ‘Puxirum’, eu precisava de tempo e foco para investigar o material produzido. Além disso, Belém se mostrou para mim uma cidade incrivelmente ativa do ponto de vista cultural. Vi e ouvi muita coisa boa e conheci pessoas incríveis, sempre dispostas a dar sua contribuição ao meu trabalho. Marisa Mokarzel, Paula Sampaio, Luiz Braga, Orlando Maneschy, José Viana e Marcone Moreira, meu ‘vizinho de residência’, são apenas algumas dessas pessoas que me ajudaram com o meu processo de criação. Isso sem falar, claro, no Mariano Klautau Filho, na Irene Almeida, no meu anfitrião, Milton Kanashiro, e todos na Fotoativa – eles verdadeiramente me conduziram pelas artes de Belém ao longo destes 40 dias”, comenta.

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A residência é uma forma de se apoiar e incentivar o desenvolvimento e a reflexão a partir das artes. “A troca entre artistas é fundamental. A arte não é uma ciência exata, não há certo e errado, nem verdades absolutas, é impossível aprender só pelos livros. A troca de experiências, percepções, conceitos e o ‘fazer’ são partes essenciais na formação de um artista e por isso a residência é tão importante – acredito muito nisso. Espero que o Diário Contemporâneo se fortaleça cada vez mais como um incentivador da formação de artistas comprometidos e que outras iniciativas semelhantes se espalhem pelo Brasil”, finaliza.

BANDEIRAS

Antes da conversa sobre a residência artística Lívia Aquino falará sobre “Viva Maria”, trabalho com o qual ela integra a exposição do MEP como convidada. Ele é uma citação direta à obra homônima de Waldemar Cordeiro, exposta na Bienal de Artes da Bahia de 1966, período da ditadura militar e que foi retirada pelo então governador Antônio Carlos Magalhães. “Cinquenta anos depois ela torna-se imagem frequente nas redes sociais associada a ‘canalhocracia’ escancarada no Brasil. O meu esforço é para mobilizar grupos distintos dispostos a costurar e conversar acerca de assuntos relevantes para os presentes, aquilo que pode ser de todos. Coser a palavra e ao mesmo tempo falar sobre quando somos feridos por ela – quando a canalhice é estrutural a ponto de respingar em todos nós”, explica a artista.

SERVIÇO: Diário Contemporâneo realiza Conversa com os Residentes. Data: 21 de junho de 2018, às 19h. Local: Museu do Estado do Pará. Endereço: Praça D. Pedro II, s/n. – Cidade Velha. Entrada franca. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará com apoio da Vale, apoio institucional do Museu da UFPA, Museu do Estado do Pará, Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e colaboração da Sol Informática. Informações: (91) 3184-9310;98367-2468; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com. Site: www.diariocontemporaneo.com.br.

Os destinos do audiovisual em Conversa com Elaine Tedesco

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Artista e professora gaúcha, Elaine Tedesco, participou de uma conversa com o público de Belém. “Audiovisual Sem Destino – um projeto de vídeo no Brasil” ocorreu na última sexta-feira (08), no Museu da UFPA. A mediação foi de Mariano Klautau Filho, curador do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia.

Elaine Tedesco e Mariano Klautau Filho. Foto: Irene Almeida

No encontro, Elaine falou sobre o projeto Audiovisual Sem Destino – AVSD e as demais atividades que realiza como professora e pesquisadora. AVSD surge com o objetivo de catalogar pesquisas anteriores em vídeo (Estúdio 88 e Vagalume) e fomentar a nova produção. O Estúdio 88 vem das experimentações com videoperformance que ela realizou com outros artistas, em Porto Alegre, nos anos oitenta. Já Vagalume está relacionado à expor os vídeos experimentais produzidos por alunos, professores e artistas convidados dos cursos de Graduação e Pós-Graduação do IA/UFRGS. “É muito difícil olhar para o próprio material de muito tempo atrás”, observou Elaine.

Elaine Tedesco. Foto: Irene Almeida

A mostra Audiovisual Sem Destino vem de um edital nacional e reúne o que os artistas dos diferentes cantos do país estão pensando e produzindo em videoarte, conceito que por si só já traz à tona diversos debates. Sobre a escolha do título do projeto, a pesquisadora contou que “o nome vem carregado de irreverência, mas traz uma abertura para pensar o que a gente vive no agora”. Um circuito de conceitos que só ressalta o quanto é difícil delimitar a produção atual.

Em Belém, o segundo andar do Museu da UFPA recebe a retrospectiva dos trabalhos selecionados nas três edições anteriores (2014, 2015 e 2016). São 68 vídeos de diferentes temáticas e estilos apresentados sequencialmente em looping contínuo. Além disso, dentro da AVSD também existe a sessão “Ao lado dela, do lado de lá”, trazendo vídeos contemporâneos de mulheres artistas. “Foi uma curadoria carinhosa, porque eu já conhecia todas essas mulheres e queria muito mostrar o que elas estavam produzindo”, explicou. A mostra é dividida em quatro partes: vetores de outros trabalhos; registros de ações cotidianas; videoperformances e narrativas em vídeo.

Público no Museu da UFPA. Foto: Irene Almeida

A pesquisa deve ser encerrada ainda este ano, mas o desejo de Elaine é que a mostra continue. Uma outra pesquisa deve ocorrer para refletir sobre o que foi produzido, pensado e dito nesses 5 anos de projeto. Um olhar para o passado-presente do audiovisual. “Se debruçar sobre essa produção como um meio para perceber que destinos ela está tomando”, observou Mariano.

A imagem fotográfica está em trânsito com novas tecnologias, novas regras e novos diálogos. Sobre o convite do projeto e o intercâmbio realizado, Elaine disse, “gostei muito de ver a mostra como um todo e dessa conversa entre o Norte e o Sul, na qual quando nós estamos falando que fotografia não significa ser necessariamente uma imagem impressa tradicionalmente”, finalizou.

Público participando da conversa. Foto: Irene Almeida.

VISITAÇÃO

A exposição “Realidades da Imagem, Histórias da Representação” exibe os trabalhos premiados, selecionados e participações especiais da 9ª edição do Diário Contemporâneo. As obras ficam no Museu do Estado do Pará – MEP. Além disso, o Museu da UFPA recebe a mostra individual “Lapso”, com trabalhos de Flavya Mutran, artista convidada e a mostra de videoarte “Audiovisual Sem Destino”, projeto de Elaine Tedesco. A visitação segue até dia 15 de julho.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará com apoio da Vale, apoio institucional do Museu da UFPA, Museu do Estado do Pará, Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e colaboração da Sol Informática.