Multiplicidade de meios, dissolução de linguagens e a interrogação acerca do que se tem como visibilidade e exposição são algumas das ideias que configuram o campo de interesses do projeto “Areal”, criado por Maria Helena Bernardes e André Severo, em 2000, e tema da palestra que acontece nesta quinta-feira, às 19h, no Instituto de Artes do Pará, com entrada franca, como parte da programação desta edição do Diário Contemporâneo de Fotografia.
Em Belém desde a última terça-feira, 19, a artista e pesquisadora, gaúcha, também está participa da comissão de seleção os trabalhos inscritos no prêmio, junto ao fotógrafo Luiz Braga e do artista visual Armando Queiroz. Até sexta-feira desta semana, eles estão reunidos em processo de avaliação para chegar às obras que serão premiadas e demais trabalhos que irão compor a mostra principal do evento, a ser aberta na Casa das Onze janelas, no dia 26 de março.
Na palestra desta quinta, Maria Helena vai compartilhar com o público sua experiência com o Areal, um projeto em arte contemporânea brasileira cujas principais vertentes de atuação são o suporte à produção de artistas convidados e a publicação da série de livros Documento Areal.
Como parte da ação, haverá também um recital de leituras de textos do livro “Histórias de Península e Praia Grande-Arranco”, acompanhadas por viola caipira executada pelo músico Fernando Mattos que também está em Belém, seguido da projeção do filme “Arranco”, de André Severo.
O projeto surgiu das discussões realizadas por seus proponentes durante uma série de viagens pelo Rio Grande do Sul. Assim, Areal toma da Metade Sul do Estado, a imensidão de campos, água e areia como símbolo dos limites cada vez mais imprecisos das artes visuais como disciplina na atualidade.
Do projeto, partem os meios para que se realizem investigações artísticas intensivas e a proposta de uma ocorrência de arte sem mediação, resgatando ao primeiro plano a experiência direta entre arte, artista e público.
Em Areal, a autonomia de decisão sobre locais e condições de realização dos trabalhos cabe integralmente aos artistas, pois o eixo do projeto reside na abertura às proposições de tempo, local, meio e espaço que expandem continuamente a definição de arte, do centro do trabalho artístico para sua exterioridade.
Através da publicação da série Documento Areal, voltada à divulgação dos trabalhos de seus participantes, bem como de outros textos relativos à arte contemporânea, Areal possibilita que a autoria do artista seja estendida a todas as etapas concernentes a seu trabalho, o que abrange desde a fase embrionária de cada proposta, até a concepção das publicações que documentam, ou são relativas, às obras realizadas no âmbito do projeto.
Serviço
Palestra Projeto Areal. Dia 21 de fevereiro, às 19h, no Instituto de Artes do Pará. Entrada franca. Mais informações: Rua Gaspar Viana, no Rua Gaspar Viana, 773 – Reduto Belém –PA ou pelos telefones (91) 31849327/83672468. E-mail contato@ diariocontemporaneo.com.br. Site: www.diariocontemporaneo.com.br. Patrocínio Vale e Shopping Pátio Belém. Apoios Secult, Sistema Integrado de Museus, MUFPA – Museu da UFPA – e Instituto de Artes do Pará.