Não somente um concurso fotográfico. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia chega à terceira edição mantendo as ideias de instigar os artistas com temas propositivos e de fomentar a formação e o conhecimento no âmbito das artes.
Lançado em 2010, o projeto tem uma proposta ampla, reunindo a premiação a atividades educativas e proporcionando um diálogo da produção fotográfica do Pará com o que é realizado em todo o Brasil.
Segundo o curador, Mariano Klautau Filho, trata-se de uma iniciativa pioneira: “Não se resume a uma atividade competitiva. São palestras, oficinas, mostras, atividades educativas e publicação. É uma mostra nacional, com trabalhos de artistas do Brasil todo realizado em Belém. Isso é pioneiro, ou seja, o fato de ser um projeto amplo e nacional. É competitivo, sim, porque é um edital com comissão de seleção e premiação, porém os prêmios não são hierárquicos”.
Desde a primeira edição, o Prêmio tem investido em temas que fujam do caráter generalista presente em antigos concursos. “Precisa ser algo que se torne uma proposição para o artista sem restringir sua liberdade”, explica Mariano. “Deve ser amplo, mas tem que ser uma ideia que os mobilize”.
Em 2012, esta concepção é mantida com o tema “Memórias da Imagem”, resumido pelo curador como “um modo de pensar a fotografia como uma memória que acontece no aqui e agora. E também pensar nas memórias que nós (ao ver ou produzir imagens) atribuímos às imagens”, “uma espécie de reinvenção da memória, algo que se experimenta no presente, algo que construímos, portanto uma memória ou verdade construída”.
O tema permeará também a programação de oficinas e palestras, que ainda está sendo definida e em breve será publicada aqui no site.