Em Um bonde chamado desejo, Henrique Montagne se apropria de fotografias de casais queer de épocas distintas e significativas do começo do século XX.
As imagens foram achadas na internet e nelas ele cria, através do texto, uma possível narrativa ficcional, mas que poderia ser real em mundo onde as estruturas machistas e homofóbicas do patriarcado não tivessem sido instauradas.
O artista foi selecionado para a mostra Vastas Emoções e Pensamento Imperfeitos.
Confira o seu depoimento:
Esse trabalho é uma pesquisa que eu já venho realizando, que faz parte da minha pós e que traz a questão dos relacionamentos afetivos, principalmente os relacionamentos queers.
Dentro dessa pesquisa, falar de relacionamento é também falar de história. Eu falo dessa construção dos corpos e dos amores que foram invisibilizados por essa história que a gente possui hoje, que é patriarcal e que escondeu essas narrativas.
A intenção desse trabalho é justamente focar de uma forma mais poética mas, ao mesmo tempo, crítica e política em como poderiam ser possíveis essas histórias, narrativas e imagens na nossa contemporaneidade. Por isso que brinco com essas referências da cultura pop e da literatura.
Eu fico muito feliz dele estar no Prêmio porque é um trabalho, não somente delicado, mas que também aguça essa outra perspectiva que é a de criticar.
Não é só um sonho, poderia ser realidade. É voltar ao passado para construir um novo futuro.
O texto junto das imagens é fundamental. A composição do texto com a imagem é o que constrói esse trabalho. Ele não é só a apropriação das imagens, é a composição dessa narrativa que é visual e textual. São pequenas histórias no paspatour que convidam a pessoa a olhar mais de perto
O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE.
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