“Penso que o Prêmio Diário estabelece um diálogo entre o contexto nacional e o local bem característico dos tempos atuais. Ao mesmo tempo em que as trocas entre curadores, artistas e público daqui e de outros lugares é muito dinâmica e ampla em termos espaciais e conceituais, as mesmas trocas acontecem no ritmo das agendas lotadas ou limitações financeiras para uma permanência maior de artistas e curadores externos na programação de oficinas, por exemplo. O ganho que tivemos com a participação do Leonardo Sette [um dos premiados de 2011] no Café Fotográfico [evento da Associação Fotoativa] e a leitura de portfólio que o Eder Chiodetto fez em 2010 [durante a primeira edição do Prêmio] mostram a importância dessa troca ser ampliada.
A importância das oficinas e palestras para a formação e aproximação do público e dos artistas é bem grande. O desdobramento delas no catálogo do Prêmio e no jornalismo cultural é também um ponto forte.
Dentre os fatores mais interessantes em participar do prêmio penso que a projeção nacional em um projeto que abarca a fotografia como produção de conhecimento conceitual, técnico e sensível é o mais importante.
Torço pra que o Prêmio Diário tenha muitas edições e espero que junto com a cena artística ele também amplie no cenário local as possibilidades da presença fotográfica na urgência dos meios de comunicação como o jornal, mas também no tempo expandido das imagens fotográficas arquivadas em acervos públicos e privados da cidade.”
Ionaldo Rodrigues (PA) – Selecionado no Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia em 2011.
Viva Ionaldo Rodrigues