Por: Debb Cabral
A maior das programações formativas já realizadas pelo Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia começou em um ambiente diferente: na escola. Os alunos e professores sempre visitaram os espaços expositivos com as mostras do Projeto, mas dessa vez o percurso se inverteu, o Diário Contemporâneo que foi até eles.
A Escola Municipal Rotary, localizada no bairro da Condor, foi a primeira a receber a oficina “Experiência do Olhar”, realizada por Irene Almeida, com assistência de Rodrigo José. Na ocasião, alunos do 2º ano do Ciclo III (7º ano do Ensino Fundamental) conheceram a Coleção Diário Contemporâneo de Fotografia e a proposta dessa edição. Imagens das obras foram entregues aos estudantes e eles escolheram, cada um, a que mais se identificavam. Na explicação, revelavam mais sobre si mesmos, sobre suas lembranças e seu imaginário.
A atividade seguinte foi a de construção da câmera obscura, processo desencadeador da compreensão da formação da imagem. “Vamos mostrar do que o artista se apropriou para realizar o seu trabalho”, disse Irene, usando como referência a obra “Horizonte Reverso”, do paraense Dirceu Maues, artista premiado na 6ª edição.
A tarde era chuvosa, mas o convite a olhar o céu através de algo construído com as próprias mãos era irrecusável. “Para mim era só uma caixa qualquer, mas depois que eu vi a imagem, eu achei bacana”, contou Cristian Lima, de 13 anos.
O ensino era feito em silêncio, valorizando a observação e respeitando o tempo de cada aluno. Ao final, cada um tinha construído sua caixa preta, usando a medida de seu próprio corpo como referência. “Eu pensei que a gente ia ver só um filme, depois eu achei que não ia dar certo, mas quando vi a imagem de cabeça para baixo, eu gostei”, relatou Marcos Santos, de 14 anos.
A aula diferente e dinâmica colocou os alunos como protagonistas do processo de aprendizagem. Era comum ver o apoio mutuo e a colaboração na construção não passava despercebida.
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As oficinas do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia nas escolas são ações que pontuam e trabalham a fotografia como fator de descoberta. Elas seguirão durante toda a programação. Além da Escola Rotary, já estão confirmadas atividades na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor José Alves Maia e na Unidade Pedagógica São José, localizada na Ilha Grande, na parte insular do Município de Belém.
VISITAÇÃO ESCOLAR PODE SER AGENDADA
Além disso, já está aberto o agendamento de visitas escolares às exposições da 7ª edição. A visitação é livre, gratuita, e ocorrerá no período de 19 de abril a 17 de junho. Os professores que queiram levar as suas turmas podem solicitar o agendamento pela ficha de inscrição ou pelo telefone 4009-8845, do Sistema Integrado de Museus (SIM), no horário de 09 às 15h. As solicitações estão sujeitas à disponibilidade de agenda. Após o cadastro de informações no site, todos os pedidos serão respondidos por email ou telefone.